Por vezes, sem sempre,
Ainda bem que é assim,
Se fosse continuamente,
Depressa chegaria o fim.
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Tem dias, tem horas,
Que vem, e fica para durar,
Tem outros dias, outras horas,
Que os momentos são chorar.
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É aquela chuva miudinha,
Que molha sem se ver,
Bem ao fim da tardinha,
Como lágrimas a correr.
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Culpamos o tempo,
Pelas nossas trovoadas,
Ele definha o sentimento,
Como se fossem rajadas.
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São desculpas de mau pagador,
Bem no fundo, sabemos o porquê!
Dizemos que não é falta de amor,
Só é mesmo parvo, quem não vê.
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Não queremos dar parte de fracos,
Desculpa-mo-nos com as intempéries,
Que velhos, são os trapos,
Chorar, são coisas de mulheres.
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Cristina Maria Ivens-27-10-2016
Comentários
Como sempre, habilidade, engenho e bom gosto!
Grata Sam, abraço.
Grata Iráci , beijos mil.
As desculpas ajudam algumas pessoas a mentir pra si mesmos. Aplausos, Cris! Bjs
grata Marso, beijinho.
Sua poesia, bela e simples todos nesta casa encanta
Parabens
FC
Muito belo, Cristina! Muito interessante!
Nossa vida é feita de chuvas miudinhas
e outras vezes de trovoadas... Bjs.