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SOU DO AMAZONAS, SOU MANAUARA

Sou do Amazonas, sou manauara,

Terra dos papagaios e das araras,

Tenho minha Ponta Negra, negra como a noite,

A noite dos poetas e das baladas,

Onde mergulho meus sonhos, anseios e desejos.

 

No aconchego dos domingos ensolarados,

A rotina é tomar um delicioso café,

Ao pé da mangueira ou jaqueira bem de manhã,

Saboreando meu pé de moleque e uma deliciosa tapioca,

Recheados com nutritivos pupunha e tucumã.

 

Depois dar um prazeroso passeio no mercado Adolpho Lisboa,

Onde ervas milagrosa curam o que não tem cura,

Sem esquecer do jaraqui, tambaqui e tucunaré,

Eles dão ao almoço um toque saboroso,

Pra completar, o açaí e o buriti, as sobremesas baré.

 

À tarde uma visita ao majestoso Teatro Amazonas,

Templos dos Deuses da era áurea da borracha,

Onde se assiste incrédulo nosso grupo Imbaúba,

Acompanhado pelo nosso Torrinho, ídolo da terra,

Homenageando nosso altivo Porto de Lenha.

 

Para continuar este tour, o encontro das águas,

O negro e o barrento em uma eterna luta de gigantes,

Colossal como nossa floresta, impenetrável, o pulmão do mundo,

Defendida ferozmente pelas lendárias Amazonas,

Sou orgulhoso morador de Manaus, terra dos Manaós.

 

À noite, iluminado pelo prateado luar, luar do sertão,

Nossa encantada Arena, templo sagrado do futebol,

Formato inconfundível, um paneiro estilizado, símbolo regional,

Instrumento indispensável dos povos da floresta,

Onde carregam suas esperanças de uma terra intocável.

 

Não esqueçamos do imponente Palácio Rio Negro,

Outrora sede e centro do poder que governava,

Pelos belos pisos brilhantes de madeira de terra firme,

Grandes bailes varavam as madrugadas, nutriam paixões,

Decisões, cochichos, entremeavam seus encantados salões.

Ricardo Sales.

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PAREDES NUAS

 

Paredes nuas,

Nostálgicas de suas histórias,

Órfãos, sem luz, sem almas,

Despidas, sem vidas.

 

Apenas paredes nuas,

Acéfalas, sem destinos,

Sem cores, nem odores,

Sem atos, nem retratos.

 

Apenas paredes nuas,

Desgastadas, sem expressões,

Cegas, mudas,

Sem mentes e dementes.

 

Apenas paredes nuas,

Insolventes e corroídas,

Maltratadas e doloridas,

Simplesmente esquecidas no tempo...

                                                                                                                                                                       

 Ricardo Sales.

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POESIA INOCENTE

Assim como há relâmpagos,

E trovões no céu,

Assim como vejo tua imagem,

Formadas pelas nuvens de sisal,

Assim também vejo,

Teus lindos lábios,

Sorrindo em cada rosto de metal,

Assim como o luar,

Inspira-me tua lembrança imortal,

Assim também existe,

O meu obcecado amor,

Que diante de toda tua beleza,

Realça como simples grãos,

De intensa paixão,

Dentro do meu humilde,

E apaixonado coração.

 

 Ricardo Sales.

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RIO MAR (RIO AMAZONAS)

Meu rio, meu mar,

Sou teu navegador, um sonhador,

Rio acima, rio abaixo,

É meu leme, a me levar.

 

És íntimo, arredio,

De temporais arrasadores,

E brisas suaves,

De barrancos frágeis,

E banzeiros atrevidos.

 

Meu rio, meu mar,

Negro, barrento,

Amazonas das minhas guerreiras,

Solimões das minhas visões.

 

Tão vida, tão morte,

Meu rio, meu mar,

Meu rio Amazonas,

Sempre a navegar.

 

 Ricardo Sales.

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CORRE MÁRCIA

 

Eu a vi na televisão,

Quanta emoção!

Tua queda, não foi em vão,

Foram nossas lágrimas,

A tua redenção,

Corre Márcia, corre...

Erga com orgulho tua tocha,

Ela é o fogo,

Que atiça tua nobreza,

E te faz chegar ao teu destino,

Que é o tino da tua aclamação,

Corre Márcia, corre...

N.A: Minha singela homenagem a D.Márcia, primeira brasileira a ganhar medalhas nas Paraolimpíadas.

Ricardo Sales.

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TUA AUSÊNCIA

 

 

Meu choro e lágrimas são ocultos,

Pois tua ausência, atroz, fere,

Ferida, sofre minha saudade,

A tirania dos maltratados.

 

Não te perdi,

Mais tua presença é alívio,

O colírio dos meus olhos,

As necessidades de te fitarem,

Pra serem clicadas pelas minhas íris,

E tua imagem, retida, em minhas retinas.

 

Por quanto tempo não te terei?

O tempo impassível passará,

Apenas terei tréguas, passageiras,

Mais a vida, sufocará.

 

Alívios, tuas lembranças trarão,

Para que minha alma se alivie,

E se ressente consciente,

Da tua infâmia ausência.

 

 Ricardo Sales.

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MANDELA

É a fonte inesgotável,

Um carisma predestinado,

A viver eternamente ao lado dos Deuses,

Da liberdade e a coragem,

De tornar realidade um sonho,

Onde os homens,

Tenham os mesmos direitos,

Estes dados por Deus.

 

Mandela,

Tua herança de esperança e paciência,

De tornar o perdão um símbolo,

Do homem que tenha a grandeza,

De reconhecer que a humildade,

Faz o homem mais justo,

De caráter e de justiça.

 

Mandela,

Teus sonhos serão nossos sonhos,

E gerações hão de lembrar,

Do homem sem cor nas palavras,

E sua vontade de tornar a humanidade,

Um país sem fronteiras,

Onde possamos ultrapassar,

Os limites da intolerância.

 

Mandela,

Será sempre nossa inspiração,

A inspiração que você deixou,

Eternamente em nossos corações.

És imortal!

Porque apenas o homem morre,

Mais seus sonhos e seus ideais,

Para sempre caminharão no berço da humanidade.

 

Ricardo Sales.

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DOCE SENHORA

Doce senhora,

Tens andar de criança,

Mãos trêmulas cansada da vida,

A vida que deste tantas vidas.

 

Teu semblante de santa,

Teu olhar revelador,

Matriarca de sua prole,

Que em tuas asas os acolhe.

 

Tuas lembranças afloram,

Ao atiçar uma prosa,

Remotos tempos de menina,

Mulher, mãe, senhora.

 

Senhora de todas as mães,

Sublime és teu afeto,

Que em tuas doces preces,

É o bálsamo de nossas palpitações.

 

Doce senhora,

Bondosa senhora,

Luz dos nossos olhos,

Trevo de nossa sorte.

 

Doce senhora,

Senhora santa,

Santa mãe,

Mãe de todos nós.

 

 N.A: A minha mãe.

 

 Ricardo Sales.

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LUAR

Meu íntimo e brilhante luar,

Que tua claridade sublime venha enfeitiçar,

Insinue esta moça de Vênus a balançar,

Em contornos suaves que o próprio corpo,

Seja sua infinita dança sensual a relaxar.

 

Ao som incrédulo desse afoito violino,

Transformando esta noite em magia,

Teu corpo meigo, em delírio desliza ao luar,

Em movimentos sutis que na penumbra,

Vejo-te deusa, deusa do meu luar.

 

Teu algoz perfume irradia pura alegria,

Embriagando de euforia meu corpo carente,

Meus loucos desejos afloram,

São pecaminosos gostosos venenos,

Que em gotas do teu amor, envenenam-me.

 

Ante tua visão angelical,

Não me conformo só em vê-la dançar,

Quero em teus braços me aninhar,

Sentir teu corpo suado, ardente a me acariciar,

Neste encantado e mágico luar.

 

Ricardo Sales

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CRISÁLIDA

 

Quisera ter o tempo a meu favor,

E não ter o pavor,

De me crisalidar.

 

Sem o tempo a escravizar,

Queria assim repousar,

E meu corpo adormecer,

Sem temer o tempo passar,

E quando acordar,

Em borboleta despertar.

 

Livre, colorida como arco-íris,

Em fim, a vida retornar,

Flutuando sem destino predestinado,

A vadiar por um céu imaculado,

Sem a mente por imaginar.

 

Que mais cedo ou mais tarde,

Em um invólucro de manto sepulcro,

Casulo me tornará,

Em calmaria a repousar,

Solitário meu sono, adornará,

Minhas fantasias, meus sonhos adormecerá.

 

. Ricardo Sales

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ENTRE AS ESTRELAS

Queria estar entre as estrelas,

Sentir de perto tua luminosidade,

Não importa minha idade,

Mais sim minha vaidade,

Que ousou está com elas.

 

Sonhei em minha mente,

Pavimentei a estelar caminhada,

Dádivas, por onde andei, ganhei,

Outrora sem altivez,

            Dos caminhos, talvez, pequei,

Não me contive, exagerei.

 

Ensaiei minhas prosas,

Não mais que a aprova,

Veio-me ao tocar as estrelas,

A emoção transcendeu,

Em minha mente me veio Deus,

O ápice total da minha destreza,

E na leveza do espaço a elas me juntei,

Agora sou estrela.

 

Nunca mais meus desmazelos,

Sou astro infinito,

E do espaço sideral repouso,

Inerte e temível,

Guerreiro que sou,

Sou teu escudo invencível.

 

Sou tua sentinela,

Guardião soberano,

E de tudo que de ti emana,

Jamais, nunca a guerra,

Sou teu anjo da guarda,

Minha azul e frágil Terra.

 

 Ricardo Sales.

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RETROSPECTIVA

Andei...Por muitos lugares.
Vivi...Sem me importar.
Pequei...somos humanos.
Perdoei...Inúmeras vezes.
Sofri...Fiz por merecer.
Medo...A vida me ensinou.
Amei...Fui feliz.
Sonhei...Com uma vida melhor.
Sorri...Momentos felizes.
Tristezas...Foram tantas.
Amores...Boas recordações.
Felicidades...são momentos.
Raiva...quando injustiçado.
Sorte...Nunca veio.
Esperanças...Sempre a espera.
Lembranças...O tempo é o cronômetro.
Minha história...O que fiz por merecer.
Morte...O inevitável.
O fim de tudo...O ciclo da vida.

Ricardo Sales.

 

 

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A VOZ DO POETA

O poeta fala pelas palavras, frases, versos e prosas,

Não são simplesmente palavras que afloram naturalmente,

É a inspiração que chega assim de repente,

Não importa a terra, o sol a chuva,

Depois que semeia, ela brota,

Você aduba e rega com amor,

Elas finalmente estão prontas para serem consumidas.

 

Saboreadas aos pequenos goles de suas imaginações,

Elas te fazem voar sem limites ao sabor de seus pensamentos,

São sentimentos que nasce do seu estado emotivo,

E seu espírito norteia o teu mundo de fantasia,

E dele germina a tua criação que vai levar a inúmeras pessoas,

A refletir sobre o que o poeta quis falar através de suas poesias,

É assim que o poeta fala e se diverte.

 

Basta um pedaço de papel sem cor nem odor,

Um lápis, uma caneta, um giz,

E eles fazem o poeta feliz,

São ferramentas indispensáveis a qualquer poeta,

Delas nascem ideias recheadas de emoções,

Que te levam a viagens imagináveis,

Alegrando e apaixonando corações.

 

Ricardo Sales.

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A CHAMA

O amor

Atrai a chama,

E a chama

Queima o coração.

 

 Enquanto coração,

O amor perpetuará,

Faísca da chama,

Que nunca apagará.

 

 Infinito o amor,

Infindo a chama,

Posto que o coração,

O açoite dessa dor.

 

 O amor

Atrai a emoção,

E a emoção,

Atiça o coração.

 

 Ricardo Sales.

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CAMINHOS DE DEUS

Os caminhos de Santiago,

São sagrados caminhos,

Eternos peregrinos de Deus,

Incansáveis são teus passos,

Em busca de seu Santo Graal,

Como um sírio, em silêncio perpétuo,

Em cada um, sua catedral.

 

Os caminhos são incontáveis provas,

Que aprovam anseios por lúcida comunhão,

E ao teu alcance na curável fé cristã,

Sempre louvando o amor e o irmão,

Que tem sempre sede e fome,

Do teu sábio e cristalino sermão.

 

Tortuosos são todos teus caminhos,

Que te levam ao teu encontro,

Recanto fraterno, onde teu santo nome,

Ecoa neste mundo, ávido por união,

É  a certeza incondicional,

Do teu amado infindável perdão.

 

Caminhos são todos de Deus,

Não importa o rumo da sua estrada,

Nem que seja escasso sua visão,

Todas te levam a uma só direção,

Pra te louvar com inabalável fé,

Em tua santa pregação.

 

 Ricardo Sales.

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UM RIO QUE JÁ FOI CHAMADO DOCE.

Um dia o chamaram de Rio Doce,

Um rio com alma abençoada,

Água purificada pra se beber,

Cardumes em fartura pra se comer,

Vastos pastos vivos ornamentais,

Criaturas vivas te cultuando em vitrais,

Abençoados pelos verdes exuberantes,

De tua soberba vitalidade dos teus leitos,

Este imaculado e divino por Deus.

 

Um dia foste dócil e frágil,

Hoje como uma mágica atroz,

Teus leitos de rejeitos minerais,

São teus perversos carrascos imorais,

E teu choro em prantos de lamentos,

São lágrimas em tons avermelhados,

Fizeram-te um deserto de lama e sem alma,

Onde o caos te fez adormecer,

E tão cedo não te vejo acordar doce.

 

 Ricardo Sales.

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QUAL A COR DO AMOR?

Qual seria a cor do amor?

Se acaso o amor tivessem cores,

Eu diria que o azul, a cor do mar,

Seria quando tudo estivesse um mar de rosas,

Tudo seria perfeito como num conto de fadas.

 

O verde seria aquele da fase do conhecimento,

Das descobertas e promessas mútuas,

Dos segredos revelados e os não ditos,

Das carícias ousadas e juras de amor,

O tão sonhado romance enfim chegou.

 

A cor marrom seria das incertezas,

Dos desencontros, dos medos e assombrações,

Que às vezes os relacionamentos atraem,

Deixando-os sempre em segundo plano,

Vingando apenas as aparências do perfeito amor.

 

O vermelho seria a cor do apocalipse,

Seria o ápice da decepção e da dor,

Onde os olhares são espadas afiadas,

E as palavras o punhal vingador,

O amargo do outrora saboroso amor.

 

Ah! O amor!

Com certeza não tem uma cor,

Ele é uma mistura de todas as cores,

Onde um dia florescem lindas flores,

No outro a ilusão do eterno amor.

Ricardo Sales.

 

 

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LEMBRANÇAS

 

Deixe-me apenas uma flor,

E que seu afoito perfume,

Seja sua presença sensual,

Que é a essência,

Desse eterno amor.

 

Deixe-me apenas um papel sem cor,

Escrito a mão sem pudor,

E tuas letras serão minha senha,

Da minha cruel saudade,

Que retém todo o teu amor.

 

Deixe-me apenas tuas lembranças,

Para que em alguns momentos,

Lembrem-me desse mágico amor,

Que por mero prazer,

O destino nos separou.

 

Deixe-me apenas,

Apenas...

O poder de te lembrar.

 

 Ricardo Sales.

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AVENIDAS, RUAS, ALAMEDAS E VIELAS.

 

Vislumbro meu mundo por avenidas, ruas, alamedas e vielas,

Estão sempre cheias de vidas, vidas que pulsão,

Por elas passam passos,

Apressados, lentos, trôpegos,

São eternos caminhos,

Uns vem, outros vão,

Mais sempre por elas caminham.

 

Às vezes não se dão conta que elas existam,

Que guardam tuas memórias,

Contam-te histórias,

Fazem-te pertencer a elas,

São teus cúmplices,

Te teus anseios ou sonhos,

Impossíveis ou possíveis.

 

Fazem-te sorrir, chorar, meditar,

Explodir de emoções,

São nossos caminhos, nossa rotina,

São buscas incessantes,

Que às vezes nunca chega,

Mais por elas passam vidas,

Não importa a felicidade.

 

Elas simplesmente passam,

A mercê da vida,

São elas que te trazem e te levam,

Num frenesi de vai e vem incessante,

Às vezes estressantes,

Mais são elas que nos guiam,

No amanhecer ou entardecer de cada dia.

 

 Ricardo Sales.

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MEU CANTO

 

Leve meu canto,

A qualquer canto,

Seja que canto for,

Mais não deixe,

Que meu canto,

Seja somente de santos,

Ou de encantos,

Que levem a encontros,

E desencontros,

De amores platônicos,

Atônicos,

Bêbados de emoções,

Que destroem ou fascinam,

Infinitos corações.

Ricardo Sales.

Saiba mais…
CPP