Solitário

Arrumei um gomo de luz que pendia
Desta ilusão madrugando pela calada do dia
Afagando todos os rumores da escuridão flectindo
Em cada expressiva e majorada hora em reclusão

Sempre solitário rondei depois a noite que me entrava
Janela adentro desmaiando entre as madressilvas que
Trepavam pelo nosso jardim perfumado de endoidecidos sorrisos
Tecidos e vincados com abraços estou certo, bem ressarcidos

Andei léguas pelos caminhos das solidões carenciadas e
Esquecidas deixando em desalinho aquele endócrino desejo
Mais audaz, urdido num inábil minuto que fenece depois
Enfurecido e tão voláctil

Vou partir daqui para o refúgio dos silêncios e de lá
Só sairei quando a esperança içada sob a bandeira da coragem
Ressuscite toda a inusitada oração que cochila numa intocável
Fé cilindrada com fervor quase inexplicável

Frederico de Castro

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Frederico de Castro

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Comentários

  • 14194513?profile=original

    • Grato fico sempre por seus comentários gentis

      Bom domingo

      FC

  • Como o silêncio e a solidão são fontes inesgotáveis de poesias para tua apurada inspiração, Frederico. Bema, hajas! Lindíssimo!

    • Obrigado Marso pela carinhosa mensagem

      Dia feliz

      FC

  • Como sempre,maravilhoosoooooooooooooo!!

    Aplausos de pé poeta amigo Frederico

    Sou sua fã!

    Bjs

    • Graro pela sua presença e gentil mensagem Ciducha

      Votos de dia feliz e em paz

      FC

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