Privado silêncio

Varri da madrugada tantas visões suspirando tão subjugadas
Ornando a matiz da solidão cada vez mais vergada
Recostei-me no travesseiro do tempo até que este me vista a saudade
Dormitando ao colo de uma solidão comutativa…bem petiscada

Ao longe chora um violão deixando no ar acordes
Tristes reféns de uma lauta desilusão empoleirada
Na pauta destes versos quase renegados que destilo
Timbrando a manhã pintada de emoções tamanhas e empertigadas

E a noite desfragmenta-se boiando na maresia da escuridão
Tão bem massajada embebida num punhado de rumores festivos
Boémios, bailando na luminescência trépida de um desejo tão coercivo
Descarrilando casualmente num poente enamorado e privativo

Nas águas dos meus silêncios cavalgam ondas majestosas
Desaguando em ti devagarinho mugindo cada finada hora
Sedenta, pastorando esta descuidada solidão…aparatosa
Constantemente consecutiva…sempre tão escrupulosa e interativa

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • Um silêncio que se traduz de dentro de nós, onde ouve-se o coração pulsar essa vertebra emoção

    • Agradeço sempre sua visita e palavras estimulantes

      Abraço fraterno

      FC

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  • Os seus reversos se completam por si, em uma melodia grandemente harmoniosa. Parabenizo pelo escrito muito bem construído.

    • Obrigado pelo estimulo  Sam

      Uma honra tê.lo como amigo nesta casa

      FC

  • Na pauta destes versos quase renegados que destilo
    Timbrando a manhã pintada de emoções tamanhas e empertigadas

    Poema lindo, marcado poe solidão e tristeza. Destaquei os versos acima! Abraço grande poeta!

    • Grato pela visita e gentil mensagem Mena

      Votos de domingo feliz

      FC

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