Discussões de Fernanda R-Mesquita (7)

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Vento sereno

Bailaram lentas algumas horas da vida
envolvidas por silêncios que me embalavam
em vazios confusos e sonhos ridículos
aos olhos do mundo.
No entanto eu via nas ruas escuras
estrelas exaltando  possibilidades.
Do denso nevoeiro surgiste tu
vento seren

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Na textura da noite

Na textura da noite
o piar melancólico de uma coruja
inspira o poeta
a tocar os sonhos
com as pontas dos dedos.
Ao longe
ouço o piar melancólico de uma coruja;
na mesa, o papel converte-se a pio
e eu a ave noturna.

Fernanda R. Mesquita

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Ao imaginar que tu existes

Ainda não sei se és principio no corpo da tua mãe,
Mas apenas a possibilidade de existires
Abre em mim uma janela, por onde eu lanço a minha voz
Para te dizer que eu te amo, meu amor.
Sim, chamo-te de meu amor sem medo de me expor à zombaria alheia
(Porqu

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Do lado de lá do meu muro

Por vezes, em certas noites,
Uma sombra, vinculada à minha almofada, morde-me;
A sua boca absorve os meus pensamentos, os meus sonhos...
Age como se eu não existisse e programa-me
Sombra de corredores sem morada,
Onde os ecos dizem tudo o que não que

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Cansaço

Vou assim, tão cansada;
procuro-me,
busco o silêncio,
gastei-me na multidão...

Das horas a fio que inutilizei por aí
trouxe este vazio existencial e esta ansiedade,
fruto da apressada multidão que traz nos passos
o tédio, tornando o ar tão pesado
conf

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Êxtase

Os nossos lençóis marulham excitados,
chegam em cardume as tuas carícias;
primeiro miro-me nos teus olhos,
depois ouço-me nos teus braços,
a minha pele mistura-se na tua essência
e caio na avalanche dos teus beijos.
Os teus dedos são pétalas misterio

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CPP