Precário silêncio

Descubro o véu do silêncio banhando
O dia reverberando arguto…quase satírico
Enquanto brame faminta a solidão impotente
Perante esta audaz ilusão categórica e omnipresente

Com fogosidade o tempo esmaga cada hora
Inerte, urgente, avassaladora
Desmonta o trapézio do silêncio onde se
Equilibram solidões tão devastadoras

Enamorada a noite bamboleia-se sensual e
Dengosa neste prazer devasso e boémio tão carente
Deixando à tangente uma paixão diluir-se na dialéctica dos
Nossos beijos nunca censurados antes e sempre mais comburentes

Ostento agora a luz que a madrugada roubou ao precário
Sonho onde nos expusemos inadvertidamente
Pátria do amor feito inquisição desta fé ruindo abruptamente
Até que fine uma hora senil mergulhada num lamento…assim indubitavelmente

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Magnífico poema, Frederico!

    • Grato amiga pela visita e mensagem gentil

      Votos de dia feliz

      FC

  • 3693976?profile=originalAplausos de pé,poeta!!

    • Obrigado poetisa pela gentil mensagem

      Deixo meu abraço poético

      FC

  • Maravilha de poesia, Frederico.

    Aplausos calorosos.

    • Grato poeta Adriano pela carinhosa mensagem

      Dia feliz

      amigo

      FC

  • Belísssima inspiração, aplausos!

    • Obrigado Everaldo pela visita e mensagem calorosa

      Bem haja

      FC

  • 3693830?profile=original

    • Obrigado fico sempre com seus comentários gentis amiga poetisa

      Deixo meu abraço luso

      FC

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