Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1400)

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Se meu coração...

 

Se meu coração...

Se meu coração te encontrar pela vida
Com olhos tristonhos e rosto abatido
Verei que de fato, estás arrependido
E com um abraço darei- te guarida.

Creio que nos dias tens muito aprendido.
Caminhar sozinho é difícil à lida
(Qual a flor que morre, depois de colhida.)
Então comovida, atenderei o pedido.

Sei bem, me dirás, quanto tens padecido.
Por onde trilhou só encontrou desafeto.
Depois da partida a dor é o teu teto.

Olhando em teus olhos, te vejo sofrido.
Com lábios tremendo me diz que a saudade
Te trouxe aqui para dizer a verdade.

Márcia A Mancebo

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Som e fragrância

Som e fragrância

Vem de longe um som tão lindo, que encanta.
Se aproxima com suavidade infinda!
Atento - me, se reconheço quem canta.
Inútil! As vozes confundem… É linda!

Esse som confuso vem todas às tardes.
Deve ser alguém que ocaso traz saudade
Dá para sentir que essa dor muito arde!
E que é, a lembrança da felicidade.

Aqui curiosa tento decifrar;
As frases que chegam de lá dos confins
Mas o vento a leva deixando exalar:
Fragrância gostosa que tem no jardim.

Fragrância e som no ar a se misturar.
Assim é o viver acumulando idas;
Cada perda, um som, triste melodiar.
Que passam marcando com mel nossa vida!

Márcia A Mancebo

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Quem dera

Quem dera

Olhando pra noite não vejo o luar
Tudo está confuso, só vejo o céu
escuro.
Não há estrelas e não tem o brilhar.
Sequer de luz um fluxo.Está obscuro.

Admiro o firmamento reluzente,
A movimentação da lua a passear.
As estrelas lindas e tremeluzentes,
A lua vaidosa espelhada no mar...

Está tudo feio. Não sinto emoção.
O universo está triste co'o sofrimento;
Sem paz, com a guerra matando os irmãos.
O laço de união perdera todo alento.
Sinto os povos perderem a ilusão
mergulhados em profundo tormento.

Quem dera pudesse quebrar essa cena
Ver uma tela feliz, extasiante!
Com a face de Deus, como quem acena
Mostrando o amanhecer com o sol brilhante
E no ar o olor suave de açucena!

Márcia A Mancebo

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Olhares ternos

As almas se atraem num mesmo sentido
quando os olhares se cruzam no viver.
Vão-se por momentos o açoite retido
que por anos a fio nos fez desviver.

Aquele olhar terno emana alegria
A quem vive pelas ruas sem ter tino.
Olhar, assim, terno, tem toda magia
Às vezes até mudar nosso destino.

Nada custa olhar com carinho e ternura
Olhares ternos acolhem, dão guarida
Levam pelo ar toda dor e desventura
Adoçam instantes sofridos da lida.

Márcia A Mancebo
24/03/2022

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Meu caminho

Meu caminho

Para viver bem, escolho meu caminho.
Tudo de bom que ao semelhante fizer
O dobro virá com muito carinho,
Sem uma migalha exigida sequer.
Assim, que preparo com zelo meu ninho.

E em meio a pobreza todo ser redime.
Nesta terra estou pra semear bondade.
Estender a mão é um gesto tão sublime;
Traz para minha alma paz... serenidade.

Neste mar profundo de tanta carência
Quem estagnar e ao outro não servir
Terá certamente peso na consciência
Podendo até, ter, um tristonho porvir.

Fingir que não vê o próximo sofrendo,
É uma maldosa forma de viver.
Há que evoluir e seguir aprendendo
Para o perdão um dia, merecer.

Márcia A Mancebo
26/03/2022

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Aquela estrelinha brilhante

Aquela estrelinha brilhante

Aquela estrelinha brilhante no céu
Me segue por onde caminho e me guia
Há nela beleza e uma paz que leva - me ao léu
Que para minh' alma traz uma extasia.

Um êxtase, qual fogo, uma chama que arde
E embala os meus dias me leva a sentir
Que a vida é tão bela e, sem fazer alarde
Se mostra, com cores e quando a florir,
enfeita o universo colorindo a tarde.

Somente essa estrela consegue entender
Quão bom é estar de bem co'a vida e seguir
sob a luz dum guia que faz reviver
momentos da lida, sem precisar fingir
Que o tempo passou tão depressa e, não senti
que envelheço, sem precisar esconder.

Sem ter a vergonha de me emocionar,
Chorar, se preciso for e dizer : - te amo!
E se de alguém por acaso precisar,
Com um forte abraço proferir: - te chamo.
Mas, se não puder no momento ajudar
Seus motivos, hei de entender, perdoar.
Isso tudo aprendi co'o passar dos anos
Co' aquela estrela que está a me velar
ensinando - me a superar desenganos.

Márcia A Mancebo

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A mercê do tempo

A mercê do tempo

Sigo neste mundo tão cheio de vãos
procurando atalhos... Preciso seguir
sem medo que a noite trará solidão.
Desejo descanso... Careço dormir!

Não quero ver folhas caídas no chão,
Sequer recordar se um dia chorei
Se a lágrima quente rolou, mas em vão,
Se senti saudade do tempo que herdei.

Tenho que fazer um contrato co' a vida
Manter minha mente com a fantasia
Que toda manhã vai nascer colorida
Que o sol fulgurante fará alquimia,
Que as águas da chuva trarão alegria!

Somente assim poderei saborear,
Perfume das flores que enfeitam os dias,
O arrulho dos pombos ao se aninhar,
Também o motivo ao tecer a poesia.

Eu quero viver embalando meu sonho
Deixar a mercê do tempo meu destino
Encher de verdades os versos que componho.
Pois, nesse universo sou ser
peregrino.

Márcia A Mancebo

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Para um novo renascer

Para um novo renascer

Buscando a felicidade
Por ser tão difícil encontrar
E sem esconder a verdade
Sigo no mundo a vagar.

É um trilhar perigoso
Muitas pedras e espinhos
Vou em paz, sou cauteloso
Tenho Deus em meu caminho.

De longe vejo o clarear.
É um labirinto profundo
Onde esconde o dia raiar
Nesse sonho me inundo.

Condições de não desistir
Fazer um mundo florindo
No sol que há por vir
Por isso o viver, brindo!

Não deixo de bendizer
As manhãs, o anoitecer
Pelo dom de entender
Para um novo renascer.

Márcia  A Mancebo

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Quem dera

Quem dera

Olhando pra noite não vejo o luar
Tudo está confuso, só vejo o céu escuro.
Não há estrelas e não tem o brilhar.
Sequer de luz um fluxo. Está obscuro.

Admiro o firmamento reluzente,
A movimentação da lua a passear.
As estrelas lindas e tremeluzentes,
A lua vaidosa espelhada no mar...

Está tudo feio. Não sinto emoção.
O universo está triste co'o sofrimento;
Sem paz, com a guerra matando os irmãos.
O laço de união perdera todo alento.
Sinto os povos perderem a ilusão
mergulhados em profundo tormento.

Quem dera pudesse quebrar essa cena
Ver uma tela feliz, extasiante!
Com a face de Deus, como quem acena
Mostrando o amanhecer com o sol brilhante
E no ar o olor suave de açucena!

Márcia A Mancebo

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Cenário suave

Cenário suave

Olhando a revoada das andorinhas
Que em bando se vão rumando ao infinito
Lá longe por onde o viajante caminha
Existe um jardim com prado bonito.
E noite parece uma gota serena.

Lá que o viajante tranquilo descansa
Os pássaros cantam ecoando no ar
Na árvore ajeitando um balanço, balança.
Balança bem alto pra poder meditar.
Isso faz com que a vida se torne amena.

Quem dera poder esse lugar chegar
Onde estrelas tem um brilhar diferente,
E a lua é tão bela no céu a pratear
A grama verdinha, parece um presente.
Presumo que lá toda tarde é morena.

A árvore, o balanço, a cerca desarrumada,
Cenário suave que me faz refém...
Silêncio...vazio...me deixa encantada
Quem dera poder balançar, ir além
Trazer para mim uma estrela pequena
Para enfeitar todas minhas madrugadas.

Márcia A Mancebo
24/01/2022

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Sopro do outono

Sopro do outono

No chão uma folha segue sem destino
O vento a levando sem escolha e lugar
Diante da cena perdendo o tino
Voeja pra lá e pra cá, sem parar
parecendo um pássaro ainda menino.

Olhando pra folha seca a voar,
Estada não tem e, deixa - se levar
E quando ela cai sem saber levantar
se junta as demais formando um par
qual as andorinhas prontas a migrar.

Assim é a vida a repetir o cenário
Às vezes sem rumo, sem meta seguimos
Como se viver fosse extraordinário,
Sem nos perguntar se feliz nos sentimos.

O dia se vai e a tardinha adormece
no sopro do outono que chega com vento.
Aos poucos a noite co' a lua aparece...
Brilham as estrelas lá no firmamento!

Márcia A Mancebo

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Folhas secas

Folhas secas

Sentindo no rosto o sol arder forte,
segui meu destino chorando sozinha.
Sozinha velei minha dor sem suporte
E vi o sol se pôr. Descansei na tardinha!

Pra noite entreguei toda rota traçada
Em prece pedi para Deus proteção
Ao sopro do outono adormeci cansada.
Sequer, senti o gosto da vil solidão.

Vi o dia nascer com um vento gostoso
Entendi que a vida sucumbe somente
a quem é descrente num bem primoroso.
Segui o trilhar pensando diferente.

Joguei meus retalhos, apaguei lembranças,
E nas folhas secas encontrei acalanto
Senti renovada cheia de esperança;
que nova estação leve meus desencantos.

Márcia A Mancebo

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Noite diferente

Noite diferente

Eu sinto a influência das estações,
No ar, na terra, até no pensamento
Pois, quando o outono chega os corações
renovam lentamente os sentimentos.

Sentindo que o viver aos poucos segue
levando meu sonhar todo bordado,
Não há co'o impedir que o vento o leve.
É coisa do destino, é esperado!

A mim é predileto, mas, só a mim.
Ao tempo é passageiro, pouco dura.
É qual a flor mais bela do jardim,
Ao brotar traz encanto e não perdura.

A sensibilidade à tona vem,
Tudo que lembro leva - me chorar.
Sinto que sou pó, que não sou ninguém,
Principalmente se ouço alguém cantar
Aquela canção que cantei também.

Aquela canção que no alvorecer
O pássaro a entoar tão comovente
Anuncia que a tarde ao escurecer
Irá trazer a noite diferente.

Márcia A Mancebo

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Este amor

Este amor

Os versos mais bonitos deste amor,
Os grafo co' atenção, sem me cansar
Suaves são e, trazem o fervor:
De uma forma tão linda e singular.

Quando sinto que de mim se aproxima;
Esqueço toda dor, todo desgosto
E frágil volto a ser uma menina;
Docemente ansiosa a te abraçar.

E quando entristecida, desencanto.
Ao sentir tuas mãos a me afagar;
Em teus braços eu sinto o amor profundo.

Quando me dizes que te causo encanto.
Te amo mais e mais a me fartar.
Não há amor bonito assim no mundo!

Márcia A Mancebo
20/03/2022

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Segmento

Segmento

Tão meiga é tua voz a me dizer:
Que sou a mais linda flor do teu jardim,
Que enfeito o dia desde o amanhecer
e que não sabes mais viver sem mim!

Que meu sorriso te traz a alegria
e esqueces que o viver está passando.
Que sou eu que te deixo com mania:
de acordar e dizer que estás amando.

Tão meigos são teus gestos… Me envergonho.
Esta adoração traz encantamento.
Pois, tu que dá à vida segmento.

Se me calo sem ter o que falar,
Pois, sinto renascer e me encantar,
É tu que embala todos os meus sonhos!

Márcia A Mancebo

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É nesse silêncio

É nesse silêncio.

É nesse silêncio que sinto da tarde;
Meus sonhos perderem - se em quimeras vãs.
Eu volto no tempo e meus olhos ardem:
No fosco do sol a buscar seu, divã.

O prado florido vai ficando um breu.
O céu escurecendo traz ao pensamento:
Se a noite trará: solidão ou, Orfeu
E, ao meu lado ficar por alguns momentos?

Apenas uns momentos para superar;
O medo do escuro por perder os sonhos.
Ah! Sinto até hoje essa dor sufocar;
E, de fraquejar, às vezes, envergonho.

E quando tristonha, na noite, procuro:
Se haverá um dia que seja propício
Pra superação a enfrentar o escuro:
Não quero que o tédio seja meu ofício.

Me sinto pequena nesta noite fria!
E mesmo a rezar, com Deus, em conexão,
Co' o ser a tremer me sentindo vazia:
Não sinto o pulsar, forte, do coração!

Márcia A Mancebo;
19/03/2022

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Voz no silêncio

Voz no silêncio

No silêncio ouvi tua voz me chamar:
Então o teu som segui e, nada encontrei.
Revirei cacos, que estava pra jogar.
Por todos lugares tua voz procurei!

Voei pelos ares, lembrei quem me amou.
Vi faces e lábios, que um dia, beijei.
Lembrei com saudades aonde ficou,
Aquele momento que tanto velei!

Aquela criança que anos embalei;
do baú de lembranças escapuliu.
No meio das flores, também não achei
a bela roseira, que sempre floriu!

Mas, que mundo é esse que vivo agora.
Sem mais encontar o que tanto zelei?
Somente uma voz no silêncio nesta hora
Me mostra um destino que jamais tracei?

Márcia A Mancebo
16/03/2022

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Alforria

 

Alforria

 

E tu, meu menino, que escolhi pra amar

Faz da minha vida um eterno esplendor
E trazes nos lábios, da manhã o frescor
desde o anoitecer até o sol raiar.

É tu que embala todo meu caminhar,
Enxuga meu pranto pelo desamor,
curando as feridas se choro de dor.
Me diz num sussurro : - não podes parar.

A estrada tem pedras, mas é tão bonita,
Tem sombra e descanso se estiver aflita
E água da fonte, pra sede matar.

Se não aguentar te ofereço o regaço
Se for muito pouco, acalanto co' abraço,
A tua alforria vai ter que ganhar.

Márcia A Mancebo

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CPP