Prefiro...
Verdades,
Um bom vinho,
Um café quentinho,
Livrarias que bares,
Gente experiente com alma jovem,
Comida boa a fast-food,
Roupa branca inclusive na cama,
MPB, rock, teatro, cinema,
Trump nem pensar, sou fã do Obama,
Nem dia, nem noite, um fim de tarde,
Uma brisa, um vernissage,
Poesias,
Uma linda mão,
O amor,
Um beijo apaixonado,
O frio, um cobertor...

Antonio de Magalhães

Até que enfim estamos chegando ao final de 2020. Que ano hein...
2019 não foi dos melhores mas 2020 ficará na história...
Sim, na história do mundo.
Muitos de nós perdemos pessoas próximas, queridas, gente que estimávamos, que éramos fãs, alguns profissionais de relevante importância em nossas vidas, amores...
Percebemos o que é conviver lado a lado com a angústia, o desespero, o medo, a tristeza e muitas vezes com a indiferença...
Foi um ano atípico, mas que nos mostrou sobretudo a importância que tem o ser humano, ou melhor a vida. Se pararmos para refletir podemos aprender como nunca algum dia imaginamos o valor de muita coisa. E essas coisas não são materiais. Poderia citar uma infinidade contudo essa tarefa prefiro deixar pra vocês em suas meditações e orações com o nosso amigo e pai que fez novamente o mundo notar que é frágil perante a natureza e que pode ser resistente se dermos as mãos. Porém essas mesmas mãos devem estar atreladas ao coração. Um coração que pulsa forte, sensível e esperançoso.
Pois é, o Natal está chegando e quero muito comemorar de maneira diferente o nascimento de Cristo, com esses ensinamentos que ele trouxe pra gente nesse episódio marcante, no qual acredito que nada foi em vão, em tudo o olhar, as mãos, a misericórdia divina esteve presente e assim desejo a você e ao universo um Natal de paz, de amor ao próximo, de tolerância, de solidariedade e verdadeiramente um Natal da humanidade.
Que o ano novo seja o grande encontro com todos seres humanos unidos no sublime e infinito poder do amor que é o elo para superarmos as divergências,  os obstáculos e os preconceitos.
Estaremos juntos se assim Deus permitir e juntos poderemos fazer diferença para o planeta se tornar um lugar melhor para todos.

Antônio de Magalhães

Hoje cordei cedin, inspirado em contar um causo procês.
É só uma história cotidiana que tenho certeza que cêis ouve demais da conta. Mas é sempre bão falar.
Sou um homi pouco letrado, aprendi a lê e escrevê e mesmo por conta dos erro de português a vida me ensinou coisas que a escola não me mostraria...
Outro dia desses de Deus, vi um menino com seus trinta e poucos anos forte numa pedição dos trem de comer e resolvi prosear com ele. Então comecei:
- Bão dia!!!
E ele respondeu e começamos a falar.
- Dia pro sinhô também...

- Tava correndo os oio nocê e vi que tá pedindo os trem de mantimento..

- Tô sim, não tenho vergonha não. E se tiver precisão eu trabaio pra compensar..

- Uai então por causa di que ocê num arruma um trabaio e deixa de pedir?

- Eu já tenho o trabaio na roça, mas o dinheiro que me pagam não dá pra sustentar eu e minha família. Minha Muié também trabaia e nós dois temos um minino.

- Uai! Ocês dois junto não dão conta de criar esse menino?

- Não sinhô. Moramos numa casinha do dono da roça e ele cobra tudo. Mas Deus há de miorá pra nós...

- Pois já miorô fi. Se ocê quiser a partir de agora pode trabaiá pra mim aqui mesmo e sua Muié também, pois esse mesmo Deus me abençoou deu podê ter condição de ajudar gente como ocê.

- Num sei nem como agradecer. Mas Deus vai te dá muito mais....benzô deuso!!!

Resumindo um cadin o causo é assim.
Esse homi pouco letrado que estendeu a mão ao pedinte e mostrou solidariedade e exemplo de ser humano era também dono de muitos comércios e apesar de ter situação financeira privilegiada sabia valorizar e tratar as pessoas.
A vida retribui tudo que fazemos com fé, justiça e amor. E todo mundo é gente como a gente.
Esse é um "causo", uma história simples mas que precisa ser contada sempre pra que ninguém esqueça que estamos todos a procura de oportunidades, de melhorias e claro da sonhada felicidade que cidadãos de bem merecem. O fato é que se nos ajudarmos uns aos outros sairemos dessa vida felizes e com o dever cumprido.
Inté proceis....

Antônio de Magalhães

Se amar for pecado não irei para o céu
Minha vida me condena a ser eterno réu
Sou mesmo um ser errante que gosta de bordel
Me inspiro no romance e escrevo no papel
Quero mais é me embebedar com gostinho de mel
Vejo damas, vejo danças e me encanto com as que usam véu
Nesse mundo de Deus dou beijos a granel
Mas eu logo me apaixono e coloco um anel
O lugar pouco me importa vou até pra Montevidéu
Eu hoje viro a noite e durmo ao léu
Melhor parar aqui senão vou longe pra dedéu...

Antônio de Magalhães

Se eu soubesse como é o futuro muita coisa estaria melhor.
Vivemos com a esperança de um amanhã mais soberano. Muitos acreditam que o destino não está predeterminado e crêem que as suas ações podem influenciar no sucesso e de fato isso acontece.
Seja lá o que realmente houver; que ali na frente essa esperança se transforme em realidade. Uma realidade feliz a todos sem distinções.

Antônio de Magalhães

Tô com muita saudade de você...
Do seu perfume, do cheiro da sua pele, do seu sorriso e de seus lindos olhos, do jeito de implicar comigo, do jeito de me chamar com carinho de "MÔ"...
A saudade é grande e me faz pensar, quanto tempo existe no tempo?
Não sei a resposta, apenas sei que a saudade está no tempo e a certeza é a saudade...
Muita saudade!!!
Antônio de Magalhães

Bastava um olhar seu e eu iria correndo...
Assim é o amor que tenho. Um gesto, um sopro, um pensamento e o pulsar de meu coração se manifesta...

Antônio de Magalhães

O pleito está se aproximando e quero poder escolher uma candidata que eu acredite em seu discurso e não me arrependa.
Quero carregar seu santinho comigo com seu número e fazer boca de urna sempre que perguntarem...
Sei que muita gente acha que estou sendo radical, mas é a ideologia que creio.
Se ela for ditadora? Que seja! Pois desde que ela me dê liberdade de escolha, viveria feliz e sabe o que me faria ser assim: Comprometimento e reciprocidade. Quanto aos outros não sei, o voto é livre. O que sei é que de tempos em tempos renovamos o voto, mas o meu estará no cabresto. A minha eleita terá mandato vitalício em minha vida.

Antônio de Magalhães

Hoje não quis escrever umas poesia, crônica, ou outro texto parecido. Apenas um relato. E inicio com uma indagação.
O que te faz feliz? Ou melhor onde você se sente feliz?
Pergunta simples mas muitas vezes com respostas complexas. Nós estamos sempre buscando o caminho para encontrarmos a felicidade seja em qualquer aspecto. Entre o caminho e a realização existem pessoas, oportunidades e cidades. Talvez não falem muito sobre isso mas eu particularmente tenho essa concepção que o local onde essa busca acontece nos marca e é nele que nossos sonhos se materializam. Ao longo da minha jornada percorrendo diversos lugares pelo mundo posso afirmar sem dúvida que existe um lugar que nos encanta e amansa nossoa coração. É lá que temos o que nos faz debruçar em nossa essência, plenitude, nosso êxtase. Muitos de vocês saberão o que estou falando e é pensando nisso que agora escrevo e enfatizo que esse cantinho que amamos podemos chamar de felicidade. Nossa feliz cidade.
Antônio de Magalhães

Escrevi um poema mas queimei.
Em meu universo íntimo já não sei se ardo em chamas ou derreto como cubos de gelo.
Antes assim pois as labaredas talvez me mostrem a luz antes de se apagarem, só não posso chegar muito perto pois correria o risco de minhas lágrimas me condenarem a escuridão...

Antônio de Magalhães

Em um país que a sociedade tem consciência e conhecimento pleno de sua força, é cristalino que os governantes sabem que o poder é uma breve passagem que está concedido pelos verdadeiros soberanos. Esses devem estar atentos e vigilantes em todo percurso, desde da escolha até a retirada do privilegiado.
ANTÔNIO DE MAGALHÃES

Tem coisas que magoam muito mas não ligo.
Apenas finjo que não pois não quero magoar as pessoas e me igualar.
O silêncio vale muito mais que respostas.
Meu calar é a escuridão do pensamento alheio...

Antônio de Magalhães

Despertei.

Coei o café, com pouco açúcar como de costume e sentado a mesa senti a cadeira ao lado vazia. Faltava uma xícara.

Uma lágrima caiu e destemperou o café.

Acabou a graça...

Antônio de Magalhães

Quase todos dias me deleito em escrever.
Escrevo poesias, crônicas, textos...
Nesses intervalos passo um café forte com cheirinho gostoso e aquela fumaça neblinando um aroma único...

Olho na janela e percebo um clima frio, não no tempo, sobretudo nas pessoas...
Então me assusto em ver que poucos se habituam na cultura da leitura...
O tempo está frio, e parece que vai esfriar muito mais ao longo do dia, dos meses, da vida....
Vou voltar para meu café quente...

Antônio de Magalhães

A vida é uma viagem,
A gente, brinca, cresce e envelhece,
O tempo passa, e as vezes a mão estremece,
E a memória mostra um longa metragem

Amores vem e vão,
Paixões de criança e adolescência,
É a fase da desobediência,
Tem lembranças que não se apagarão

Chega a hora da responsabilidade,
Estudar, trabalhar, família a vista,
Alguns ficam sozinhos ou são largados na pista,
O bom mesmo é alcançar a felicidade

Nesse intervalo não devemos esmorecer,
Toda ajuda é bem vinda,
Se você pode não deixe ninguém na berlinda,
A verdade que sabemos é que não iremos retroceder

Vamos viver em harmonia e sem rancor,
Reciprocidade, respeito e valor,
Já diziam os poetas que a vida é paz e amor

Antônio de Magalhães

Compreendo as tristezas de muitos;
Ouço as vozes das almas sussurrando angustiadas;
Revejo conceitos pré concebidos;
Aprecio a humildade de reverter situações;
Ação. Amor e ódio.
Eis o coração, palpitando, dando palpite, exercendo sua liberdade.
Esse sou eu, somos dois, somos muitos...
Semblantes corados, o mundo, a vida.

Antônio de Magalhães

Eu carrego uma esperança junto com a minha bagagem de vida e não abro mão de meus sonhos. Eles são meu combustível desde de que me entendo como ser humano. Não sou vidente nem algo parecido mas tenho uma certeza inexplicável que se realizarão. Muitas vezes me pego pensando e indagando o tempo mas por mais estranho que achem, escuto nitidamente a resposta que invariavelmente diz que SIM e uma luz como de uma estrela cadente brilha em meus olhos castanhos.
Tem hora que esses sonhos aparentam-se distantes e às vezes ele está muito próximo como um pequenino passo de uma criança, e, nesse intervalo não perco o entusiasmo nem a perseverança.
Os sonhos que se tornam reais são aqueles que vêm de dentro da gente, dos nossos desejos mais sinceros, do nosso mundo íntimo e idealizado com detalhes que só nós temos a sensibilidade de conceber.
Cada dia me sinto ainda mais merecedor dessa felicidade plena e com a torcida das pessoas que crêem e sempre estão ao meu lado como uma grande equipe, sigo minha trilha sabendo que entre algumas paradas necessárias a linha de chegada está logo a frente para que eu receba a bandeirada e me torne o novo vencedor.

Antônio de Magalhães

Não te esqueci...
E como é que eu poderia?
Você ainda é o meu primeiro e último pensamento todo dia.
Meu coração pulsa com a mesma intensidade...
Mas é difícil viver assim.
Aprendi amar seus defeitos, me entreguei, respeitei, fiz da sua família a minha, todos me isolaram e até hoje não sei a razão...
Me pergunto sempre o que fiz para merecer tamanho sofrimento...
Só me resta esperar e crer que Deus é misericordioso e fiel, assim como esse meu frágil coração é.
Você roubou e ficou com o meu coração e me aprisionou.

Antônio de Magalhães

A poesia desperta a sensibilidade para as pessoas no mundo, nas artes, nas palavras, na vida...
O poeta é necessário para que possamos atingir os nossos conhecimentos em nossa plenitude...
A vida é feita, de partes, metades, histórias,
detalhes inimagináveis, diz a letra de uma poeta...
A vida é segredo desde o seu início até o seu fim.
E a certeza... Só teremos quando a verdade se traduzir em amor.

Antônio de Magalhães

“Acredito que o Universo tem a sua maneira de equilibrar as coisas e as suas leis quando estão viradas do avesso. O momento que vivemos, cheio de anomalias e paradoxos, dá o que pensar. Numa altura em que as alterações climáticas causadas por desastres ambientais chegaram a níveis preocupantes, então a China e depois tantos outros países veem-se obrigados ao isolamento. A Economia colapsa, mas a poluição diminui consideravelmente. O ar melhora; usam-se máscaras, mas respira-se.

Num momento histórico em que algumas ideologias e políticas discriminatórias, com fortes referências a um passado mesquinho, estão a reativar-se em todo o planeta, chega um vírus que nos faz perceber que, num instante, podemos ser nós os discriminados, os segregados, os bloqueados na fronteira, os portadores de doenças. Mesmo que não tenhamos culpa disso. Mesmo que sejamos brancos, ocidentais e viajemos em classe executiva.

Numa sociedade alicerçada no consumo, em que todos nós corremos pelo menos 14 horas por dia na direção não se sabe muito bem de quê, sem sábados nem domingos, sem feriados no calendário, de repente chega o “parem”. Fechados, em casa, dias e dias. A fazer contas com o tempo do qual perdemos o valor. Será que ainda sabemos o que fazer dele?

Numa altura em que o acompanhamento do crescimento dos filhos é, por força das circunstâncias, confiada a outras figuras e instituições, o vírus fecha as escolas e obriga a encontrar outras soluções, a juntar a mãe e o pai com as crianças. Obriga a refazer família.

Numa dimensão em que as relações, a comunicação, a sociabilidade se processam principalmente no mundo virtual, das redes sociais, dando-nos uma ilusão de proximidade, o vírus tolhe-nos a verdadeira proximidade, a real: que ninguém se toque, nada de beijos, nada de abraços, tudo à distância, na frieza do não contato. Até que ponto dávamos por relevantes estes gestos e o seu significado?

Numa altura em que pensar no próprio umbigo se tornou regra, o vírus envia uma mensagem clara: a única saída possível é através da reciprocidade, do sentido de interação, da vida em comunidade, do sentimento de fazer parte de algo maior, de que cuidamos e que pode cuidar de nós. A responsabilidade partilhada, o sentir que das nossas ações depende não apenas o nosso destino mas o de todos os que nos rodeiam. E que dependemos das deles.

Por isso, vamos deixar da caça às bruxas, de perguntar de quem é a culpa ou porque é que tudo isto aconteceu, e perguntemos antes o que podemos aprender com isto. Creio que temos todos muito para refletir e fazer. Porque com o Universo e as suas leis, evidentemente, temos uma grande dívida. Explica-nos o vírus, com juros muito altos.”

Antônio de Magalhães