PEQUENA BABY
Venha aqui, pequena baby
Conte-me o seu segredo mais profundo
Aquele que a faz sentir os pés enraizados
E a emoção doer perdida no olho do furacão.
Não me diga que tudo está perfeito
E que não tem medo da escuridão.
Sente-se ao meu lado e chore sua lágrima
Deite-se em meu ombro
Que eu irei ouvir sua respiração.
Eu sei que você chora como criança com fome
Quando a noite vem rasgando a tarde
E os lobos a perseguem na trilha de seus medos,
Seguindo o rastro de sua incessante dor.
E que, nesse momento, você só deseja um gole de cicuta
Pra encontrar o fim,
Ou uma dose de tequila pra aquecer a alma.
Sente aqui, conte pra mim, pequena baby.
E ouviremos juntos Janis Joplin e Jimi Hendrix.
Naquele blues que você gosta.
E cada lágrima sua cristalizarei um verso
de meu poema de amor.
By Nina Costa, in 13/06/2018.
Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.
Comentários
O amor ao próximo anda meio esquecido. O mundo capitalista é, também, materialista. Cada um cuida de Ter o máximo possível e Ser cada dia fica mais distante...
Lindo, Nina!
É verdade, Marso. Realmente é assim. Mas nós, que temos a sensibilidade poética, (acredito) não somos assim.
Porque conseguimos sentir a alma de nosso próximo, e nossa poesia, de certa forma, toca as pessoas, naquilo que extraímos delas e devolvemos em versos...
Sei lá, ... viajei. kkk
Obrigada!
Beijos!
Nina
Este é o amor que o mundo precisa, o amor fraterno, o amor que se compadece da dor do outro, o amor consolador, livre da procura de suas próprias satisfações.
Que a jovem de teu poema consiga vencer esta prova em sua vida tão curta.
Lindíssimo poema.
Amém! Assim espero e já agradeço ao SENHOR!
Pois ELE pode todas as coisas na vida daqueles que creem.
Beijos, amiga!
Nina
Aconchego não faz mal a ninguém. E traz um conforto, um calor à alma
Todos precisam, mas nem todos admitem ou sabem receber ou doar um pouco.
Beijos!
Nina
Oi Nina tudo bem? Bom dia
Que lindo poema Nina
Vi muitos jovens querendo sentar-s e a seu lado e encostados ao seu ombro, falar-lhe de seus segredos.
Em casa já ninguém os ouve ou dá atenção, não os entendem, são de outra geração.
Já não enxugam suas lágrimas quentes, já ninguém as vê.
Pedem um ombro amigo, que ninguém lhes oferece e aí aparece você, entendendo-os nos seus recôndidos os segredos.
Se aquietam e pedem um carinho, porque sim, você o ofertou.
Maravilha de versos. Quisera o mundo tivesse mais de você. Tudo seria mais maravilhoso e não veríamos tantos jovens
à deriva, como um barco a naufragar.
Encantada com sua inspiração. Parabéns. Gostei muito.
Abraços de Veraiz Souza
Veraiz, seu comentário me emocionou. Fiz esse poema porque estava engasgada com o problema de uma aluna de 15 anos que está com cancer de mama. Ela se abriu comigo e me pediu orientação e ajuda . Fiquei arrasada pois também passei por isso, só que eu não tinha tão pouca idade. Nem sempre consigo ser forte. Choramos juntas.
Realmente, eu trabalho com crianças da Pré-infancia e com jovens do Ensino Fundamental (realidades totalmente diferentes). Os pequenininhos são refrigério, pureza, prazer constante. Os maiores, sempre trazem muitos problemas próprios da adolescencia, e outros mais graves de desajustes familiares, sociais, etc. Sempre tive alunos considerados (rotulados) alunos difíceis, e eles se abrem comigo, confiam em mim, pedem-me socorro em suas aflições, chamam-me de "tia Irene". Ser professora para mim, sempre tem sido muito mais que apenas lecionar. E isso, de uma certa (e grandiosa) forma, torna meu ofício mais gratificante.
Oi Nina
Ficou transparente em seu poema o grande coração que tem. O amor dedicado às pessoinhas. O carinho que eles querem e que ninguém dá.
O seu poema me emocionou também, porque é difícil as pessoas enxergarem o outro lado da moeda.
E olha aí que alegria para mim, saber que também é professora.
Eu lecionei durante 22 anos dos quais 15 foram dedicados à Alfabetização, aos pequenos, como dizemos. E olha, vi você em mim, pois eu não era
simplesmente a Professora Veraiz, mas sim a mãezona de todos, como você.
Deus continue lhe abençoando Nina, pois esta missão é sua e de mais ninguém, levar o alento aos jovens que como falei no meu comentário, estão á deriva, num barco a naufragar.
Fiquei muito feliz por seu retorno e saber mais sobre essa pessoa maravilhosa que é.
Siga em frente, e se precisar de um alento, um ombro, estou aqui.
Fique com Deus sempre e um abraço de Veraiz Souza.
Pois é, amiga, eu tenho 27 anos de efetiva na rede municipal de ensino e 11 anos na rede estadual de ensino dentro de meu município. Mas só alfabetizei antes, quando era estudante apenas, desenvolvi um projeto de Alfabetização Voluntária e monitoração no período em que fazia minha formação, a Escola Normal (eu tinha meus 16 ou 17 anos). Meu sonho era ser alfabetizadora, e queria alfabetizar minha mãe, mas quando ela morreu (antes de aprender escrever o próprio nome), enterrei com ela meu sonho de alfabetizar. Dediquei-me ao ensino de Língua Portuguesa (minha formação acadêmica) e Artes. Coisas de Irene.
Beijos!
Nina
Nossa Nina, muitas coisas em comum.
Amo Língua Portuguesa e Artes, as quais lecionei também durante algum tempo.
Que mistério, nossa vida e fico emocionada com o que me conta, sobre sua mãe.
Com certeza de onde ela está, te direciona para ir ao encontro de todos que precisam de sua ajuda.
Nada é por acaso, você não teve tempo de ensiná-la, mas veja, quantas pessoas estão passando por você
A quem você ensina e dá carinho. Sinta-se feliz, garanto que sua mãezinha está feliz por você.
Beijos querida e fique com Deus....
Ah...mais uma coisinha...Você pinta quadros também?....rsrs....É uma Artista Plástica?
Veraiz Souza