PROPOSTA
Esta oficina destina-se à composição de poemas sobre palavras deixadas aleatoriamente.
Regras
1. Todos os membros podem participar.
2. Ficarão em tela 4 palavras aleatórias para composição.
3. O participante deve compor nas palavras em tela e ao postar seu poema, deve deixar outras
4 palavras para o próximo participante.
4. Os poemas criados devem ser postados em texto escrito, sem arte, na caixa de resposta principal da oficina.
5. É permitido comentários de apreciação sem imagens nos textos.
Boas inspirações!
Respostas
Que bom seria
Não te enfrento, tenho medo de elefante.
Se fosse um simples peixinho, um bagre
Enfrentaria sem medo algum...e se fosse infante
Um jovem bem apanhado, um milagre
Desses que já não existem mais...
Quão bom seria, se infante fosse.
Te abraçaria de bom grado, sem pavor
E nos teus ouvidos te diria meu amor :
Vem para meus braços com fervor!
E entre abraços e abraços meu querido
Provocaria um terremoto de paixão...
Certamente se fera fosse
faria o meu corpo virar vulcão!
Márcia A Mancebo
06/10/2021
Palavras em tela
Terremoto, elefante, bagre, pavor
Sou de paz!
Na rigidez do tempo a vida vai,
escoregando lenta em grã batalha.
Viver é bom, mas ah, se a voz não sai,
o ânimo esmorece e a força falha.
É todo dia assim, essa jornada
desde o anscer do sol brilhante e lindo,
até o anoitecer quando cansada
encontro, no portão, meu cão latindo.
A pulcra madrugada, enluarada
furtiva, adentra o quarto e contracena,
com o sonho que me faz afortunada
de ser o ganhador da mega sena.
Se isso acontecer, meu Deus que sorte!
Jamais me tornarei um egoista,
Na imprudência só se encontra a morte!
Eu sou de paz, do bem, sou altruísta!
Edith Lobato - 6/10/21
Uauuuu!
Lindo demais 👏
Palavras em tela:
Imprudência, pulcra, portão, rigidez
Mulher sem saudade
O toque do interfone insistentemente
Causa uma surpresa te ver outra vez,
Depois de tantos anos vens novamente
Procurar nos meus braços o que desfez.
Volto ao passado sem minha vontade
Lembrança daquele dia me assedia
Vejo aquela menina na flor da idade
Cativa do acalanto e da fantasia
Depois a partida sem necessidade
Fiquei sozinha sem norte e sem luz.
Com os anos tornei - me mulher sem saudade
Co' a vida a meus pés que agora reluz.
Hoje vejo o mundo não co' o coração
Sou livre de caprichos e falsidade,
Sou qual um barco solto na imensidão
A maré que aporto é mansa sem ansiedade.
O que vivemos ontem tudo acabou
Desejo nenhum me assola no momento
Nosso tempo não tem volta... Passou.
Pretendo envelhecer em paz, sem tormento.
Márcia A Mancebo
06/10/2021
Sempre primorosa,Márcia. Parabéns
Obrigada amiga querida 😘
Palavras: reluz, interfone, acalanto, maré
Andarilho
Olhe me aqui! Não me evite não…
sou um ser humano que precisa
de cuidados e atenção.
Meu corpo esquálido e fraco
assusta eu sei, vivo também
eu espantado!
Saúde debilitada, numa feição
anêmica, que a muitos afugenta.
Minha história não é bonita, mas dolorida.
Aqui vivo como um pedinte.
Despertando ojeriza em uns ,
em outros, compaixão e dó!
Meu viver é triste e sombrio
uma negritude que atormenta a alma
Só tenho Deus, e a rua como companhia.
Sinto -me refém desse movimento
itinerante do vai e vem dos cidadãos
que veem em mim, apenas mais um humano
fracassado para exibição.
Confesso, estou exausto
De dormir ao relento e ser mais
um andarilho do asfalto.
Lilian Ferraz
25/09/2021