Posts do meu outro tempo

Resultado de imagem para crianças brincando na chuva

 

Por Jennifer Melânia

 

O Sol  de uns dias antes quando postado

tinha sabor de suspiros

Com bolinhas de confetes prateadas

de tão doce e saborosa sensação

Nos enchia de entusiasmo, o rei

Das clarezas...

Eram dias de suores e muita

Energia trocada com a terra

Com a natureza...

Lá onde morei nem sempre era assim

a tela principal era a cerração

Friozinho de gelar a ponta

Do nariz e anestesiar a derme

Bom para dar baforadas de ar quente

 e ver a fumacinha se misturar a neblina

 tínhamos a função chaleira, engraçado

íamos  desvendando o cenário

Enquanto os dedos das mãos

Endureciam e roxeavam

Outro post que curtia bastante

Eram as brincadeiras dentro de casa

Bater figurinhas, desenhar, pintar

Brincar de bolinha de gude, pião

Ler gibis e reler gibis

Comer bolinho de chuva, feitos pela vovó

Assistir sítio do pica-pau amarelo

Divertidas histórias da Emília

Curtia “temporais” não “temporadas”  

Da janela escancarada perscrutava

As árvores lutando para se manterem

/////////////\\\\/////\\\\\\\\\//////\\\

(Enquanto o vento corria nos vazios)

Em pé, elas dançavam e se enroscavam

E quando alguma quaresma não resistia

Gritávamos: Madeeeiiiiiraaaa!!

Pobre árvore, ficava acastelada

Toda atravessada nos galhos solidários

Quando a garoa descia fininha saíamos para o quintal.

Devagarzinho, a chuva nos ensopava e a diversão

Era maior, podíamos patinar na lama sem preocupação

Já que a sujeira instalada precisaria de sabão

A ordem era sujar mais e aproveitar o frescor do banho

Quantas curtidas dei a estas postagens da vida

Incontáveis curtidas, porque o tempo era vivido

De tocar, fazer, sentir, sorrir, cheirar...degustar

Os posts atuais são bacanas, porém por demais

VIRTUAIS

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Comentários

  • Um maravilhosos poema que ilutsra as magias do sentidos vividos

    • Obrigada, J.C! Abraços

  • Parabens pela linda inspiração!

    Aplaudo de pé

    Bjsssssssss

  • Verdadeiramente encantadora esta poesia, que até nos dá saudade do que nunca tivemos. "Tínhamos a função chaleira" é pura poesia. Seu texto é sublime de tanta nostalgia singela que nos traz. Um beijo no coração.

    • Obrigada, Miguel! Volte sempre, é bom ter amigos para compartilharmos o que nos resta de alegria na vida: poesia. Abraços.

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