PINGUIM FOLGADO

Humilde de olhos esbugalhado
Ri se esconde do grupo
Ajeita-se na areia
Pula da pedra se esconde
Coloca a cabeça na água
Olha assustado
Meio impaciente
Remexe a areia
Alegra-se quando encontra
Pão
Resto de peixe
O coitado do siri
E até farelos de bolo
Aquilo não era um lanche
Era um banquete inteiro
Olha de lado
Olha do outro
Não sabe se saboreia
Ou se engole a própria ansiedade
Com gula se empanturra
E ali mesmo adormece
Que pinguim folgado...

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

Irá Rodrigues

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP