Ismael Tavernaro Filho
(Um poeta SemTaxe gramatical)
VOCÊ É UM ARTISTA
Você é um artista... Vende alegria...
Você é um artista, se vende tudu santo dia;
Você é mais um entre os falso moralista;
É egoísta, ego imenso, é orgulhoso;
Vende sua casa, o seu canudo, vende seu ato mentiroso e sua intensão... Quem vai saber?
Você é um artista... Vende alegria...
Vende sua classe, vende seu carro novo e seu cigarro que a veiz fala por você;
Vende sua aparência, sua vaidade e sua tal capacidade de se tão adulto;
Você é produto do meio, da inclusão e por mais que sua opinião seja filtrada, formada, somada;
Você vende seu intelecto e chega até fala mais formal, ou usa da falta de informação do outro para se engrandece;
Você se frustra nas primeira tentativa, se esconde dos problema, se esconde atráis das bebida, como se esconder fosse a melhor saída;
Agora diga...
Agora me diga... Quem é você?
Você num é exclusivo seu moço, pode até cobiça o mundo, mais o que leva num cabe nem no bolso.
Você tem inveja de fulano, de beltrano e de sua situação, daquele quem diz se seu irmão e por mais que fale - NÃO... Você sabe que tem;
Você é apegado as paixão mais corriqueira, é o cego conveniente, que finge te ceguera;
Você trai por pensamento, aumenta, inventa, reclama, lamenta;
Por num te, num se ou num esta...
Mais dexa isso pra lá.
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NOS BASTIDORES
Acorda Maria!
Põe ropa nas fia e leva na creche prai trabaiá;
Óia essa pia... As panela tá suja, criança mirrada não dá pra estuda;
Maria dexa a vela acesa no canto da sala, assim, o santo da casa pode abençoá;
Mais Dona Maria sabe que a vida num é fácil e é de passo em passo que um dia ela chega lá;
E sabe também que na vida tudu é passagero, que a pia, as panela e a vela vai tudu fica;
Levanta Jusé!
Que a aurora te chama, desce dessa cama praí trabaiá;
Veste essa farda cansada de tantas batalha vencida na vida só Deus pra ajuda;
As conta atrasada, comida e porta emperrada. Cobrança, criança na rua, muié pra cuidá;
Mais seu Jusé ele sabe que a vida num é fácil, que é de passo em passo que um dia ele chega lá;
Mais sabe também que na vida tudu é passagero, que a farda, as conta e porta vão tudu fica;
Mais todo mundo sabe que a vida num é fácil, que é de passo em passo que um dia a gente chega lá;
Sabemos também que na vida tudo é passagero, que nada que aqui se compra nóis vamu leva.
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CANÇÃO DE NINAR
Suspiro...
Brigadero...
Doce de leite...
Pé de moleque, pé (de) dinhero;
Pra compra bala, pra compra droga, pra ele brincá;
De solta pipa, de solta bomba, pra avisa o morro que já chegô;
Quanta alegria, quanta risada, da criançada. Óh! Meu Senhô;
E o contadô...
Contô a história, de um palhacinho, pedindo esmola - lá no sinal;
Fazendo graça, malabarismo, tudo é tão lindo no grande circo que enferrujo;
Criança levada! Roubou o cachimbo e lá vai indo, nosso saci do pererê;
Cadê você Santa Efigênia?
Cuida da infância, da ignorância que apodreceu;
Mais tem o moço, com bolso cheio... Cheio de marra, cheio da tara;
Brinca de roda!
Roda ciranda, saia rodada, mesmo criança - sabe “brincá”;
Rá rá rá rá...
Pega as boneca, pega as latinha e os papelão;
Puxa a carroça, devagarzinho - pra num cansá seu pé no chão;
Sei que num é minha. Sei que num é sua. Criança na rua, de quem é então?
Durma em paz, feche os olhos e feito Pilatos - lave suas mão;
Rá rá rá rá...
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NA MINHA TERRA TEM
Na minha terra tem tanto santo, que eu nem sei que santo é;
Tem santo casamentero, Santa Maria e São Jusé;
Tem também aquela gente, do tipo - só é santo quando qué;
Então dexo a vela acesa, faço uma prece e seja o que Deus quizé.
Eu vo levando como posso, sem dinhero pra pagá;
Meu salário tá atrasado, minha muié vai reclamá;
Trabaiei a semana inteira, que nem vi a vida passá;
De segunda a sexta-feira, mais domingo eu vo pro bá.
Aqui é Brasil - brasileiro, da terra do samba do pandero;
E nesse disse que disse, eu nunca esqueci de onde sô;
Eu vim do sul de Rosário..., Rondônia, Sergipe e São Salvadô;
Na minha terra tem palmera, sabiá e cantadô;
Tem gente que cai na lábia, tem malandro e tem dotô;
Tem também aquela gente, do tipo – que é muito do resadô;
Mais se a reza num da certo, queima vela pro cumpadre marabô.
Eu vo sai do interio, faze a vida na capital;
Quero ganhá muito dinhero, quero é fica na moral;
Eu vo fase um puxadinho, dexá arrumadinho pra eu e você;
Eu quero dá pro meus fio, tudo aquilo que não pude tê;
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NA MINHA TERRA TEM
Na minha terra tem tanto santo, que eu nem sei que santo é;
Tem santo casamentero, Santa Maria e São Jusé;
Tem também aquela gente, do tipo - só é santo quando qué;
Então dexo a vela acesa, faço uma prece e seja o que Deus quizé.
Eu vo levando como posso, sem dinhero pra pagá;
Meu salário tá atrasado, minha muié vai reclamá;
Trabaiei a semana inteira, que nem vi a vida passá;
De segunda a sexta-feira, mais domingo eu vo pro bá.
Aqui é Brasil - brasileiro, da terra do samba do pandero;
E nesse disse que disse, eu nunca esqueci de onde sô;
Eu vim do sul de Rosário..., Rondônia, Sergipe e São Salvadô;
Na minha terra tem palmera, sabiá e cantadô;
Tem gente que cai na lábia, tem malandro e tem dotô;
Tem também aquela gente, do tipo – que é muito do resadô;
Mais se a reza num da certo, queima vela pro cumpadre marabô.
Eu vo sai do interio, faze a vida na capital;
Quero ganhá muito dinhero, quero é fica na moral;
Eu vo fase um puxadinho, dexá arrumadinho pra eu e você;
Eu quero dá pro meus fio, tudo aquilo que não pude tê;
Comentários
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