Templo de alma

 

Ai! O nosso tempo esfuma-se nesta distância fria
E eu vou morrendo triste, em desalento,
restos mortais de uma flor que em melancolia
se desfaz no ar ao sabor do tempo.

Que romântico delirío, que desengano
quereres segurar o tempo, que sonho vão
quando se podem contar os dias num ano
em que eu sinto a tua mão na minha mão.

Um dia estarei velha desfiando o novelo
Do tempo que passou e não atendeu ao meu apelo.
Velhinha, sentada na porta olhando o horizonte distante,

Tentando ver-te a ti, também já velhinho, pois...
Ou será que o tempo dará tempo a nós dois
De vivermos, ainda jovens, este amor por um instante?



Fernanda R. Mesquita

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Muito obrigado. Onde voces vao buscar estas imagens? Desculpem mas sou um pouco analfabeta em relação a isso.

  • Que lindo, Fernanda! Maravilha de poema.

    3578609?profile=original

  • Uma narrativa neogótica e triste demais, querida Fernanda!

     Muito boa.

     Beijos e Parabéns de novo!

    3577897?profile=original

  • Muito obrigado! Um bom dia!

  • Belíssimo soneto, Fernanda! Bjs

    3578405?profile=original

This reply was deleted.
CPP