Fragmentos de mim
Sou fragmentos de mim.
Cacos espalhados ao chão.
Quem vai me querer?
Sou um vaso quebrado.
Sou UMA flor murcha.
Sou pétalas que caem secas.
Quem vai me querer?
Sou folhas que soltam-se
Cujo vento as levam.
Quem vai me querer?
Sou a lua escondida,
Atrás das nuvens negras, em noite escura.
Quem vai me querer?
Perdi meu brilho, o tempo roubou.
O encanto se foi das horas mágicas,
Que outrora vivi.
Quem vai me querer?
Sou resquícios de uma juventude,
Vivida, feliz, plena , amada.
Quem vai me querer?
Sou a fé que perdeu-se,
Diante de tantas preces não atendidas.
Quem vai me querer?
Sou as águas dos rios, poluídos,
Pelos destroços neles jogados,
Cujas águas nunca mais límpidas serão.
Quem vai me querer?
Sou o horizonte perdido, no ínfinito da vida.
Onde as cores do céu ressurgem,
Em colorido esplendoroso.
A alma aquieta, surge a noite orvalhada,
Que molha meu corpo, no caminhar da vida.
Sinto a leveza do ser, sou levada para grandes distâncias.
Encontro um oásis nesse deserto da minha existência.
Banho-me em suas águas,
Desperto de mim , sinto o renascer;
De uma alma triste, que ficou na penumbra,
Mas, cujas luzes fracas, não se apagaram.
E no acender de novas esperanças.
Eu posso dizer,
Eu me Quero!
Eu me Amo!
Das cinzas...RENASCI!!!
Carmen Haddad
POETISA
Comentários
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Olá poetisa, a foto de seu perfil não etsá visível, por favor dê uma olhada.
Bom fim de tarde.
Obrigada a todos pela carinhosa recepção nessa tão acolhedora casa dos poetas.