Permita-se...

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Permita-se...

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“Sabe aqueles dias em que horas dizem nada

E você nem troca o pijama preferia estar na cama...”

 

Pois é...

São estes dias em que nossas almas invernam, se recolhem e começam um longo período de hibernação.

Entramos em tal espírito de abstinência que a balança da vida fica zerada, se iguala ao mesmo patamar.

Retiramos a velha roupagem, cheias de vícios e cargas desnecessárias que só tornam pesados nossos passos pelos caminhos ora íngremes, ora retos, da vida.

Nos despimos de conceitos, de preconceitos, renovamos nossas atitudes, moldamos uma nova vestimenta, de início crua mas que, aos poucos, será adornada ou manchada pelos novos acontecimentos.

Como num outono, onde as árvores se despem para receber novas folhas e enfrentam o inverno livres das velhas folhas, permita-se renovar, deixar para trás as vestimentas rotas e puídas por momentos que lapidaram nossa personalidade e nos transformaram numa pedra preciosa, resistente e pura.

Permita-se explorar novos rumos, florescer tal qual as árvores que ressurgem imponentes e majestosas após um inverno algoz e rigoroso.

Permita-se o luto por enterrar memórias, por desfazer nós de mágoas, por sobreviver a ingratidão, por que após a invernada as flores colorem os cinzas das paisagens.

Assim é também conosco que nos permitimos hibernar, rever prioridades e desapegar do que não nos acrescenta mais.

Perdemos as folhas secas, nos permitimos ficar de pijama e só observar os acontecimentos para enfim, renascermos tal árvore frondosa na primavera.

 

Maria Angélica de Oliveira – 01/02/18

In Liga dos 7

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Angélica

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Comentários

  • Nos dias dessas invernadas é que o ser humano consegue avaliar suas atitudes, seus planos, seus objetivos, seus erros.

    É quando descobre o peso de tudo e procura solução para o conflito da alma.

    Belo texto, Angel.

    Parabéns!

    • Todos necessitamos desses momentos...obrigada Edith por seu carinho.

  • Acaba-se de ler o texto e se deseja seguir a risca a sua mensagem: suas palavras nos enchem de otimismo, Angélica, são mesmo dadivosas!

    • Obrigada Edvaldo!! Não se prenda...permita-se voar.

  • Muito tocante seu texto, Angélica! Parabéns pela obra maravislhosa. 

    • Obrigada Jilmar por teu carinho.

  • Mais que bom, mais que ótimo é bótimo! Aplausos!

    • Obrigada Marso querida.

  • Angélica um texto agradavel

    de se ler gostei meus aplausos abraço...

    • Obrigada Eudália! 

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