O Porquinho
Conheço um porquinho que tem uma verruga no focinho.
Ele não queria sair de casa de jeito nenhum
Achava que seu focinho parecia um jerimum.
Todos os dias a mãe do porquinho lhe dizia:
Saia filho, ficar em casa é uma porcaria!
O porquinho escutava, grunhia e depois dormia.
Num belo dia o porquinho
Que já era um porco bem grandinho
Acordou tão diferente
Tomou banho e de repente
Disse à mãe: Vou passear!
A mãe ficou animada
Torceu a própria cauda
Até ficar enrolada
Em sinal de aprovação.
Mas quando ele chegou à porta
Quase, quase que ele volta
À antiga posição.
Só não voltou porque não deu tempo,
Lá fora, ao portão
Uma porquinha charmosa
O chamou de bonitão.
Depois o puxou pelo braço e começou a girar.
Foram tomar sorvete
Comer milho de pipoca
E bolo de mandioca.
De focinho cor-de-rosa
Ela parecia uma flor
Nem percebeu seu nariz de jerimum
E nem ele, que a todo instante
Ela soltava um pum.
E foi assim que o porquinho Jerimum
E a porquinha Flor
Conheceram o Amor.
Dolores Fender
30/11/2015
Comentários
Gostoso de te decodificar. A gente viaja e se deleita.
Obrigada, Sam!
Linda estória de um amor porcatico que se traduz numa beleza plena, verdadeiro conto de fada
Obrigada, José Carlos!
Que delicia de poema!!
Parabens Dolores pela bela inspiração!
Bjs
Obrigada Ciducha!
Que história bem legal para colocarmos em prática em nossa vida de humano.
Olhar e amar. sem ver os defeitos.
E viver feliz para sempre.
Gostei Dolores, bela insíeração.
Abraços poéticos de Veraiz Souza
Obrigada, Veraiz!
Nossa, eu já havia postado! Obrigada pela visita e comentário!
Fofíssimo teu poema. Eu fiquei pensado " e eles viveram felizes até o dia do abate" nossa!
Lindo poema, Dolores.