Rosa fria- I

A boca que outrora o amor apregoava
passou de um aparente belo botão de rosa
a uma agressiva e malquista rosa brava
mostrando-se manipuladora e mentirosa.

Reencarnou a velha e desconfortante teimosia
possuída por um apetite voraz por discutir
maltratando com a boca, outrora doce, agora fria
o amor que ao mundo, apregoava sentir.

Mas e do outro lado, quem existia?
Silencioso, cabisbaixo o que sentia?
Quem se deixava atingir por tanto furor?

Alguém que pensou que amar
é deixar-se atingir, é deixar-se usar
por uma rosa brava que desconhece o amor!

Fernanda R-Mesquita

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Comentários

  • Está maravilhoso seu trabalho, cheio de emoções.

  • Que beleza de soneto. Obra-prima. Um grande abraço fraternal Poetisa Fernanda.

  • linda poesia amiga parabéns 

  • Muito obrigado por todos os comentários e também pela ilustração Safira! Guardado, com carinho, no meu blog pessoal. Desejo a todos um bom ano!!!

  • 3693205?profile=original

  • Forte e tocante. Há rosas e rosas... Há até, em meu jardim, uma "ROSA PRETENCIOSA".

    Amar e desamar, amar e odiar, amar e tornar-se indiferente,... são facetas do tão antigo e perene amor, com seus paradoxos, suas antíteses que tão bem falou Camões...

    Gostei demais de seu trabalho poético.

    Beijos!

    Nina

  • 3693211?profile=original

  • 3693117?profile=original

  • Às vezes, somos tão atraídos pela singela beleza que nãos nos precavemos de seus espinhos ferinos... Maravilhosos versos, Fernanda!

  • Momentos que os sentidos gritam uma veracidade onde o amor é sentido por uma linda alma apaixonada. Poema lindo, parabéns, maravilha

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