Nos limites da solidão

Ali chora a vida estampada num capricho solitário
Colhendo entre espinhos e abrolhos o reeditante momento
De vida mascarando a arquitectura do tempo que passa por
Aqui tão transitário despontando algoz e autoritário

Desintegram-se as alegrias num átomo solitário
Explodindo na negrura de um sonho infestado de lamentos
Totalitários qual hora que vasculho entre os cílios da noite
Em escravatura fenecendo em ti tão arbitrário

Enquanto a noite corre lentamente pelos trilhos do silêncio
Enrolo-me nos lençóis dos desejos acariciando-te até aos limites da
Minha sofreguidão nua, estática adormecendo ao colo de uma
Madrugada perplexa renascendo com uma fúria quase lunática

Os prantos esquecidos de nós acoitam-se na solidão mais
Enfática permeando o silêncio que desembainho num rebatido
E soçobrante sorriso que clama na clave do cromático tempo infectado
De sonhos fartos , insuperáveis…quase telepáticos

Cobri-me com o edredom dos meus silêncios estilísticos
Policiei esta amor recostado no divan de tantas enfermidades
Escleróticas, impregnando a noite com a fuligem do tempo que fenece
Solenemente apático,desesperadamente frenético…quase selvático

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 3692971?profile=original

  • Sempre me encanto com o teu potencial poético, Frederico. Maravilhoso!

    • Obrigado Marso pela visita e gentileza

      Bem hajas

      FC

  •  "Enrolo-me nos lençóis dos desejos", Fred, veja se não faltou um  "S"  na palavra que destaquei.

    • Falta sim Nina. Já emendei

      Obrigado

      Votos de dia feliz

      FC

    • Um abençoado final de semana para si e sua família, Fred!

      Beijos!

      Nina

  • Um coaração que chora os sentido do amor levado pelos ventos, regado pelas lágrimas do tempo

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