Lesta hora de solidão

 

Granjeiam-se os desejos domiciliados ao colo
Desta esperança tão maternal onde se procriam
Ávidas ilusões multiplicando o parto das nossas alegrias
Pujantes, eternamente contagiantes

Implícito e incitante rompe-se o olhar silenciando
O pestanejar da noite que chega mendigado uma
Vaga de tristezas perdidas naquele subtil e milimétrico
Momento de solidão tão hostil

De frente para a solidão acomoda-se a tristeza vestida
De trapos esfarrapados qual andrajoso e contorcionista
Lamento chorando incrédulo perdido no labiríntica
Existência sempre mais perplexa, pesarosa e oportunista

Purga a luz suas sombras infiltradas numa negrura imensa
Tão omissa tão decadente implodindo incrédula em cada lesta e
Esmiuçante hora bulindo este silêncio ileso que desagua por entre
A solidão mais concisa coroando a noite que desvanece tão expressiva

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Essa tristeza que perássa a alma, é um gole de fel na solidão agonizante.

    Triste e lindo poema, Frederico.

    Aplausos!

  • 3694134?profile=original

  • Um expressivo poema que se faz dos momentos todo um aquilo onde grita oa farpos de uma dor cadeada dontrs de uma insan mensidão

  • A solidão, rodeada de tantos outros elementos que lhe destacam o sentido, encontra no seu poema um retrato fidedigno, Frederico!

    • Grato Edvaldo pela gentil mensagem

      Deixo meu abraço fraterno

      FC

  • Versos lindos,Frederico!

    Aplausos de pé,poeta

    Bjs

    • Fico grato poetisa sempre pelos seus comentários tão gentis

      Deixo um abraço poético

      FC

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    • Grato Margarida pela sua presença e comentário gentil

      Abraço fraterno

      FC

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