Turva tríplice aliança

nas três Marias que envolvem o caçador

me hipnotiza doce  hipotenusa

preparo tua entrada, para descansar.

Teu passado, seu presente nosso futuro

na imensa altura a tua largura de amor

não compreende a profundidade.

E o que vale de tantas histórias

nesses nêutrons, prótons e elétrons?

Para melodia, nessa harmonia seja ritmo

que sua atitude seja sólida

o seu amor seja líquido

e sua alma gasosa para pairar  e amar corações.

Energia, massa na velocidade da luz

protetora maior da existência do Ser.

tudo é uma repetição, já dita em outrora anos

como Pai, filho e espirito santo.

Alexandre Costa

Como falar?

Melhores lugares, se assim procurares

Radares e sons.

é quase uma vinheta

Mas bela entrada, chamar de morada

é pouco de mais. Mas nesse Aurélio

faltou adjetivo para me socorrer.

Reunir os mestrados

Exigi resultados, falharam-se as penas

das mais nobres canetas que mancharam papéis,

Azuis, vermelhas, pretas e continuou a incógnita

Do que meus humildes globos oculares queriam expressar.

Alexandre Costa

Som de folhas, harmoniza com o tempo

som das ondas, com o ritmo dos ventos

companhia eu já tenho aqui.

Companhia eu já tenho aqui.

Peixe pedra,  as  espécie se divide assim

toda regra, se equilibra do início ao fim.

Só está faltando ter você pra mim

só está faltando ter você pra mim. 

Rodeados de atóis, pensando só em nós

coberto de ilusão, a milhas desse chão

querendo conquistar, você e esse mar

que sempre faz lembrar, o dia em que eu pirei.

Alexandre Costa

Pensamentos voam longe, em busca de você

E o coração reparte em dois, não deixa nada pra depois

Que o antes…

É difícil acreditar, que não exista mais chances entre nós

mais eu tenho que aprender, que eu nasci para viver, sozinho.

Se por acaso você for de volta ao horizonte, eu peço por favor

não esqueça o meu nome, ao caminhar por essa estrada triste.

E se não quiser mais voltar, eu entendo o motivo

eu sei ,não faz mais o mesmo sentido

e continuo a caminhar por essa estrada triste.

Pensamentos voam longe em busca de você.

Alexandre Costa

Fadas, violetas e violeiros tocando pro sol

Notas que envolve o sul do país

veleja com o vento afinado, corre o rio abandonado e volta.

Pássaros que cantam ao som de clarins encantado

Mágica é o forte de tudo isso aqui.

Veleja com o vento afinado, corre o rio abandonado e volta

um copo de vidro quebra, num tom engraçado

faz o Hermeto compôr mais fácil em SI

veleja com o vento afinado, corre o rio abandonado e volta

Alexandre Costa

Quando eu percebi

Que o seu olhar era um espelho, um portal

e poderia até atravessar e ter sua atenção roubada

Por alguns minutos recuperando aquelas duas taças

mal servidas de amor.

daí eu deixo tudo que eu tenho

Para dormir seu sofrimento

Para beber toda a sua angustia

E aprender com esse tempo.

Nem me traga a confissão

Não vou entrar nesse castelo de ouro.

aí não mora o meu bem e só lá fora o amor brota em árvores

E nem me traga o seu brasão

Não vou entrar nesse castelo de ouro.

aí não mora ninguém que faça brotar em árvores.

Agora me vira as costas, me apedreja

E quem me socorre e olha de igual

são os enfermos, os que mais necessitam de amor

e mesmo assim, passam fluídos de paz.

Nem me traga seus recursos

Não vou entrar nesse castelo de ouro

hoje durmo com a lua, essa santa e clara

manta de todos. 

Alexandre Costa

CHÃO DE AMÊNDOAS

Pular o muro chapiscado

Seguir no caminho declinado

fugir da coça corretiva do seu lar.

Gozar a tarde num jogo universal

Suar, gargalhar e expelir o mal

aproveitar a sombra  que empraza

Dessas folhas que abraçam como chácaras

Meio que desvio o olhar pro fim da rua

Sei que preciso voltar, pra crua  e dura

Terapia familiar.

E por alguns segundos atordoado

Ainda me sinto feliz e lisongeado

Por poder aproveitar toda aquela cena

Com amigos nesse chão de amêndoas.

Alexandre Costa

           Está ali, tão vulgar, estrela da manhã, confundida as vezes com o Senhor maior. Disputada pelo anjo mau, separando religiões. E sua história, é repetida a cada mil anos, são dispersas as palavras lidas, eu não sei se vim de um Mitra, ou de Nazaré.

           Cores, até quando mostrarás a verdade do outro lado, meu pardo sofredor. Quando for revelada a entrada que Dante avisou, perdão, orações e louvor, não adiantarão, pois sumérios ficaram híbridos nos corações luciferianos. Xavier avisou!

Alexandre Costa

Os olhos dela têm a cor

De Patmos e a língua afiada

das espadas dos romanos.

Travando guerras de amor

abrindo as portas desse mar Egeu.

Ela me faz mergulhar nessa imensidão

é um puro Éfeso, ela ignora a fera.

Quando abraça e beija, sem distinguir

Aquelas sete igrejas e escolhe a Filadélfia

Pra pecar na terra e me levar ao medo

já não é nenhum segredo, que Diana é Era.

Alexandre costa

O LIVRO

Quando vier traga a paz

Venha de leve e só

Não diga ao mundo o que quer

Seja silêncio

Se puder traga o ar

Em cada página ímpar

Deixe o mistério ecoar

Nos pensamentos insanos

Nos dias ciganos, que roubaram de mim

Quando ela leu o livro vermelho

Chorou por quilômetros inteiro

Enxergou além da rua

Cores e portais

Quando ela leu o livro vermelho

Seu pensamento ficou forasteiro

Era luz o dia inteiro e ela aprendeu a dançar.

Alexandre Costa