Posts de Jorge Santos de Oliveira (160)

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Bolinhas de Memórias

Entre os dedos num estalo
Ela gira pelo chão
Vai bolinha num embalo
Carambola e bolão

Cada estado tem um nome
Que aumenta a emoção
Em São Paulo é fubeca
Seu nome de criação

Já no Rio ela é bulica
Pois é outra região
No Sul chama tilica
Brincadeira de união

Minas ela é birosca
Bila no Ceará
Quem é que não gosta?
Não sabe o que é brincar

Bolinha de gude
De amizade e de irmãos
Brincadeira de infância
Nostalgia e comunhão

 

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Além do Medo

Vamos medo! O que te detém?
Vais ficar orbitando minha cabeça?
Oras! Não se decepcione
Cada tentativa sua é um fracasso
Quase, sempre quase
Quase me tomas por completo
Mas12427854055?profile=RESIZE_710x sou grato mesmo assim
Continue tentando
Medo!
Medonho enfurecido
Não posso pedi que se afaste de mim
Mas posso decidir continuar
Sua presença não me susta
Existem mais
Muito mais além do medo.

 

 

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Quadros da alma


Da janela do meu planeta
Vejo luzes brilhando
Sonhos vagando
O tempo passando

Da janela do meu planeta
Sinto a noite luarada
A casinha da estrada
A linda alvorada

Da janela do meu planeta
Sinto a química em minha mãos
O cheiro da plantação
A despedida dos irmãos

Da janela do meu planeta
Não enxergo o infinito
Mas o que vejo é tão bonito
Que me enche de emoção

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Entre Outros e Eu

Antes de mim existem vários.
Antes de mim ainda resta outros
Dentre tantos outros
que não sou eu.
Terá um dia para mim,
antes que ele acabe?
Como a tarde acabou antes do sol parti
Como o vento a dissipar
E a areia a se unir
Longe do mar
depois de mim existem vários 

 

 

Perdão por não estar tão presente  como eu gostaria. Grande abraço a todos meus amigos leitores e escritores.

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Sorriso ambíguo

O Sorriso que habita a dor
Nasce num quarto solitário
Onde a noite é tão pequena
Onde as baratas dançam
E os ratos galgam
O Sorriso que habita a dor
Cresce no salão ideal
Das ideias e das idas
Dos sonhos perdidos
Da dor indevida
Invasiva e tal
O Sorriso que habita a dor
É de longe natural
Tão normal
Que beira a estranheza
Oportuno e lampeiro
Que somente á você lhe apresenta

 

 

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Portas do Cosmo

Infinito, acima da cabeça para além dos olhos
Eternamente a baixo dos pés, ao solo
Expansão lateral sem fim
Sem janelas

Abrir a porta do cosmo dentro de mim
Fui andando por essa via da mente
Olhando a grandiosidade infinita
Dentro desse ser finito

Tudo é parte de um todo
Todo ser é transitório
A resposta acompanha a duvida
E as perguntas nunca cessam

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Arquitetura da dúvida

A desconstrução do pensamento.
Julguei minhas ações pelos olhos do outro.
Até duvidei de mim,
acreditando que importa
seu juízo.
Mesmo sem intenção,
seu intelecto processa e presumi,
de maneira tal
que só cabe a ti interpretar.
Outros dirão que não,
você concorda.
Mas é sua, somente sua a consciência.
Quando dizes no exílio do seu silêncio.
Ali você se encontra
Ali você os julga
Ali você se arrepende
Ali você rompe a arquitetura da dúvida.

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Faz de conta

Quando chego cansado e oprimido
Minha casa é tudo que encontro
Minha companheira ao meu lado
Me recebe com respeito
Ela sabe que é preciso
Então ela cuida de mim
Seu amor e sua admiração
Me conforta, revigora minhas forças
Eu agradeço e amo.

Acordei do sonho, deitado no sofá da sala
Depois de ter adormecido
Ao chegar em casa
Cansado e oprimido.

 

Dentre tantos outros problemas, essa historia pode ser a realidade de muitos casais.

Infelismente. O carinho e afeto se torna um sonho uma utopia. 

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Desuliversos

O que deixei de te oferecer?
Quando recebo de te desprezo.
O que tenho que sacrificar?
Se nada mais te deixa surpreso
Quantos carinhos mais tenho que doar?
Para em fim ter sua simpatia
Só queria te fazer rir
Você implica com minha alegria
Já fiz música de apaixonado
Declarei me entreguei
E como um bobo fascinado
Me enganei! Me enganei!
Sinta minha dor meus desafetos
Nesse singelo “desuliversos”

 

Desuliversos: (substantivo): Uma coleção de versos poéticos que exploram a temática da desilusão. Esses versos capturam a complexidade e as emoções associadas a experiências desapontadoras, expressando sentimentos de desencanto, tristeza e reflexão sobre expectativas não atendidas. Palavra criada por mim diante da necessidade de inovação para o contexto poético. Jorge Santoli.

 

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Obra da Vida

Hoje não quero escrever poesia
Hoje eu sou a poesia
Hoje não quero falar de amor
Hoje eu sou o amor
Hoje não é ontem
O que passou já ficou
Tão pouco é o amanhã
O futuro é uma prospecção
Hoje até posso chorar
Mas eu sou à alegria
Eu sou o tempo
Eu sou o dia
Antes eu não tinha escolha
Agora eu sou a escolha
E hoje é minha primazia
Eu que decido se a dor me faz gemer
Ou se o sorriso é de alegria
Delibero hoje não somente hoje
A completude obra
De quem me criou

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Enlace

Quando você me abraça,
Fico feliz
Há! Como eu fico feliz
Todo teu jeito carinhoso de falar
Toda verdade no seu jeito de olhar
Que anjo é você querida?
Faço de tudo pra te merecer.
Quando você me abraça,
Fico feliz
Há! Como eu fico feliz
Sinto seu corpo em sintonia com o meu
Sinto-me nos ares, flutuando pelo céu
És o anjo para minha vida.
Tu és um anjo minha querida.

“Um abraço verdadeiro e caloroso eleva o espírito”

Jorge Santoli. 

instagram: @abracoepoesia

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Sussurros do corpo

A mioclonia ataca violentamente
As pálpebras não conseguem prevê
Os olhos sentem constantemente
A vibração sísmica estatela em você

-Dizem que é o estresse do labor
A contra partida da matéria
O amargo sabor do desamor
Da decepção que tivera

Perdido nas escolhas da vida
Levanta-se do trauma e persiste
Em cada tropeço uma saída
Passam dias e anos e não desiste

Não há um bom, que se opusera
Perante o ranger de dentes
Explicito, diante de sua tutela
A postura do corpo sente
Aqui a riqueza é paralela
No emaranhado interior da mente

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Verdade que alumia

Bendita sorte, de quem não se engana
Daquele lodo do sorriso esmaltado
Elogios superficiais que encena
O cenário desse corpo venerado

Bendita luz que alumia a vida
Trazendo consigo toda verdade
Encandeando os olhos da lida
Tombando o balsamo da sinceridade

És brutal a tua insensatez
Quando as esconde de te
O retrato de nossa pequenez
Ao ver o mundo fora de si

Uma vela que a chama derrete
Assim és o final de todas as velas
Que são acessas

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Notas de amor e paixão

Meu pé de samba sambou
No morro do meu coração
Quando eu vi o meu amor
Dei nota a minha paixão

Ao som da linda alvorada
Bradando nos alto-falantes
Olhando da arquibancada
As cores que são tão vibrantes

Bem! vem por favor
Que o flamengo chegou
Fervilhando amor

Bem! Vem com ardor
Com paixão e amor
Que o flamengo chegou

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A Fuga

Os caminhos encontram
As coisas!
As coisas dificultam a travessia
Ao passar pelas horas do dia
O dia fica curto?
E surgi um dilema?
Fugir pode ser uma solução
E assim ao deparar
Com uma folha em branco
Numa floresta de Bodhi (árvore da vida)
Aos poucos vai
Viajando e galgando um instante de fuga
Subitamente ouvi seu nome
E ao olhar, não vê ninguém
Era sua consciência estranhando sua fuga
Já que a avenida estava quase fazia
Mas a caixa de mensagem estava cheia
E sua memoria sem espaço

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Ritmo da Alegria

Teatro da vida em cena
A festa vai começar
Areia nos pés da menina
Cantando o que sabe, amar

O gingado e o som da cuíca
Poeira nos pés da baiana
Leveza das lindas passistas
Pierrô, Arlequim e Colombina

Brilhando a noite serena
Rei momo vem para alegrar
Simpatia é coisa pequena
Diante as ondas do mar

E não há tempo
Nesse lindo carnaval
Não há lamento
Só o bem que vence o mal

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Desabafo de uma flor

Um a dia a flor disse para o cravo:
-Cansei de ser flor. Sou perfumada e admirada e
venerada, mas arrancam minha essência,
tiram-me do solo, enfeito as vaidades dos humanos.
-Sou escrava de suas tolices, de suas idolatrias.
-Seco solitária e acabo-me no sobejo.
-Percebi que os humanos,
fazem o mesmo com sua própria espécie.
-Infelizmente estou fadada a ser flor.
-Não importa o tanto que eu chore!
-Não importa o tanto que eu grite!
-Quando os humanos me olham
-Eu serei para eles, apenas uma arranjo.

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Ser, Não Ser, Tanto Faz

Sou turista da noite sem luar
Sou o brilho decadente da supernova (explosão estrelar)
Sou a textura do sal do mar
Sou a lacuna do ônus da prova

Sou a tinta que se acabou
Sou o fio cego da navalha
Sou o nada que tombou
Sou a lentidão da orvalha

Sou o reflexo de sua cara torta
Sou a repudia de tua grandeza
Sou a praga de sua horta
Sou o nojo de sua beleza

Sou porque deveria de ser
Sou passageiro ligeiro fugaz
Sou tudo e nada antes de morrer
Sou menos e tanto faz!

Sou um breve grão de areia
Sou infortúnio do seu intelecto
Sou um ponto na grande teia
Sou quase e sempre um prospecto

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O Relógio do Apocalipse

90 segundos para meia noite
As luzes da cidade se apagam
Os incrédulos continuam incrédulos
E a tv não tem sintonia
No mesmo instante vê se luzes descendo do céu
São os satélites caindo
Celular sem sinal
A terra vibra e paredes caem
Estradas não dão em lugar algum
Os carros não andam mais
O dinheiro não tem valor
O valor era o conhecimento
E quem sabia estão em bunkers
Totalmente isolados
Mas a ira do fim chegará a eles
Ninguém escapa das mãos do impronunciável
Não há fuga nem isolamento
Debaixo do firmamento
Tic tac.
Bombas se cruzam no céu
Homens se partem na terra
Filhos desconhecem os pais
E pais repudiam os filhos
Montanhas derrama sua ira
Os ventos são rebeldes
As águas são ferozes
As maquinas que controla os homens
Serão destroçados
E aonde está Deus?
Ele está na profecia.

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Ombros Leves, Vida Breve

Toda gente que passa, disfarça
A tristeza que força, é fraca
Tens trazido a face, fumaça
Relutando com o tempo que passa

Amargando a medonha derrota
A tristura vai logo embora
Sem saber o que é que se passa
Ao andar sorridente agora

Carregado de tantas histórias
Entre idas ao céu sem estrelas
E de vindas sem tanta demora
Equilibrando no fio da pinguela

Erguido e de pé caminhado
Com os ombros que soa tão leve
Pois o fardo está definhando
É a vida que fica tão breve

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CPP