PROPOSTA
Esta oficina destina-se à composição de poemas sobre palavras deixadas aleatoriamente.
Regras
1. Todos os membros podem participar.
2. Ficarão em tela 4 palavras aleatórias para composição.
3. O participante deve compor nas palavras em tela e ao postar seu poema, deve deixar outras
4 palavras para o próximo participante.
4. Os poemas criados devem ser postados em texto escrito, sem arte, na caixa de resposta principal da oficina.
5. É permitido comentários de apreciação sem imagens nos textos.
Boas inspirações!
Respostas
Ainda bem!
Quando ouço o assovio do vento penso;
Nessa saudade germinada no peito,
A mente por lembranças vagueia.
Me abraço a esse tempo e não dispenso:
Momentos lindos que me permeiam…
São brisas coloridas de esperanças
Brotadas no coração sofrido, depredado.
trazendo ilusão e como uma criança
Sinto-o pulsar forte, acelerado.
É um privilégio que abraço agradecida.
Me vejo no espelho do viver com essa graça
Sonhar, não sendo mais menina… É vida!
Entender que tudo tem seu tempo e passa.
No final resta uma única verdade, o perdão
Perdão pelos divergentes pensamentos,
As palavras proferidas intuídas pela razão
Sem compreender, do outro, o sentimento.
Mas, um dia volta com sede à mente:
Aquele passado que ficou represado.
Apertando uma agonia persistente
E só perdoando pra sentir-se aliviado.
Márcia A Mancebo (17/08/19)
Próximas palavras: Depedrado, germinada, privilégio, divergentes
Espetáculo.
Antes de amar-te eu não era eu
Minha vida parecia insustentável
Ao juntar o teu caminho e o meu
Eu conheci um amor inexpugnável.
O que havia de ruim foi revogado
Hoje eu caminho pelas mãos da fantasia
A solidão é uma página do passado
O meu presente é de amor e alegria.
À noite, o cantante sibilar do vento
Quando, ao desejo, entregues estamos,
Enchem de música os nossos momentos
E, o êxtase é maior do que sonhamos.
E no estonteante êxtase há tanto benefício
Que o gozo explode e, em sua efemeridade
Nos dá um espetáculo em fogos de artifício
Transformando um instante em eternidade.
Marsoalex – 16/08/2019
Palavras em tela: Monobloco, enleio,depreender,carraspana
Pessoas.
Têm pessoas que são, assim, tão aguadas,
Sem brilho, sem cor, desenxabidas,
Que parece que pela vida são marcadas
Pra viverem anonimamente, despercebidas.
São presenças quase, transparentes,
Embora estejam aí por toda parte
É como se fossem inexistentes
Inúteis como um velho bacamarte.
Já, outras, têm a força do petróleo
Que jorra lá do fundo do oceano.
Tendo, ainda, a beleza que há no cóleo
Com folhas de brilho soberano.
Essas, parece que nasceram com a sorte
De transmitir, com sorrisos, a alegria
Ou, que são o meio, o transporte
Que o poeta utiliza pra poesia.
Mas não é isso que define as pessoas
Não é o que parecem que nos diz
As que são ruins e as que são boas.
Marsoalex – 07/08/2019
Rsrsrsrs. Bom!
Palavra em tela: Aguada, Bacamarte, Petróleo, Poesia.
Além do poder
Se as folhas verdes e secas quem tem lá no cajueiro
tivessem o valor de cifras e algum poder monetário
eu seria menos um no país dos salafrários;
Viveria como um lorde, até me faltar dinheiro.
Parece coisa de louco; coisa de revoltadíssimo.
Tem horas que esbravejo; falo demasiadamente
Outras horas fico manso; revelo-me pianíssimo;
para mim o que importa e se falar o que se sente.
Mesmo que falemos, de vez em quando, besteiras.
Não importa o que se diga desde que ache correto.
Mesmo que se sinta enterrado em várias Leiras
sua fala é o que permite, que não seja outro inseto.
Mas riqueza não importa, desde que seja feliz...
Horas fecham, horas abrem; sonhos em outras portas.
Que aguardemos o bom tempo tomando chá de Anis;
paciência é virtude e leva a perfeição; é isso o que importa!
Professor Talvanis Henrique - Carmópolis/Sergipe, 06/08/19 – 10:35
Palavras em tela:
CAJUEIRO / ANIS / PIANÍSSIMO / LEIRAS
O AMOR E O VERSO
Sensatez, não é coisa que se escreve
Nos versos de quem ama,
Quando o furor dos beijos
Na crua Voracidade do acender da chama
Inflama o desejo entre os lençóis
E a cama
Torna Fútil a mera resistência:
Sensatez, desnuda-se ao clamor da lua
Quando Inabalável e nua
Desperta a paixão no rastro dos amantes,
No cheiro de cio, que exala voraz
Na noite plena
E escreve seu poema
[Em rimas],
Não sutil,
Nas (des)pautadas linhas do amor
E do verso...
Nina Costa in 04/08/2019,
Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.
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