Posts de Diego Tomasco (228)

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O tremor dos meus lábios

 A glória está junto desse ser hipotético e caduco, não sei se ainda lembro de mim, e de quando pretendia ser apenas mais um idiota,

A prepotência transforma o amor em algo subsidiário e aceitar o remorso e como justificar a solidão, esperava entender a esperança mais as dúvidas se referem sempre ao futuro,

Encontrei tantos argumentos que nunca suspeitei de nada, o desalento e as vezes a raiva dominavam meus princípios, sempre enterrava a desconfiança vendendo um pouco de felicidade inútil ,

Mais no fim consegui abrir a porta, e parei de fermentar esses pensamentos que eram como cadáveres barbeados e com camisas brancas, então suspirei sentindo o tremor dos meus lábios ,

Não me acostumei a obedecer o estupor.

Diego Tomasco 

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Tapetes mágicos

As portas estão enferrujando e lá dentro tudo está manchado de penumbra, a fuga dos silêncios e dos movimentos não são pura coincidência,

Esquecimentos, rupturas e novidades são a mesma coisa e a coincidência perfeita e como um verdadeiro milagre, 

As portas estão enferrujando  e o discurso sem nexo tem mais de uma lógica tornando a concretude tangível  ,

O espaço é um estranho jardim do édem com a eternidade observando cada minuto que não passa, pisamos o pó, somos pó, somos sonhos que irrompem numa vontade que se impõe,

As portas estão enferrujando e não á mais ponto sem vírgula , nem vogais nem tabelas, o espaço está cheio de vazios e coisas deshabitadas ,

As mãos seguram vendavais de infancias com terror abandonado, fechaduras e travas e gritos abafados, somos poeira e voamos em tapetes mágicos.

 

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Coração adormecido

Levame agora que meus lábios carregam toda essa pressa,

Enquanto os teus num leve sorriso me beijam, 

Serei uma manhã,

Um amante ,

Algo sombrio,

Um talvez,

Um instante,

Te devo algumas rosas,

Mais te dou todas as estrelas,

Amo tua doçura de primavera,

Amo essa fragrância que me atrapa,

Levame agora, quero me perder nessa mata, 

Serei um sonho infinito e desconhecido,

Um minuto de esplendor no teu coração adormecido...

 

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Céu do meio-dia

 Chego a ti por amor, e normal ter dúvidas, a lembrança pura acende promessas para a noite seguinte,

Quantas paredes tenho que tocar, quantos dias terei que vagar quando apenas tua presença pode me acalmar, 

Todas as situações dramáticas podem repetir se, e o amor pode esfriar num instante de tensão, pretender alcançar o necessário pode ser um jogo perigoso,

Chego a ti por amor, fulgurante e arrancando juramentos, sentindo esses contínuos relâmpagos e tua beleza sombria cobra seus espaços,

Quantas vezes cruzarei o silêncio com essa canoa veloz a deriva até chegar aos confins dessa hora longiqua ofuscado o céu do meio - dia...

Diego Tomasco.

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Passarinho

  1.                                       Passarinho 

Não posso cansar quando carrego amor,

Não posso amar sem viver de ilusão,

Não quero odiar nem andar na contra mão,


E quando me sinto sozinho,

Minha imaginação voa como passarinho,

E quando vem a solidão,

Penso no espaço e sua vastidão,


Tenho senhas e sonhos,

Tenho verões e outonos,

Precisso do teu imenso abraço,

E saber que posso descansar no teu regaço,


Não posso viver sem medo e sem temores,

Nem carregar todas minhas dores,

A solidão não pode ser o destino,

E não quero ser meu pior inimigo,


Tenho a vida que reflete a eternidade,

Tenho teu amor que é minha felicidade...

Diego Tomasco.

 

 

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O mundo de Robert

 O mundo de Robert era muito estranho,o tempo e uma tragédia e te devora pensava ele enquanto inspirava o ar e depois o soltava, se sentia como no meio de uma floresta dentro de um palácio, sozinho.

As vezes resulta insuportável a madrugada e quando se olha no espelho se converte em outra coisa, algo que o incomoda e que adquire consciência própria, então sua cara no espelho sonrrie e responde movendo suavemente os ombros.

Essa assimetria falsa contrasta com uma maldade quasse familiar, não á respostas nem perguntas para essa cômica sobrevivência e Robert sabe bem disso.

Claro que e uma máscara de alienação, sem possibilidade de mudancas ou transformação moral, o equilíbrio entre a sanidade e a loucura pode ser um fio muito tênue e as convicções vão se auto destruindo.

Desde quando essa timidez??

Evidentemente há algo que o aterroriza, como uma personagem que não existe fazendo coisas que são tão reais, como matar baratas no balcão, como fazer o supremo esforço de sonhar.

As regras mataram os instantes e a aceitação matou a interrogação, esperar respostas é como absorver a dor , Robert e cúmplice e testemunha desses pormenores que insistem em voltar.

O mérito e a culpa mantém uma curta distância, o inconveniente é que ninguém sabe do sopro e do cansaço, do monólogo e do espanto, o mundo de Robert produz pánicos, mais o bizarro e constrangedor e que sua consciência visceral o faz mergulhar em suas próprias convicções.

 

 

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Trem voador

 Não estava nos meus planos ver o trem passar atravessando o céu como se estivesse a voar, sempre procurei a falta de algo que não conseguia compartir contigo,

Fui meu pior inimigo e não fiquei ao meu lado nos momentos mais difíceis, faltava algo em meus dias, e viver viajando ao passado faz esquecer o futuro,

Não sabia que teu sorriso resolveria tantos problemas, e criaria tantas redes para pescar esperanças...

Diego Tomasco.

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A medida da ignorância

 Agora sei que a velocidade encurta a vida, mais a lentidão atrasa minhas conquistas, igual tenho pressa de viver,

Agora entendo que saber demais pode ser um caminho fatal , em certa medida a ignorância me protege, a consciência aumenta a responsabilidade sobre certos erros , e como criar meu próprio inferno,

Trago comigo a distância entre sentimentos e pensamentos, entre a luta diária de ser algo mais que ainda desconheço, 

Trago comigo a distância entre minha alma e meu coração, 

Trago toda a desilusão utópica da esperança...

Diego Tomasco.

 

 

 

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Velhos dinossauros

 Sou minha pior defesa e sei o que você fez, teremos que achar outra forma de sermos velhos dinossauros, 

Mostre a saída e te seguirei, o jogo é de todos mais temos que dar algo pra vida, 

O que você vai fazer???

Quero o mesmo que você, e temos outras formas de ser odiados, eu tô pronto pra ser responsável pelo que está nos matando, 

E sempre fácil chegar lá ,

O difícil e ficar ,

Não podemos desistir, somos velhos dinossauros...

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Imenso mar

 Há muito tempo atrás eu achava que podia tocar o céu e deixar o amor me devorar, atravessar com desvario temeroso todo esse imenso mar,

Sonhar é seguir viviendo, e migrar sem destino inventando versos e caminhos, sentir o perfume da flor, se machucar nos seus espinhos, 

Nada é definitivo, nem esses fantasmas que carregamos, nem o pântano escuro com seus extravios,

Eu atravessei meu ser impuro com essa solidão perdida entre noites cheias de espléndidas feridas, nunca estive vazio dessa última chama viva,

Há muito tempo atrás eu achava o mundo cheio de geografias povoadas de ausências e terras saturadas de más intenções...

Diego Tomasco.

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Convictos e confessos

Vivemos num fórum de espectativas que quasse nos escravizam, sabemos que também há portas que salvam e outras cheias de sonhos que enganam,

Onde vamos parar?

O resplandor da bondade escapa pelos telhados, e os que decidem se julgam inmortales, temos tristes atributos e um pouco de rancor inexpresivo,

Agora o tempo vela nossos escombros desafiando o futuro que ainda vive de resíduos do passado e atravessamos a névoa existencial com esse egoísmo reservado e cheio de estupor,

Lidamos com o final que não perdoa, e assistimos esse ódio visceral e frívolo destruir o néctar da esperança,

Vivemos convictos e confessos num túnel sem destino...

Diego Tomasco.

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Enterrando manias

 Quando faltam fantasias podemos inventar verdades, ou roubar sonhos pertinentes pois já não me olho no espelho nem para pentear me, 

Já não me importo em fazer as coisas bem, mais sim em apenas fazê-las, já não á sombras nem sonhos, sou uma agulha num palheiro,

Quando o horizonte for fechando devagar nessas colinas e os povoados incendiados de loucura e fantasias, enlutarei meus velhos hábitos enterrando minhas manias,

Já sei que a solidão é um mistério com sílabas preciosas...

 

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Assalto a letra armada

Não acredito que algum dia escreva alguma coisa melhor, mais acho inútil discutir coisas necessárias e todos somos um pouquinho escravos da razão,
Tem coisas que não tem volta,

Eu amava as ruas as flores e aqueles pequenos hotéis com fugaces prostitutas, mais esses velhos monólogos semi dormidos eram um assalto a letra armada,

E difícil voltar a realidade quando passa do meio dia e ter que encarar todas essas sobras de raivas contidas, depois de ter incendiado a última revolução social , depois de aceitar o fracaso e receber nas costas um punhal.

Eu também pensei demais até chegar a mim mesmo, porque no fundo precisava me conhecer, e quando imaginei esse instante de silêncio veio o vazio concreto recolhendo lembranças esparsas e algumas vergonhas escondidas.

Diego Tomasco 

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Días de silêncio

 Enquanto volto a subir as escadas vou reconhecendo o esforço de viver a realidade e suspeito que o bem e o mal são apenas variáveis de diferentes verdades,

A tristeza sabe o que faz e o medo grita na escuridão, o ódio sempre é novo e tão concreto que não vale a pena, eu sei que a possibilidade de ser feliz as  vezes se justifica com crueldade,

Poderia viver encerrado num purgatório terreno, misturando meus pedaços de falsos projetos e continuar com minha eterna nostalgia rodeada de moscas,

Enquanto subo as escadas tenho a sensação de gastar os minutos num sossego absurdo e cheio de silêncios...

Diego Tomasco 

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O transatlântico

 Tento correr mais não tem sentido, definitivamente não é minha natureza, também ignoro que não sei nadar, e tão difícil quando o ódio também é luxurioso, 

Entreguei o melhor de mim mais ninguém quis, e certo que já não leio mapas nem tenho paragens mais posso escapar deste maremoto que arrasa verdades envelhecidas, 

Respiro e sei que estou aqui como uma voz alta e dispersa, seco as lágrimas  numa última desculpa, sobrevôo a realidade e me banho em toda essa desordem, as ausências naturais são as que mais doem,

Volto carregado de exentricidades, descolorindo o tempo que me atravessa, sou uma pintura no oceano mágico que cura o que não tem remédio.

Diego Tomasco.

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Reino da tolice

 Amei sozinho e viví entre pensamentos e lamentos, e sem razão dei razão ao coração, 

Não sou igual a quasse nada nem sou semelhante a deus, vivo de amargas alegrias e doces amarguras, mais sinto a ternura que evoca tua alegria, 

O destino é um mistério que me atormenta e rodeia como nuvem que não se desfaz, quero abandonar a tempestade como abandono a solidão, e deixar as convenções no reino da tolice.

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Sonhador

Quero falar bem pelas costas,

Sonharei sempre,

Sonharei a vida toda,

Sou um sonhador,

Quero ter mais perguntas,

Pois é no mistério,

 Que encontro as respostas...

Diego Tomasco.

 

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Convite para o inferno

Sou vulnerável á manipulação, não tenho ideia até onde chega o limiar entre a verdade e a ilusão, velhos ecos de esperança ainda me perseguem,

Acelero, sinto que estou atrasado aperto o passo e vejo que já começou, os convidados estão chegando e nos odeiam, se não cherassem mal teríamos nos divertido,

A presença de nossa ausência será sentida,

Me diz que tudo vai ficar bem ...

Diego Tomasco.

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Moedas de latão

 Quem dera termos sonhos coletivos e se perder nós labirintos da vida, não podemos ser salva vidas á distância,

Certas coisas não esperam, e o conformismo contamina a alma, a melancolia aterriza de noite e nos deixa algumas moedas de latão,

Quem dera adquirir muletas para a alma e desconectar o tempo, viver entre vozes e muros, cultivando o silêncio e evocando essa tímida ilusão,

Certas coisas não esperam...

Diego Tomasco.

 

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