Esse amor...
No subjetivismo dos meus sentimentos
Encontro com o amor erotizado, sensual
Que, por razões várias, crio fortes barreiras
E vou detendo-o, sufocando-o, na certeza
De que não sei mais de nada sobre esse jogo...
Confundo carícias, o toque de pele, sensações
E, como num jogo de cartas, apelo para a sorte
Que não tenho para beber desse amor como é ele
Puro, impuro, bonito, feio, mas romântico e gostoso
Sentimento que guardei no fundo do armário...
E, no meu silêncio, faço conjeturas exóticas, percebo
Que a vida não impõe nada a ninguém, deixa a escolha
E que são metáforas todas ruins tais comparações
Que decifraram o amor erótico, impingindo asco e vergonha
Num puritanismo escondido na alma que não se liberta...
Escapar de tudo isso não é fácil; é preciso saber jogar
Mas deixo a loucura do amor sem peso e medida
Isenta de classificação para o amor que é vida
E fico, então, com o silêncio das noites escuras
Que é o grito dentro de mim que ninguém ouve...
Não sigo regras, não aceito censuras, sou eu mesma
Porque o amor cumpre em mim uma função humana
É sexo com prazer, sem prazer, depende do jogo erótico
E segue a possibilidade de nem ser amor, apenas um ato
Um corpo numa mente silenciosa que se entrega a outro...
Mena Azevedo
Respostas
Bom ler um poema reflexixo, ainda mais sobre tema que os costumes tornaram polêmico.
Ainda mais quando o decorrer dos versos assinala uma postura de naturalidade frente ao tema!
Ainda mais, sempre num crescendo, quando fica flagrante a postura do eu lírico de passear pelas suas ideias e não se fechar num beco conclusivo.
Lindo poema, Mena, a interiorizar um tema quase sempre tratado de modo explícito! Além disso, muito elucidativo também!
Muito obrigada, Márcia! Bjs.
Muito obrigada, Lílian! Bom dia. Bjs.
Gratidão, Marso! Ficou muito bonita a formatação!
Boa semana. Bjs.
O amor em versos bem delineados e refinados com um sutil erotismo. Parabéns
É preciso saber jogar o jogo erotizado da vida. Lindíssimo, Mena! Aplausos!