Proxenetas

Proxenetas

 

Fato às riscas, calça vincada,

Gravata, camisa de seda,

Dois de dedos de lábia ensaiada,

E não há menina que não ceda.

 

À noite, é vê-los a uma esquina

Em torno da rua das Pretas,

Sempre de olho na sua menina,

Não enganam, são os Proxenetas.

 

Seus escrúpulos são diminutos,

Portam-se como fieis miseráveis,

Recorrendo a processos brutos.

 

Figura incontornável da cidade,

Fazem-se sentir indispensáveis,

Sugando-lhes toda a liberdade.

 

Francis Raposo Ferreira

03/10/2019

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Respostas

  • Conferindo.

  • Bonita participação, poeta Francis.

    Aplausos pela composição.

  • Bom Dia Poeta!

    Defensor "Dativo" que me auto-intitulo das Damas das Noites (e dos dias) só tenho que APLAUDIR calorosamente tua inspiração que extrapola o que podemos chamar de Reflexão Social do HMV (Humanus Modus Vivendi)!

    NOSSOS APLAUSOS para o Poeta e para a Poesia!

    PS.: Por FVR Poeta... Dê u'a olhada em tua CX de Entrada (no alto à direita) gaDs

  • Sensacional!!!!

    Parabéns. 

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