Nas esquinas onde morrem os sonhos
Em pretéritos perfeitos e esquecidos
Eu vi você...
Saudosa de alguma dose antiga que "bateu" faz tempo
Louca na névoa sem lugar pra ir
Sem querer ir...
Existe acaso em tua loucura quando a noite vem?
Um declínio crepuscular e utópico a caminho...
E pode chover você sabe?
Sempre pode chover...
Entende a medida da força que lhe atrai?
A velha vontade rastejando na sombra da sua cabeça...
Um vicio antigo nunca vai embora...
Ele espera...não espera?
E dizem que "espera sempre alcança"...
E vai fugir agora garota?
O que você pensa?
Que existem carros velozes o bastante pra isso?
Que ha um refugio pra tuas dores?
Tola ilusão que o copo não vai apagar...
Abstração fugaz que a cerveja não faz perdurar...
Ouve agora o que vem com vento
A tempestade sabe onde você mora
E ela veio pra ficar...
Da pra entender?
Existem lugares melhores no mundo...
Mas a casa bonita não é um lar se não for sua...
A tempestade quer chover sobre você na cidade ignorante do sempre em frente...
Você pode correr,pode chorar,pode sofrer,pode parar...
ou...
PODE CHOVER DE VOLTA...
RODRIGO CABRAL
Eu sofro do olhar calcinado de quem viu demais das sombras
Tantos cinzas manchando as paisagens do meu mundo
E eu precisando de algo
Alguma coisa minha que jaz perdida já há muito tempo
Nem sei bem o que
Eu deixo os olhos passearem no céu coalhado de estrelas
Deixar a Terra e vagar pelos astros
Há doce sonho
Desejo improvável que me mantém longe
Já não resta mais em mim nem mesmo uma pequena fagulha
A chama e agora mera lembrança
Só resta uma brasa extinta e dormida
Apagada de medo
Sou o sussurro sombrio e fraco
Anseio a mudança que não vem
E o alivio do peso que esmaga-me o peito cansado
E Deus como estou cansado
Tão farto destas batalhas sem glorias
Encharcadas de vitimas
Cansado de sonhar o sonho que se afasta deixando-me apenas a poeira da distancia
Quando é que a dor finalmente para?
Se é que para
Preciso de algo que abrevie o sofrimento
Alguma coisa qualquer pra apressar minha miséria no mundo
E que importa se e corda, bala ou faca o que põe fim a tortura?
Não careço do refinamento do método
Só da paz das trevas aconchegantes
Que não provocam lagrimas
Estou a um passo da beirada do mundo
E se pular... serei eterno.
RODRIGO CABRAL
Já escrevi palavras na areia
Sabia que o mar viria busca-las
Já desejei delicias mundanas
Jamais foram minhas
Não conheci terras exóticas
Nenhum jardim inglês pra mim
Nada de índia misteriosa
Sem Nemo sem Nautilus
Mas cantei canções no escuro
La onde ninguém podia me ouvir
Onde a lagrima é só lagrima e sempre cai sozinha
Eu já encobri obscuros segredos
Medos exóticos
Medos inconfessáveis
Medos infantis
Só medos...
Sempre os medos
Eu já bradei em batalhas ferozes
Derrubei homens
Os vi derrotados
Os vi moribundos
Não chorei por eles
Em verdade... nunca chorei
Eu já deixei meu ódio pra traz
Eu o dei as flores
Enterrei fundo num canteiro de rosas
Mais tarde o vi voltar pra mim
Eu já fui zumbi sem alma e sem amor
Já fui bêbado, um ébrio errante gritando meu amor impossível pra lua.
Eu já sonhei com anjos
Já sonhei com pergaminhos
E livros que ninguém escreveu
Eu já perdoei ofensas imperdoáveis
E reagi com fúria diante de deslizes insignificantes
Já matei...
Já fui morto...
Caçei.
Fugi...
Eu já trouxe sabedoria de lugares místicos
Já espalhei tolices de metrópoles insípidas
Já fiz política
Já fiz amor
Já fiz... de tudo
Eu já quis que ela soubesse do meu destino
Já escondi dela minha presença
Amor e dor... juntos em meu peito
Eu já afoguei velhos sentimentos em vinho barato
E narrei em poemas tão loucos que não pareciam meus
Já chovi sobre cidades que nunca me entenderam
Eu já parti
Já estive longe
Voltei e ninguém sabe
Escrevo palavras na areia
Olho o mar
Aguardo.
RODRIGO CABRAL
Já escrevi palavras na areia
Sabia que o mar viria busca-las
Já desejei delicias mundanas
Jamais foram minhas
Não conheci terras exóticas
Nenhum jardim inglês pra mim
Nada de índia misteriosa
Sem Nemo sem Nautilus
Mas cantei canções no escuro
La onde ninguém podia me ouvir
Onde a lagrima é só lagrima e sempre cai sozinha
Eu já encobri obscuros segredos
Medos exóticos
Medos inconfessáveis
Medos infantis
Só medos...
Sempre os medos
Eu já bradei em batalhas ferozes
Derrubei homens
Os vi derrotados
Os vi moribundos
Não chorei por eles
Em verdade... nunca chorei
Eu já deixei meu ódio pra traz
Eu o dei as flores
Enterrei fundo num canteiro de rosas
Mais tarde o vi voltar pra mim
Eu já fui zumbi sem alma e sem amor
Já fui bêbado, um ébrio errante gritando meu amor impossível pra lua.
Eu já sonhei com anjos
Já sonhei com pergaminhos
E livros que ninguém escreveu
Eu já perdoei ofensas imperdoáveis
E reagi com fúria diante de deslizes insignificantes
Já matei...
Já fui morto...
Caçei.
Fugi...
Eu já trouxe sabedoria de lugares místicos
Já espalhei tolices de metrópoles insípidas
Já fiz política
Já fiz amor
Já fiz... de tudo
Eu já quis que ela soubesse do meu destino
Já escondi dela minha presença
Amor e dor... juntos em meu peito
Eu já afoguei velhos sentimentos em vinho barato
E narrei em poemas tão loucos que não pareciam meus
Já chovi sobre cidades que nunca me entenderam
Eu já parti
Já estive longe
Voltei e ninguém sabe
Escrevo palavras na areia
Olho o mar
Aguardo.
RODRIGO CABRAL
É interessante perceber como o pobre ser humano é previsível...O circo eleitoral acabou,"vitoriosos" comemoram e contam as vantagens que não tem,apegados as ilusões que logo serão desfeitas."Derrotados" choramingam suas acusações e mazelas e previsões funestas...Gente falando idiotices do tipo "Acho engraçado as pessoas acharem que depois das eleições todo mundo vai ser amigo de novo" Filhos se vocês brigaram por causa de politica nunca foram amigos e as pessoas tão pouco se fodendo pra você.Gente zangada até com quem se "absteve" sim por que nesses novos dias de "só é democracia se vc pensar como eu penso e fizer o que eu faço" ninguém mais tem o direito de ser diferente. Ou seja o Brasil NÃO MUDOU...nem vai mudar...não mudaria caso a vitória fosse do HADDAD e NÃO vai mudar com BOLSONARO as pessoas seguem mesquinhas tacanhas e cegas...a politica tem este incrível poder...o de produzir imbecis em quantidades gigantescas...O tempo vai passar...já está passando...tudo segue igual...E VÃO SE FODER se não entendem isto.
RODRIGO CABRAL
O que as pessoas não sabem é que as portas fechadas de cada uma destas casas escondem universos particulares repletos de tristeza e solidão.
Todo o sorriso que perambula pelas ruas desvanece na solidão da noite mais escura.
Quando os ruídos que se ouve vem unicamente do relógio de parede ou do choro da criança.
Pense um pouco as vezes o que teu vizinho esconde de vc não é nenhuma sórdida vergonha, as vezes o que vc não sabe apenas não é da tua conta.
RODRIGO CABRAL.
A vida é monstruosamente curiosa...e por vezes cruel de um jeito tão absurdo que chega a nos tirar o folego...vim pra casa hoje sentindo muita urgência , muita agonia...e também muita falta...sabe ? Aquela falta que dói no mais intimo do teu ser? Meu pai tem apresentado problemas de saúde e lidar com ele em sido complicado,teimoso ele não tem facilitado os cuidados...e me peguei pensando em minha mãe...na falta que ela faz...sei que se estivesse aqui ela saberia melhor que todos lidar com ele...não que ele fosse menos "birrento" com ela...mas minha mãe tinha um jeito só dela de conduzi-lo ...ela sabia as coisas certas a dizer...esta saudade...esta falta doeu hoje imensamente enquanto eu argumentava e argumentava com meu pai...falta da sabedoria dela,falta da esperteza dela...falta daquele olhar azul sereno...ela estaria se saindo bem melhor do que eu...Mas comecei este texto falando da vida lembra? E ela tinha outro "presentinho" pra mim...outra falta...a anos atras conheci uma pessoa, Geane Bauer seu nome...Mulher de beleza notável ,inteligencia agradável,e um humor que parecia que nada podia abalar...ficamos logo amigos...conversamos muito sobre tudo, rimos, debatemos,brigamos, não nos falávamos todos os dias,nem mesmo todos os meses...Mas falávamos ...Geane Bauer era destas pessoas que embora você nunca encontre pessoalmente na vida(e jamais tive o prazer de conversar com ela pessoalmente) se faz importante,se faz presente, lhe faz falta...eu estive envolvido com minha própria vida, minhas alegrias...minhas dores...pouquíssimo falei com ela ou soube dela nos últimos tempos...movido por esta mal fadada FALTA procurei saber dela...e descubro que ela SE FOI...nem consigo crer...não podia imaginar que alguém cuja presença sempre fora apenas caracteres em um tela podia impactar tanto...podia fazer tanta falta...podia trazer esta dor que sinto agora...Ela se foi...não mais ...nunca mais qualquer conversa...nada de humor...sem sorrisos...Se foi...A VIDA AS VEZES É MONSTRUOSA.
RODRIGO CABRAL