A boca que outrora o amor apregoava
passou de um aparente belo botão de rosa
a uma agressiva e malquista rosa brava
mostrando-se manipuladora e mentirosa.
Reencarnou a velha e desconfortante teimosia
possuída por um apetite voraz por discutir
maltratando com a boca, outrora doce, agora fria
o amor que ao mundo, apregoava sentir.
Mas e do outro lado, quem existia?
Silencioso, cabisbaixo o que sentia?
Quem se deixava atingir por tanto furor?
Alguém que pensou que amar
é deixar-se atingir, é deixar-se usar
por uma rosa brava que desconhece o amor!
Fernanda R-Mesquita
Comentários
Está maravilhoso seu trabalho, cheio de emoções.
Que beleza de soneto. Obra-prima. Um grande abraço fraternal Poetisa Fernanda.
linda poesia amiga parabéns
Muito obrigado por todos os comentários e também pela ilustração Safira! Guardado, com carinho, no meu blog pessoal. Desejo a todos um bom ano!!!
Forte e tocante. Há rosas e rosas... Há até, em meu jardim, uma "ROSA PRETENCIOSA".
Amar e desamar, amar e odiar, amar e tornar-se indiferente,... são facetas do tão antigo e perene amor, com seus paradoxos, suas antíteses que tão bem falou Camões...
Gostei demais de seu trabalho poético.
Beijos!
Nina
Às vezes, somos tão atraídos pela singela beleza que nãos nos precavemos de seus espinhos ferinos... Maravilhosos versos, Fernanda!
Momentos que os sentidos gritam uma veracidade onde o amor é sentido por uma linda alma apaixonada. Poema lindo, parabéns, maravilha