Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1400)

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Canção da imaginação

Canção da Imaginação

A água que cai dos meus olhos é clara
Tão nítida que às vezes fico a pensar:
Parece que verte da minha alma e para
Na torrente que leva o riacho ao mar.

Poluição, essas águas não conhecem
São lágrimas claras, que o Pai me ofertou...
E trazem esperança em forma de prece
Foram nelas que a minha alma se banhou!

A água ao bater na harpa do meu ser
Com som afinado traz canção tão pura
Essa melodia acende meu viver
E fico repleta de paz e candura!

Quem dera a lágrima do mundo secasse
Ao som d’harpa que habita na emoção
E de ternura todo o ser saciasse
Ao ouvir a canção da imaginação
Acordando o dia quando a luz faltasse!

Márcia Aparecida Mancebo

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Tempo sombrio

-Tempo Sombrio

O vento do outono machuca a flor
Desprende-a do galho fazendo-a voar...
Assim são meus sonhos: findar a dor
Que esgarça minha alma e impede o trilhar!

O vento do outono leva distante
Toda a folha seca que está no chão
Assim desejo e desejo constante
Ter asa e voar pela imensidão!

No outono o vento traz chuva e frio
Todo meu jardim fica sem beleza
Assim sou eu nesse tempo sombrio
Teço meus versos cheios de tristeza.

No outono o vento parece que chora
Bater na roseira desfaz o botão
Assim faço eu que na prece implora
Que afaste na noite a vil solidão

Márcia Aparecida Mancebo

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Murmúrios

Murmúrios

Murmúrios que ouço da brisa ao passar
Inflam a minha alma de infindos desejos
Eu sinto a esperança em meu caminhar
Sigo a recordar a vida com lampejo.

São esses murmúrios que ouço ao trilhar
Despontam beleza em tudo que vejo
Nas flores tão belas a desabrochar
Murmúrios e flores trazem o que almejo.

As flores que enfeitam toda a caminhada
Ao vê-las florindo fora da estação
Dão ânimo pra seguir a jornada
Trazendo acalanto ao meu coração.

É desse murmúrio que chega co’a brisa
E aos meus ouvidos entoam melodias
Com tom tão suave que a mão vai e desliza
E, suavemente grafito a poesia.

Márcia Aparecida Mancebo

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Rejuvenescer

Rejuvenescer

No final da tarde, folhas dançam no ar
Levando a tristeza e tudo refaz
Trazendo a esperança... vai tudo mudar...
Diante d’ espelho sinto - me audaz!

Percebo em mim, novo ser renascer.
São tantas mudanças, novas alianças,
O aroma as flores a recender
Vejo o horizonte com novas nuanças.

Meu coração co’a mutação se agita
O pensamento quais folhas vagueiam
Minha alma se empolga, não está aflita,
Enquanto no céu a nuvem passeia

E volta a ilusão um dia perdida
A lágrima escorre, mas é de euforia.
Renasço das cinzas... Vejo nova vida,
Mergulho feliz num mar de alegria!

Márcia Aparecida Mancebo

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Infinito amor

Infinito amor

Esse olhar de mãe para as coisas do mundo
Com sua missão por Deus predestinada
Moldar corações com amor profundo
Se torna canção em suas alvoradas.

Co' o peito repleto de infinito amor
Esse ser que a ela é, tão frágil, à vida
A mãe com abraço terno...acolhedor
Ao filho se prende, não reclama à brida.

Ao direcionar os seus passos à trilha
A quem deu à luz e é um bem tão sagrado
O zela, o conduz e como estrela brilha
Que mesmo de longe está sempre a seu lado.

Pois, a mãe não esquece seu filho amado
Sequer abandona à mercê da estrada
No íntimo d' alma o mantém devotado
O leva na mente até o fim da jornada!

Márcia Aparecida Mancebo

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Poente de Outono

Poente de outono

Pela fantasia com um desejo ardente
Eu sigo tecendo meus versos de amor
De um amor tão belo que tenho ao poente
Quando a tarde se vai deixando um esplendor.

Meus olhos extasiam diante da cena
Ao ver o poente, poente de outono
Sentindo pelo ar um cheiro de açucena
Feliz eu me sinto, não sinto abandono.

Pois esse perfume mistura co’as cores
É pura poesia que a natureza
Mostrando-me o sol cair sobre as flores
Que cobrem o prado decorre beleza.

É desta beleza que vejo na tarde
Que a minha alma extrapola infinda alegria
E a inspiração aos poucos me invade
Num gesto de ternura nasce a poesia!

Macia Aparecida Mancebo
13/05/23

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Definição de mãe

Definição de mãe

Se existe um amor com tamanha doçura
É o amor que a mãe dedica a seu filho
Demonstra nos gestos carinho e ternura
E o guia com preces ensinando - o trilho.

Se o filho está longe é tamanha saudade
Que as horas parecem no tempo parar...
Pra sentir tudo isso independe da idade,
Pois filhos não crescem a quem sabe amar!

Se a mãe é envolvida de imensa tristeza
Por coisas da lida, coisas da rotina
O filho aparece e a mãe vê beleza
Esquece a tristeza, volta ser menina.

Embora a mãe saiba que existe partida
Que existe um momento de um triste adeus
Com todo jeitinho a mãe segue a vida
Entregando o tempo e a despedida a Deus.

Márcia Aparecida Mancebo
13/05/23

 

( Atividade - Desafio Poético)

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Artesão de emoção! ( Reeditando)

Artesão de emoção!

Poeta, artesão da mais pura emoção!
Consegue com versos ao bafejo da brisa
conceber que há luz brilhando a ilusão
E, nessa ilusão se aventura… desliza.

Um ser que dá vida ao nascer esperança,
qual fosse uma flor com suave perfume;
Faz seus olhos ver com singela confiança
e sanar a dor, a saudade e o queixume.

Com lápis desenha a aquarela do sonho
fazendo secar toda água do rosto;
trazendo outra vez luz, pros olhos tristonhos,
que voltam sentir que, viver tem bom gosto.

Um gosto um sabor com primor temperado.
Que só o poeta consegue fazer,
pois, traz em sua alma um condão bem guardado
que dá - lhe o poder de ir além… transcender!

Márcia A Mancebo

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O lume da estrela

O lume da estrela

Resolvi partir para não mais voltar
Ao olhar na noite, da estrela, seu lume.
Me ative a seguir sem ao menos pensar
Preciso aprender viver sem costumes.

Demorou, mas chegou a decisiva hora
Cansei de viver sem acalentar sonhos
Mudei muito eu sei, sou outra agora
Voltou para a face os olhos risonhos.

Seguirei a vida irei sempre adiante
Olhando à estrela esquecerei, passado
Pois, viver é assim, um mudar constante
Hei de seguir o que me foi outorgado.

Não me deixo levar pelo coração
Não mais voltará a colorida idade
Nem sequer, será sempre a mesma estação
Os tempos são outros, aceitei a verdade.
O lume da estrela acendeu a razão.

Márcia Aparecida Mancebo

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Relíquias perdidas

Relíquias perdidas

Detalhes pequenos que a vida oferece
Passam despercebidos, perdem se do olhar
São ínfimos detalhes que valem preces
Ensinam as trilhas para caminhar.

Depois com a idade vem à reflexão
Àqueles detalhes, relíquias perdidas
Tão importantes sem recuperação
Eles continham a fórmula da vida
A estrela guia pra não viver em vão.

Somente agora diante de fatos
Vem para a memória como explicação,
Mas é tarde demais um triste relato
De quem passou tempo vivendo a ilusão
Co' ouvidos vedados viveu em imersão.

Naqueles detalhes continha o segredo
Viver em paz e com a plena visão
Se tivesse notado não teria medo
Seguir tão sozinha pela escuridão!

Márcia Aparecida Mancebo

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Sonetando

Sonetando

Naquele edifício no décimo andar
habita um poeta que não se retrata.
Ao dizer da amada se põe a chorar...
Não sei o porquê essa dor não relata.

Quem sabe a paixão que tanto o molesta
A causa é alguém que de amor o devora
Sozinho o deixou num momento de festa
Que juntos brindavam o idílio da aurora!

Oh! Pobre poeta põe pra fora as mágoas,
Chorar não trará o grande amor de volta,
Apenas dos olhos rolarão as lágrimas.

E diz o poeta cheio de revolta
Aquela bandida levou meus pedaços
A minha poesia morreu de embaraço!

Márcia Aparecida Mancebo

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Sublime sentimento

Sublime sentimento

O amor verdadeiro não tem medida
É espontâneo e dá luz para os dias
É esse sentimento que enfeita a vida
Amando que se conhece a bela alegria.

Amor assim é fruto do coração.
Nasceu de um olhar e se perpetuou
Cultuado cresceu, trouxe unção
Com o passar do tempo somente aumentou

Amor companheiro caminha em união
A tudo resiste tempestade e vento
Não é um jogo comum, é sedução,
É angelical, sublime sentimento!

Não é possessivo, é compreensível
O amor traz a alma transformação...
A quem ama nada é impossível
Alados caminham, pois, tem direção!

Márcia Aparecida Mancebo

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Quero

Quero

Quero a meu lado uma cadeira vazia
Para lágrima que rola na minha tez
Seria um lugar onde sempre guardaria
Tudo de bom que na vida desfez.

A cadeira que quero ao meu lado, vazia
Nela poria os meus sonhados sonhos
A infância que ao lembrar traz alegria
De um tempo que meus olhos eram risonhos.

Quero a meu lado uma vazia cadeira
Creio que daqui a uns anos estaria
Repleta de lembranças como companheira
De quando ouvia de longe a melodia.

Melodia que acompanha os meus dias
Que estonteia a mente trazendo a saudade
Que se pudesse pegá-la a pegaria
Para recordar da feliz mocidade
Ocupando um lugar na cadeira vazia!

Márcia Aparecida Mancebo

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Última jogada

Última jogada

A vida é um jogo de carta com cores
Que enfeita a visão por todo o caminho
Usei da razão; escolhi onde há flores
Para livrar — me dum jogo mesquinho.

Nas várias rodadas do jogo da vida
Esperei com calma chegar minha vez
A calma vivífica, encorajando a lida
Essa lida tão dura que envelhece a tez.

Trilhei toda estrada marcando presença
Nas cartas confiando segui jogando
Jamais deixei de acalentar essa crença
Seguindo as regras eu fui apostando.

Com riso nos lábios sempre a pretender
O gosto tão bom do jogo ganhado,
alada a esperança caminhei pra ver
Mesmo que, de longe o sol se pôr dourado.

E poder ajoelhar para agradecer
As lutas vencidas por saber jogar
com honestidade esperando vencer
Co'o troféu nas mãos resta comemorar
a última jogada que fiz pra viver.
Com júbilo aprendi o dom de amar.

Márcia Aparecida Mancebo
08/04/23

 

 

 

Atividade do grupo Desafio Poético 

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Sozinha

Sozinha

Sem pensar em cair nas pedras da via
Vou sempre adiante onde a emoção levar
O meu coração pulsa de alegria,
Pois, sou passageira sempre a caminhar…

Não temo tempo sem sol nem chuvarada
Sou aguerrida, aprendi que enfrentar
as noites tão frias das madrugadas
As horas sombrias diante do mar
Purificou meu ser e ensinou pensar.

Aprendi co'o choro lavar a minha alma
Entender que na vida
Usar da razão para manter a calma
Seguir com cautela os passos da lida.

Curar as feridas da rebeldia
Discernir a emoção no instante certo
Agradecer as manhãs todos os dias
Mesmo que, sozinha sem ninguém por perto.

Márcia Aparecida Mancebo
09/04/23

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Essa saudade

Essa saudade

Essa saudade é fel para minha alma
E da lembrança faz - me ser refém
Me aprisiona com dores também
Qual doente que a tudo perde a calma.

Essa saudade que corrói… se espalma
Pelas telas tao belas que contém
Sinto que viver assim não faz bem…
Por mais que eu queira nada, nada acalma.

Essa saudade afronta o coração
E com trapaça prende - me ao porão
Numa prisão da noite sem luar…

Essa saudade quer matar meu ser
Tira a vontade de querer viver
Impede meu sorrir… faz - me chorar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Às vezes

Às vezes...

Às vezes sou porto vazio... Sozinha
nas tardes de outono olhando o sol dourado
Pensando na noite que se avizinha
se verei a lua e todo o céu estrelado

Essa brisa ao tocar minha face pálida
pelos anos, por sulcos, fora marcada
pelos entraves malogrados que a vida
outorgou - me ao longo dessa caminhada.

Sinto - me assim cada vez mais envelhecida
ao ver o poente no final do dia
No outono entristece, sinto isso na lida
Olho para amplidão sinto a noite fria.

Fria de calor humano e compaixão.
Vejo que as pessoas esquecem do irmão,
Esquecem que o Pai nos quer ver em união,
Sem guerra e sim com paz no coração.

Márcia Aparecida Mancebo

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Vislumbre

( Rondel)

Vislumbre

Ainda vislumbro com flores abrolhando
enquanto caminho sob folhas no chão
É tanta beleza que acabo chorando
Amo esta terra que é meu rincão...

Quando vejo a noite com o seu clarão
E o céu fulgurante co' estrela brilhando.
Ainda vislumbro com flores abrolhando
enquanto caminho sob folhas no chão.

As folhas estão secas ...algumas voando
É tamanha euforia, é tanta emoção
que sinto alegria à mente chegando
E sinto o pulsar do meu coração
...Ainda vislumbro com flores abrolhando!

Márcia Aparecida Mancebo
07/04/23

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CPP