Silêncios e simbioses

Mato todos os desejos invadindo a textura
Deste silêncio, ousado e atrevido enquanto decifro
A noite contorcendo-se na escuridão saturada e invisível
Deslizando pelo ventre do tempo quase desfigurado…intangível

Recolho-me neste sonho privado advertindo a noite que agora
Fenece em queda livre flagelando todas as luminescências que fluem
Pela hemorrágica solidão tentadora e imutável deixando meus versos
Entre quatro paredes alimentar a procissão deste silêncio tão permeável

Assim deslizam absolutos os dias marcando cada hora insaciável
Que acontece na simbiose de tantos, tantos beijos irrefutáveis, qual lânguida
Saudade tatuando este umbilical momento de amor quase inexplicável

Fragilizada a madrugada embebeda-se com novos perfumes lavrados nestes
Versos diria adestráveis, pois o silêncio de vez apossou-se das nossas heréticas
Deambulações frenéticas, qual arpejo de muitas,tantas, cumplicidades mais fanáticas

Frederico de Castro

 
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Frederico de Castro

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Comentários

  • Lindamente poetizado de uma maneira por inteira

  • Mais uma vez aproveito para parabenizá-lo por me proporcionar momentos de verdadeiro arrebatamento.

    • Grato poeta pela visita e constantes palavras de incentivo

      Abraço fraterno

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  • Poeta Frederico, estilo de escrever poesia único e este soneto embriagador te leva uma leitura contagiante. Abraços.

    • Grato sempre pela visita e gentileza Ricardo

      Votos de dia feliz

      FC

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    • Obrigado Margarida pela gentileza

      Votos de dia feliz

      FC

  • 3689153?profile=original

    • Grato pela carinhosa mensagem Edith

      Bem hajas

      FC

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CPP