Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1407)

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Quero

Quero

Quero a meu lado uma cadeira vazia
Para lágrima que rola na minha tez
Seria um lugar onde sempre guardaria
Tudo de bom que na vida desfez.

A cadeira que quero ao meu lado, vazia
Nela poria os meus sonhados sonhos
A infância que ao lembrar traz alegria
De um tempo que meus olhos eram risonhos.

Quero a meu lado uma vazia cadeira
Creio que daqui a uns anos estaria
Repleta de lembranças como companheira
De quando ouvia de longe a melodia.

Melodia que acompanha os meus dias
Que estonteia a mente trazendo a saudade
Que se pudesse pegá-la a pegaria
Para recordar da feliz mocidade
Ocupando um lugar na cadeira vazia!

Márcia Aparecida Mancebo

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Última jogada

Última jogada

A vida é um jogo de carta com cores
Que enfeita a visão por todo o caminho
Usei da razão; escolhi onde há flores
Para livrar — me dum jogo mesquinho.

Nas várias rodadas do jogo da vida
Esperei com calma chegar minha vez
A calma vivífica, encorajando a lida
Essa lida tão dura que envelhece a tez.

Trilhei toda estrada marcando presença
Nas cartas confiando segui jogando
Jamais deixei de acalentar essa crença
Seguindo as regras eu fui apostando.

Com riso nos lábios sempre a pretender
O gosto tão bom do jogo ganhado,
alada a esperança caminhei pra ver
Mesmo que, de longe o sol se pôr dourado.

E poder ajoelhar para agradecer
As lutas vencidas por saber jogar
com honestidade esperando vencer
Co'o troféu nas mãos resta comemorar
a última jogada que fiz pra viver.
Com júbilo aprendi o dom de amar.

Márcia Aparecida Mancebo
08/04/23

 

 

 

Atividade do grupo Desafio Poético 

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Sozinha

Sozinha

Sem pensar em cair nas pedras da via
Vou sempre adiante onde a emoção levar
O meu coração pulsa de alegria,
Pois, sou passageira sempre a caminhar…

Não temo tempo sem sol nem chuvarada
Sou aguerrida, aprendi que enfrentar
as noites tão frias das madrugadas
As horas sombrias diante do mar
Purificou meu ser e ensinou pensar.

Aprendi co'o choro lavar a minha alma
Entender que na vida
Usar da razão para manter a calma
Seguir com cautela os passos da lida.

Curar as feridas da rebeldia
Discernir a emoção no instante certo
Agradecer as manhãs todos os dias
Mesmo que, sozinha sem ninguém por perto.

Márcia Aparecida Mancebo
09/04/23

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Essa saudade

Essa saudade

Essa saudade é fel para minha alma
E da lembrança faz - me ser refém
Me aprisiona com dores também
Qual doente que a tudo perde a calma.

Essa saudade que corrói… se espalma
Pelas telas tao belas que contém
Sinto que viver assim não faz bem…
Por mais que eu queira nada, nada acalma.

Essa saudade afronta o coração
E com trapaça prende - me ao porão
Numa prisão da noite sem luar…

Essa saudade quer matar meu ser
Tira a vontade de querer viver
Impede meu sorrir… faz - me chorar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Às vezes

Às vezes...

Às vezes sou porto vazio... Sozinha
nas tardes de outono olhando o sol dourado
Pensando na noite que se avizinha
se verei a lua e todo o céu estrelado

Essa brisa ao tocar minha face pálida
pelos anos, por sulcos, fora marcada
pelos entraves malogrados que a vida
outorgou - me ao longo dessa caminhada.

Sinto - me assim cada vez mais envelhecida
ao ver o poente no final do dia
No outono entristece, sinto isso na lida
Olho para amplidão sinto a noite fria.

Fria de calor humano e compaixão.
Vejo que as pessoas esquecem do irmão,
Esquecem que o Pai nos quer ver em união,
Sem guerra e sim com paz no coração.

Márcia Aparecida Mancebo

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Vislumbre

( Rondel)

Vislumbre

Ainda vislumbro com flores abrolhando
enquanto caminho sob folhas no chão
É tanta beleza que acabo chorando
Amo esta terra que é meu rincão...

Quando vejo a noite com o seu clarão
E o céu fulgurante co' estrela brilhando.
Ainda vislumbro com flores abrolhando
enquanto caminho sob folhas no chão.

As folhas estão secas ...algumas voando
É tamanha euforia, é tanta emoção
que sinto alegria à mente chegando
E sinto o pulsar do meu coração
...Ainda vislumbro com flores abrolhando!

Márcia Aparecida Mancebo
07/04/23

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Nessa luz...

Nessa luz...

Precisei de um momento de escuridão
para ver o sol brilhar somente a mim...
Precisei seguir por esse duro chão
para ver na margem, bela flor - jasmim!

Ao sentir perfume entendi o propósito
que ao nascer recebi. Hoje sem contestar
sinto que o viver é um infindo depósito
onde estão lembranças que posso guardar.

São essas lembranças que embalam a vida
no instante que o escuro aparece nos dias
e mesmo que a visão turve pela lida
sempre haverá luz trazendo alegria.

Nessa luz está toda a fortaleza
que preciso ter para caminhar
E olhar para o mundo sem estranheza
Com olhos risonhos sempre a brilhar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Disfarce

Disfarce

Às vezes a cantar a gente entoa
a canção que aprendeu quando criança
E vai cantarolando assim a toa
pra acalentar a vida com lembranças.

Eu canto pra lembrar os tempos idos
E quando desafino abro um sorriso
Pois, é sempre no verso preferido
que arranha a voz... disfarço com o riso.

Se a lágrima rolar ela mistura
com o riso que na face é brilhante
enquanto o pensamento vai distante.

E traz à mente aquela formosura
da infância que não dá para voltar...
Sorrio para esconder o meu chorar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Ancião

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Ainda resta neste ser abatido
Algumas fagulhas de anseios guardados
Num canto deixado a não ser esquecido
Dos sonhos bonitos que foram embalados.

Dizer que um ancião repetia sorrindo
Ao ver a beleza do sol em esplendor
ao sentir o encanto das flores se abrindo,
Pois, ele guardava n' alma, infindo amor.

E mesmo abatido, cansado da lida
A mente insistia lembranças trazer
Sem tirar a esperança que rege a vida
O querendo lúcido mostrando o saber.

Anciões são os anjos que velam a jornada,
Pois, tem sintonia com Deus lá no céu
E são como setas nas encruzilhadas
Impedindo que jovens fiquem ao léu,
Se percam nas curvas que existe na estrada
não vejam a manhã nascer em escarcéu!

Márcia Aparecida Mancebo

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Memórias de outonos

Memórias de outonos

O vento ao passar deixou folhas no chão.
Não foi de propósito, é o outono chegando:
com a ventania qual triste canção
que vem lá de longe ... chega aqui chorando.

E num rodopio vejo folha no ar
Caindo no solo as outras juntando
Fazendo minha alma triste suspirar...
Eu sinto dos olhos águas rolando.

Momento outonal com flores abrolhando,
Co´andorinhas em pares voltando aos ninhos
Nas tardes com vento e folhas voando
Eu aqui da janela olhando sozinho
Com o pensamento me torturando.

É nesse momento que vem à memória
As recordações dos outonos passados;
Tão cheios de sons e de belas histórias,
De suave perfume e dos passos traçados
Da infância feliz repleta de glorias

Márcia Aparecida Mancebo
02/04/202

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Versões

Versões

A vida às vezes é canção... Às vezes gemida.
Meus passos entalam nas pedras da estrada
Mesmo assim sigo avante, vou para a lida
co' pés esfolados da dura jornada.

A vida é florida com espinho na haste
Segredando os ais num choro baixinho:
eu sigo esta vida cheia de contrastes
regando flores, encurto o caminho!

E quando sinto a vida uma canção
cantarolando danço fazendo festa
Não me furto e a sinto com emoção
aproveitando o pouco que me resta.

Mas quando sinto a vida triste, gemida
e de sofrer minha alma está cansada
dou um jeito: não ficar esmorecida;
Enxugo os olhos e não penso mais nada,
Aceitando as versões; eu sigo atrevida.

Márcia Aparecida Mancebo

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Desenho

Atividade - Poema que não tem fim 

"Com amor a vida não fica estagnada..."

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DESENHO

Estagnar a vida é um grande pecado
A vida é para ser vivida em plenitude
Pois, é um presente que ao nascer nos foi dado
Juntamente com predicado e virtude.

Seguir com amor essa longa jornada
Faz a vida agradável e tão bonita
E acalma minha alma e não a deixa aflita
E sim, serena, por toda a caminhada.

Pois, levo nos olhos um brilho luzente
Qual noite regada pelo luar,
Luar que clareia e longe se esplende
co' a lua redonda banhando - se no mar.

Desenho essa tela no meu pensamento
E sigo colorindo todo o caminho
Arvorando amor, esse sentimento
Que traz harmonia a quem segue sozinho.

Márcia Aparecida Mancebo.
28/03/23

 

 

 
 
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Girassol 🌻

Girassol

As minhas manhãs tornaram-se serenas
com os anos vividos ao envelhecer…
A mente continua de uma menina,
uma jovem que brinda todo amanhecer!

O tempo passou rápido, sem trégua.
Ontem se foi faz tempo. Hoje está findando
Vou contando as horas andando léguas
Para ter tempo: ver a noite adentrando!

Os pensamentos voam na imensidão…
Assim as páginas da vida são viradas
A jornada continua em lentidão
amanhecendo nas manhãs orvalhadas.

Viver até onde cheguei é dádiva!
Somente graças devo render a Deus
Sentir o amor pela vida e ser ávida
Vivendo cada instante que é só meu
Sem medo de enfrentar mazelas da vida.

Eu quero dias lindos, mesmo com frio,
quero acompanhar o caminho do sol
Sou mulher com olhar brilhante, não sombrio
Sinto que sou altiva qual girassol.

Márcia Aparecida Mancebo

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Lágrima fria

Lágrima fria

Sentir a tal saudade é tão bonito
Que nela perco - me toda, a sentindo
O jeito de lembrar sempre medito.
Tudo parece igual, se repetindo!

É longo o caminhar... é infinito!
Estrada com espinhos me ferindo
Quem sente, sabe bem, desse conflito.
Parece suplicar aos meus ouvidos!

E como dói lembrar quem foi tão cedo
Quem num sussurro contei meu segredo!
Em seu regaço a paz acalentei...

Essa lágrima fria que derrubo
É por pensar demais no rosto rubro
Que muitos beijos lá depositei!

Márcia Aparecida Mancebo

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Mesmo distante!

11002872895?profile=RESIZE_710xMesmo distante!

E quando o sol se põe pela tarde
Minh'alma a sofrer lágrima derrama
Saio a passeio matar a saudade
Pressinto que de longe tu me chamas.

É muito desejo te ouvir cantar
Aquela canção falando do amor,
Do encanto que traz: viver para amar...
Os versos me abraçam... Sinto calor!

Tua vida em mim, cravou pra valer
Hoje sou refém daquele verão
Da praia, do mar, não dá pra esquecer
A noite adentrando com seu clarão.

Creio que o destino a ti me prendeu
A bela lembrança da mocidade
Num canto guardei, segredo só meu
e ao recordar esqueço a realidade.

O som bonito persegue a lembrança
Que os anos passaram levando instantes,
Mas meu coração carrega a esperança
Que pensas em mim, mesmo distante!

Márcia Aparecida Mancebo
24/03/23

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Dor antiga

Dor antiga

Essa dor antiga na alma tatuada
A perseguir - me fazendo - me refém
Faz escurecer a bela caminhada
Tanto queria seguir e ver além!

Mas essa dor impede que eu prossiga
fazendo que eu sinta - me só sem alento
Travando os passos para que eu não siga
e aqui fique a carregar todo tormento.

A vida é tão curta pra viver assim:
carregando a dor insana eternizada
Às vezes não entendo essa sina a mim
Se a procurei ou foi - me outorgada?

Márcia Aparecida Mancebo

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Poesia

11001173474?profile=RESIZE_710xPoesia

Nos versos que teço enalteço a poesia
É nela que espanto a dor dos meus ais,
É nela que sinto minha fantasia
embalar meus sonhos com belos cristais.

A cada verso escrito digo o que sinto
Vejo meu retrato na poesia espelhada
É ela, a poesia, me segue, pressinto
Num transe pela inspiração sou tomada.

Quando visto - me de poesia, sou flor,
Sou deusa dos sonhos, também sou a lua.
Às vezes até um pássaro, um condor...
Nessa ilusão vejo - me no mar, nua!

Se um dia a poesia acaso me deixar,
Serei resto de verso perdido em vão
Pela imensidão do universo a chorar
Pois, a poesia habita no meu coração!

Um dia ao findar a jornada da vida
Ninguém lembrará dos meus versos compostos
Mas toda a tarde, no descanso da lida
Do céu estarei colorindo o sol-posto!
Serei a poesia em tela refletida!

Márcia Aparecida Mancebo
21/03/23

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CPP