Posts de Ilario Moreira (667)

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A dádiva de ser mãe

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Em seu íntimo dá-se início a vida,
carrega com louvor esta semente.
De sua prole zela plenamente,
com seu regalo está comprometida.
 
Esta efígie diáfana e querida,
deve ser adorada veemente.
Devemos abordá-la sutilmente,
o nosso amor será sua guarida.
Assim como Deméter é sagrada,
o parto atesta sua rutilância.
Ao seu Olimpo vai ser reintegrada,
 
com o éter está em consonância.
Será sua labuta consagrada,
na mudez vou evitar a redundância.
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Expondo meus pecados

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Vou ser sincero, gosto de aventuras,

de gozar o viver sem compromisso.

Em demonstrar amor sei que sou omisso,

tento assim evitar as desventuras.

Creio que estimarás as travessuras,

dizem que sou deveras craque nisso.

Aguardarei ansioso seu permisso,

para evitar polêmicas futuras.

Como sou partidário do hedonismo,

muitos me julgam um pervertido.

Acho isso um desmedido antagonismo,

pois, viver sem prazer não faz sentido.

Musa deixe de lado seu cinismo,

minha mão vai vagar sob seu vestido.

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A morte esta maldita

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A morte esta maldita

Quando súbita a morte esta maldita,
desagrega o cadáver de seu espírito.
Todo nosso existir torna-se írrito,
chegou o nosso crepúsculo, a desdita.
 
Do viver esta chaga é implícita,
desta vida, em breve, serei proscrito.
Ficarei calmo, não vou dar um grito,
comportar-me-ei igual uma dócil súdita.
 
No éter vou encontrar meu paraíso,
a morada dos seres rutilantes.
Neste quesito quero ser conciso,
 
para evitar debates desgastantes.
Não tenho pretensão de ser Narciso,
os numes simples são coadjuvantes.
 
Ilario Moreira
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Dores da saudade

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Dores da saudade

Quando do limbo surge esta saudade,
como um sombrio véu tantalizando.
Secretos sonhos vem multiplicando,
e, tentam ceifar minha sanidade.
 
Perde a alma solitária a castidade,
pois, seu passado emerge interrogando.
Como que em brumas chega deslizando,
a venusta faceta da beldade.
 
Este espectro da noite mais escura,
os amantes esquivos flagelam.
Não deixam florescer qualquer ternura,
 
pois, torturas de amor acumulam.
Quem dera fosse o fim da desventura,
a satisfação todos anelam.
 
Ilario Moreira
 
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Amor leviano

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As suas loucas promessas de amor,
foram simulações, deslealdade.
Hoje, no cativeiro da saudade,
todos podem ouvir o meu clamor.
 
Porém, quando sentires desamor,
irá procurar minha piedade.
Encontrará somente a frialdade,
descaso colossal, desprezo mor.
 
Quiçá, estando só nestes momentos,
meu íntimo deseje uma aventura.
Destarte, vou juntar os meus fragmentos,
 
para evitar catástrofe futura.
Não me dominará os sentimentos,
o sofrer deixou sua assinatura.
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transcender da alma

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Estou cansado desta ignóbil vida,
o túmulo será meu baluarte.
Revel, não vou querer vela ou estandarte,
por meu corpo à terra espera ávida.
 
A esposa da ruína é impávida,
para ela, destruir é real arte.
É, o oposto da bela e sacra Astarte,
em breve, verei sua face lívida.
 
As almas do submundo me aguardam,
com ardil, zombaria e canto lúdico.
Nestes locais sevícias abundam,
 
é o ideal covil de trasgo sádico.
Profiro antes que todos me olvidam,
restará o meu nume e o corpo Ódico.
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Verve poética

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Todos sabem que os bardos divagando,
transformam sentimentos em palavras.
Compondo fazem uso de metáforas,
e, pela fantasia vão vagando. 

Desta forma, tristezas vão expurgando,
expondo totalmente suas vísceras.
Nossas ledices são muito efêmeras,
pois, com o sofrer vivem litigando.
 
Detenho o privilégio de compor,
esta dádiva é um dom divino.
Em transe posso meu Cosmo transpor,
 
as musas me guiam desde menino,
Irei sempre estar ao seu dispor,
Sou do universo abstruso um peregrino.
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Amor profano

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Quando um som melancólico ressona,
penetrando em meu seio como seta.
Lembro-me diligente da falseta,
a qual, faz alterar minha persona.
 
Mesmo assim, a saudade vem à tona,
e a consternação expõe sua faceta.
Creia, nunca vou ser um proxeneta,
julgo ser tão profana quanto Antígona.
 
 
Porém, é sua ausência dolorosa,
sinto falta de seus beijos e abraços.
Dane-se se a ação é indecorosa,
 
quero ser enlaçado por seus braços.
Finja ser uma virgem vaporosa,
a bacante e o bufão dividem laços.
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O hedonismo

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O amor é uma flama que me inflama,
E, lépido arrebata meus sentidos.
Diante dos deleites transmitidos,
meu mundo real vira um holograma.
 
Neste cosmo não sigo cronograma,
pois, todos os conceitos são omitidos.
Os prazeres da carne são mantidos,
e, são compartilhados com a dama.
 
 
E, neste calabouço de delícias,
da depravação sou fiel sectário.
Encontro meu Nirvana nas primícias,
 
nunca pretendi ser celibatário.
Entro em êxtase nestas peripécias,
como um iconoclasta em seu delírio.
 
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A musa da noite enluarada

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Na escuridão da noite rutilante,
a sua silhueta esguia vejo.
Esta visão desperta meu desejo,
levando-me a mentir, ficar galante.
A libido adultera o meu semblante,
tenho que aproveitar propício ensejo.
Sem demora começo meu cortejo,
tentando revelar o meu talante.
 
Quero com salaz ósculo de Sátiro,
leva-la ao mundo do pecado.
Sinto que não vou ser o pioneiro,
 
porém, nunca quis flerte deificado.
Na alcova vou ser sempre cavalheiro,
no sexo serei sempre delicado.
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Prazeres hedônicos

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Gosto de depravadas messalinas,
com ares de figuras sacrossantas.
Mesmo que pareçam serem distintas,
gostam de cometer indisciplinas.
 
É lúdico o carinho das felinas,
focam em deleitar, não faz perguntas.
Estas musas por sexo são sedentas,
são o oposto das sinistras vitalinas.
 
Quero deslizar minha mão em seu corpo,
conhecer toda sua intimidade.
Não pretendo agradar, sou um misantropo,
 
então, pode fingir ter castidade.
Do entono o ser humano é o arquétipo,
na terra, todo amor é falsidade.
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O amor do homem é uma falsídia

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Oferece-me seu terno sorriso,
porém, desejo o seu corpo, o seu sexo.
Olho no espelho e gosto do reflexo,
um súbito delírio de Narciso.
 
Toda vaidade é falta de siso,
logo ao constatar fico perplexo.
Tentando resgatar lépido o nexo,
o correto do ilógico diviso.
 
Vou buscar meu latíbulo nas pândegas,
com as bacantes faço meu retiro. 
Perco-me no plural de tantas nádegas, 
 
toda norma moral fugaz pretiro.
Sei que minhas parceiras são sacrílegas, 
mas, destas Ninfas quero ser o Sátiro. 
 
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O calabouço das almas

 

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Almas encarceradas nesta terra,
saudosas das visões celestiais.
Tentadas por desejos bestiais,
vê a salvação como uma quimera.
 
Neste mundo sensível vive em guerra,
consigo mesmas não são cordiais.
Entregue a frenesis coloquiais,
sua substância olímpica desterra.
 
Demiurgo será sempre seu auriga,
apresentando-as para a eternidade.
Sanando o seu torpor, sua fadiga,
 
tratando-as com amor, com equidade.
O bom mestre seu filho não fustiga,
sabe reconhecer a santidade.
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As musas e as dores

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Hoje, acordei deveras melancólico,
o passado vagando pela mente.
Mesmo sentindo dor intensamente,
descubro o seu caráter psicodélico.
 
Neste universo reina o mago, o idílico,
que consigo observar tacitamente.
Concedo-me um prestígio de demente,
quando vou transcrever para o meu público.
 
Quando a saudade meu âmago fere,
sinto uma detestável sensação.
Esta chaga em meu júbilo interfere,
 
chega a dilacerar meu coração.
Faz com que o sofrimento prolifere,
mas, não mitiga a minha inspiração.
 
Ilário Moreira
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Ode a deusa, a mulher e amante

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Este ser divinal é o arcabouço,
de nossa humanidade pelos séculos.
Suplantou colossais revés, obstáculos,
destruindo intangível calabouço.
 
O amor casto é seu fiel esboço,
sempre irá preservar todos seus vínculos.
Na hora de amar são tórridos seus ósculos,
seu abraço um salutar escaramuço.
 
Ao descrever fico entorpecido,
faltam verbos em meu dicionário.
Este ente deve ser enaltecido,
 
pois, todo homem é dela originário.
É o portal tangível conhecido,
que une o mundo divino ao ordinário.
 
​Ilário Moreira

 

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A deusa mulher

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​Desliza sua língua pelos lábios,
enquanto, seu olhar tácito me chama.
Entre as coxas há uma ardente chama,
que seduz tanto os tolos, como os sábios.
 
Não importa se os propósitos são dúbios,
desejo ser queimado por tal flama.
Logo após fazer parte desta trama,
vou livrar-me de inúmeros distúrbios.
 
Esta figura ímpar é idêntica,
Tasmetu, a divinal dos Babilônios.
Por ser uma deidade é pragmática,
 
e, transporta-me para seus domínios.
Por esta relação ser simbiótica,
consegue exorcizar os meus demônios.
 
Ilário Moreira
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CPP