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CARA A CARA COM SAM – LILIAN FERRAZ

 

CARA A CARA COM SAM – LILIAN FERRAZ
Para dar seguimento o quadro de Entrevistas, convidei a simpática poetisa Lilian Ferraz para ser entrevistada,e claro, vamos conhecê-la de maneira mais profunda.
Obrigado por ter aceito o meu convite de participar do CARA A CARA COM SAM!
É uma honra tê-la aqui conosco Poetisa Lilian Ferraz!

LILIAN FERRAZ: Eu que agradeço a oportunidade concedida, pois apesar de estar participando da Casa com os poetas lá cadastrados, não me via nesta cena de ser entrevistada, porque não tenho um caminho literário como os demais. A honra é toda minha e espero poder retribuir com carinho a esta atenção a mim oferecida.

S-M: Você acha que a sociedade já aceita melhor a pessoa que sente atração por pessoas do mesmo sexo. O que você diria para aqueles que ainda se escondem socialmente por medo do preconceito social?
LILIAN FERRAZ: Sim, creio que as pessoas estão aceitando melhor estas parcerias diversificadas em termos sexuais que se apresenta na sociedade contemporânea, claro, temos casos de preconceitos e estamos ainda "engatinhando" no que tange a mudança de paradigmas, sobre quaisquer assuntos, e os de ordem sexual que tem esta conotação mais familiar, encontram mais barreiras a transpor. Houve tempos em que era tabu se falar ou mencionar tais preferências sexuais, hoje vemos que é possível esta liberdade, com certas ressalvas em alguns ambientes ainda mais ortodoxos na educação e visão do núcleo familiar.
Sobre minha sugestão aos que temem o preconceito e retaliações por assumirem sua posição, eu como uma pessoa que não tive a experiência deste caso próximo a mim, posso somente, orientar a procurar uma ajuda, seja ela de cunho profissional ou mesmo um professor, um amigo com mais experiência, para conseguir elaborar este assunto de forma mais assertiva e assim, com mais segurança, conseguir depois assumir a preferência, junto aos familiares, amigos e pessoas do trabalho. Sei que parece meio pueril, mas sempre que tem se dar o primeiro passo, mesmo que pareça pequeno, já é um avanço.


S-M: Os animais têm uma vida melhor no circo ou se estivessem no seu hábitat?
LILIAN FERRAZ: A natureza como um todo, é perfeita e tem um ciclo. Os animais fazem parte da cadeia natural da vida, e claro, o habitat deles é o ideal, fora disto, quebra-se o ciclo, e há uma prevalência da espécie humana, ditando normas e alterando o conteúdo. Sabemos ser quase impossível manter esta cadeia da espécie de forma natural, e assim vemos animais sendo criados em cativeiros, para não sofrerem extinção, e muitos deles, já são...temos o exemplo do tigre siberiano e outros tantos. Circo não é uma boa opção, pois ali os animais são meras atrações para arrecadar dinheiro e praticamente são mal tratados e depois que não são "rentáveis" são abandonados e largados a esmo, como um trapo velho.
O habitat é o melhor, mesmo com caçadores á espreita e toda sorte de desventuras devido a devastação ambiental (queimadas e proliferação de moradias urbanas), o que afeta a vida dos animais em questão. O ideal seria manter o habitat e conseguir preservar sua existência nele, o que sabemos ser oneroso e quando recai no poder público, não notamos o interesse muito interesse neste tema, apesar da proliferação do discurso: Salve a Natureza.


S-M: Quando está sozinha em casa, sente liberdade ou solidão?
LILIAN FERRAZ: Só para dar uma ênfase nos itens, ficar só é diferente de se solitária, a solidão é algo que nos envolve vez por outra e faz bem, creia, eu vejo assim, a solidão te faz repensar em muitas coisas e te leva a uma viagem interior que faz um bem enorme ao ser ter este contato com seus próprios conteúdos. Liberdade é fazer o que se quer e quando se quer, em casa sozinha sinto-me livre, pois faço o que quero, quando quero, e se não tenho ânimo ou vontade de limpar, cozinhar, vou fazer outras coisas que me tragam prazer imediato.

Em casa, sinto-me livre, quando estou só, pois posso expor meu jeito mais mandrião e folgado sem ter olhos me espiando, me cobrando e me rotulando.
Respondendo, depois de tanta prolixidade, sinto liberdade.


S-M: Como podemos deter e reverter a crise climática que estamos passando?
LILIAN FERRAZ: É um tema alarmante hoje em dia, e que gera polêmicas, mesmo entre os acadêmicos e estudiosos do assunto. De minha parte, creio ser necessária uma conscientização bem pontual acerca do que realmente causa essas mudanças drásticas e como pode-se amenizar seus efeitos. O clima tem esta peculiaridade, segundo estudiosos, que de eras em eras, alterna violentamente, causando tempestades, seca e consequentemente, escassez de alimentos. Uma ação global voltada a manter ilhas de isolamento térmico, matas preservadas e os mananciais hídricos, sendo aproveitados de modo favorável e racional, talvez isto amenizasse o impacto, mas deter ou reverter, não creio ser possível, como eu disse, tem polêmica no assunto, e até os catedráticos batem cabeça sobre esta questão.


S-M: Hoje, para quem tem interesse em escrever poesia, o que você aconselha fazer?
LILIAN FERRAZ: Vá em frente! Avante! Se quer e gosta escreva, vejo tantos nomes surgirem aqui, ali e acolá, e cada um com seu jeito e estilo vai trilhando o caminho, uns se lançam a frente e com gana de vencer a qualquer custo - como se houvesse uma disputa - vão passando como"senhores da lira",outros mais temidos, vão devagarinho ganhando leitores e sendo então pelo carisma apreciados,de qualquer forma, se quer e se gosta, se lance e escreva. Sempre vale a pena fazer uma poesia e expor para alguém ler, mesmo que no início seja muito restrito o campo de atuação, é um ganho que compensa. Eu, falo por mim, escrevo pouco, público pouco, e sou menos visível por isso, porém já é um ganho, ser lida e comentada, como sou aqui na Casa. Gratificante!


S-M: Para um jantarzinho amigável, você convidaria Donald Trump presidente dos Estados Unidos? Ou a Rainha Elizabeth II do Reino Unido?
LILIAN FERRAZ: Sou muito simples e também sem requinte, essa coisa de "pompa" e "protocolo" eu sei que é necessário, mas é algo que engessa qualquer diálogo ou relação seja, ela profissional, social ou pessoal. Em virtude disto, eu convidaria o espalhafatoso Donald Trump, apesar da dinheirama dele e toda fama, ele mesmo quebra protocolos e age mais no nível da conversação informal. Deixaria a etiqueta inglesa com todo seu formalismo e pontualismo britânico de lado, certamente o tipo de interação livre destas amarras seria mais fluido e até mais proveitoso.


S-M: Tenho que aproveitar esse momento em que todo mundo está querendo saber o que ajuíza a mulher Lilian Ferraz.
01- Seja afetuoso, sem ser efusivo.
02 - Seja civilizado, sem ser submisso.
03 - Seja cortês, sem ser enxerido.
04 - Seja amante, sem ser ausente.
Com qual pergunta você fica? E por quê?
LILIAN FERRAZ: Não gosto de gente enxerida não, é algo que me incomoda muito. Sabe aquela pessoa que se mete em tudo, e quer dar pitaco em tudo, se arvorando como a detentora da sagacidade e sabedoria, para mim, não cai bem. Temos que ser gentis, sim e cuidando para não invadir o espaço do outro, pois tem algo que chama-se privacidade, e mesmo sendo amigos, tem que dar esta liberdade ao outro, de decidir sobre sua vida.

Podemos orientar e opinar, não acho errado, principalmente, entre amigos e pessoas queridas,mas tomando o cuidado de não sermos invasivos demais. Isto é muito constrangedor, eu acho. Opine, indique, critique, aja, fale, cite, mencione, mas tem um limite, o da prudência e cuidado com o outro; se estiver havendo desconforto nas interações, devemos recuar e ponderar nossas atitudes para com o outro, pelo menos na minha visão.


S-M: Será que o dinheiro pode atiçar o nosso medidor de felicidade?
LILIAN FERRAZ: Claro que sim! Se alguém diz que não, é aquela coisa romanceada de idílios e textos tão amorosos, que dói, rrrsss. O dinheiro não é um mal, pelo contrário, ele nos faz bem, o que faz mal é como se usa, e se faz uso dele para o bem viver, sem depreciar ou intimidar pessoas com ele, fazendo-se valer pelo poder que ele gera, descartando isto,claro que atiça e faz bem. Tenho casos em família, sobre isto, se eu tivesse dinheiro suficiente, talvez e posso até te garantir com grande margem de segurança, minha família teria vivido bem melhor. Saúde é o que faz os seres humanos mais estáveis e harmoniosos, porém o dinheiro amplia estas qualidades e se bem usado, para ajudar e doar a quem de fato precisa, somente faz o nível de felicidade ser mais alto e amplificado. Podemos fazer um passeio na praça aqui da cidade, à tarde, tomar sorvete e conversar amenidades, estamos felizes naquele momento, efêmero e marcante; se eu puder tomar sorvete e passear numa praça da Itália ou Espanha num final de tarde, com os mesmos coeficientes da situação anterior estarei também feliz, só que de forma mais amplificada. Então, sim!


S-M: Qual ação que precisamos adotar? Para eliminar a estrutura criminosa organizada pelos não-indígenas ruralistas, grileiros, proprietários de títulos ou contratos de posse, que não são os verdadeiros
donos das terras!
LILIAN FERRAZ: Em primeiro lugar, sei que o discurso vigente vai em outro sentido, porém eu como cidadã, e não conhecedora das leis vigentes desta causa, sem fazer parte de um segmento partidário ou ambientalista/ativista tenho apenas uma visão externa do problema, partindo deste princípio, creio que haja uma má vontade por parte de integrantes do poder público que detém de forma maioral, a decisão sobre estas investidas em terras brasileiras. Somos uma nação indígena, africana,e tantas outras denominações de nacionalidades, e no caso dos índios, a corte máxima da justiça brasileira, já interveio nesta seara, com a legalização da Reserva Raposo do Sol, uma área extensa e bem dotada de recursos minerais e vegetais, o que ocorre, é que os índios, em sua maioria, querem coisas mais urbanizadas e cedem sua posse e chegam a trocar espaço por facilidades do mundo moderno. É uma verdade! Pode parecer estranha, mas é uma verdade. Tanto se fala em indígena e queimadas, e o que se faz para isto, é dar o território para certas tribos e depois estes mesmo, se desfazem e deixam os "grileiros" e madeireiros explorarem em troca de coisas materiais mais aprazíveis nos dias atuais.

Creio, que enquanto houver esta política perniciosa que faz a imagem do índio de um ser que só quer contato com a natureza, vamos ter esses disparates, cedemos as terras, e eles os índios, cedem aos "aproveitadores" e plantão, e quando não cedem espontaneamente, são ludibriados com promessas que nunca se concretizam. Qual ação adotar? Categorizar as tribos, demarcar territórios (o que já foi feito) e equipar o órgão responsável pela fiscalização de áreas remotas e de proteção ambiental, como as reservas indígenas, para que assim possam, atuar de forma eficaz no combate a essas transações fraudulentas e que geram prejuízo a nação. Técnicos, operadores do direito, pessoas envolvidas em entidades que detenham um certo Know - how no assunto podem opinar a ajudar a manter espaços aos índios e não deixarem que estes depois venham a se desfazer das terras ou sejam usados como "massa de manobra" em certas ações eleitoreiras e que sempre trazem um cunho pejorativo ao que se entende por demarcação de terras indígenas e apropriação indevida de terras por parte de exploradores.

 

S-M: Quais são os hábitos e rotinas da escritora Lilian Ferraz?
LILIAN FERRAZ: Tudo simples, demais.
Acordo cedo, chamo meu filho para escola, vou para o trabalho e depois do expediente, faço as tarefas do lar e sempre que posso, vou na casa de meu pai, ajudar em algo que ele precisa.
Leio e escrevo poesias no período da manhã, para mim o mais produtivo neste campo da escrita, posso dizer sem sombra de dúvida, que sou uma mulher matutina.

Agora não estou matriculada em nenhum curso oficial, portanto me sobra mais tempo. Horas vagas, leio, ouço música (acesso o youtube com frequência para isto). Cuido de minhas flores, tenho gatos de estimação e gosto de passear e tomar sorvete num dia quente ou café num dia frio e chuvoso.
Assim, sem muitos improvisos, e prefiro assim, a rotina é bem simples, claro sempre surgem os danados dos contratempos, e de uns tempos para cá, tenho sido privilegiada, rrrssss... surgem vários, mas se vão e fico eu novamente na rotina, casa, trabalho, família, lazer e casa.


S-M: A prótese dos seios e a prótese glútea, é mais moda ou necessidade?
LILIAN FERRAZ: Eu realmente, não sei...pois eu vejo uma enxurrada muito grande de propagandas que visam a melhorar a estética de uma modo geral, e claro, qualquer pessoa quer melhorar, mesmo aquelas que se dizem autossuficientes e que são possuidoras de uma autoestima elevadíssima, no seu íntimo, tem a carência de algo que lhe falta esteticamente, mas como elas aprenderam a lidar com isto, disfarçam e desmentem , sendo vistas como pessoas resolvidas, e a meu ver, tem muito de moda sim, porém sabemos que em alguns casos, a pessoa tem uma necessidade tão grande disto para se completar como ser verdadeiro no mundo, que fica muito difícil eu elencar uma atitude. É moda, mas devido a carência emocional tão grande do ser, para ele é uma necessidade.


S-M: O que você diz de uma pessoa que pensa grande, acerta na mosca e é ousada? LILIAN FERRAZ: Coragem! Determinação! Sorte! Inspiração! Acho que junto tudo isto, e acho que o fato sorte existe sim, pois tem situações que fogem ao controle do ser de modo prático. Há diversas correntes que pregam que há a questão do movimento do Universo e tudo que atraímos, creio sim, que há, mas a sorte vem a galope neste meio, embora eu nem saiba explicar, pois não sou estudiosa do assunto. Então, uma conjunção de fatores implica em sucesso para uma pessoa assim descrita no perfil, e temos exemplos diversos na mídia que comprovam isto.


S-M: Meu nome é Telmo de Castro já tive um patrimônio de R$ 800 milhões, e uma renda mensal de dar inveja ao mais humilde dos mortais. Troquei tudo pelo álcool, drogas, sexo, e jogo de pôquer em Las Vegas, meu dinheiro simplesmente desapareceu! Hoje eu sou morador de rua! Você pode me dizer, por favor, que caminho devo seguir a partir de agora Lilian Ferraz?
LILIAN FERRAZ: O caminho do bom senso. Sei que depois de ter o mundo ao seus pés e perder tão facilmente, é muito difícil traçar este rumo,mas é o que sobra nesta situação onde houve extravagâncias e muitas facilidades que o levarão não ser prudente com o fator tempo e se iludir com a bonança do momento.
Bom senso para se reequilibrar, depois de um tombo é necessário aprender a se levantar, se reequilibrar, para enfim voltar a caminhar, a passos diminutos, no começo, mas sempre é assim, toda caminhada começa com levantar o pé, o inicial. Depois, ir aos poucos se restruturando e inserindo novas possibilidades de bem viver, usando sempre o bom senso.


S-M: A poetisa concorda que às vezes, as perguntas são mais importantes que as respostas?
LILIAN FERRAZ: Sim, dependendo de quem faz as perguntas, rrrrrssss... tem perguntas absurdas que causam espanto e acabam por encerrar um diálogo. Tem perguntas perspicazes que são feitas de modo inteligente levando o interlocutor a responder o que o outro deseja, ou inferindo de tal forma sutil, que a pessoa não consiga entender a proposta inicial e se deixe levar por outro contexto. Tudo depende de quem fez a pergunta e de como foi feita, o pessoal que trabalha com marketing sabe bem disto.


S-M: A cada duas horas uma mulher é morta no Brasil. A maioria é vítima de feminicídio. Se uma mulher, porque é mulher, e ela nessa condição é morta, então estamos diante de um caso de feminicídio essa realidade é triste e inadmissível, que precisa ser mudada. Lilian a pergunta é! Você concorda que não é quantidade de pena que resolve as coisas, mas a qualidade dela?
LILIAN FERRAZ: Percebemos que a sociedade evoluiu, mas ficamos com um pé lá trás na barbárie, com mutilação e morte de animais sem propósito e no caso de ser humano, com crimes hediondos e que nos causam repulsa a cada nota no jornal. Sobre o feminicídio, vemos casos todos os dias, e são diversos enredos, mas sempre uma mulher sendo morta e devido a brigas, desavenças e motivos banais, pois há a intolerância no que tange a decisões contrárias , e a pessoa que tenta se livrar disto, acaba por vezes sofrendo o mal maior, o que é inconcebível.
As penas devem ser mudadas e para isto temos que cobrar os legisladores para que seja feita uma reforma na legislação penal. Não adianta prender o sujeito a 30 anos de cadeia por este crime hediondo, e ele conseguir progressão de pena, com direito a cumprir em liberdade, depois de 1/6 da pena, se tiver bons antecedentes, também é privilegiado, e caso tenha filhos menores ainda consegue outras regalias, e assim a pessoa morta, fica esquecida pelas leis, e nada trará a vida de volta, mas uma pena rigorosa e que seja realmente cumprida, seria uma alternativa para não deixar proliferar esses casos. Vemos casos estarrecedores, de pessoas formadas, ricas, bem entrosadas socialmente, que enveredam por este caminho, após uma briga de casal. Deve haver um rigor maior com a pena para coibir o máximo possível essa barbárie.


S-M: O que não se deve fazer pressionar os outros, ou não se importam com seus erros do passado.
LILIAN FERRAZ: Eu sou uma pessoa pacata então qualquer tipo de pressão me incomoda, deve ser por isso, que não escolhi fazer medicina ou enfermagem e trabalhar em Pronto Socorro. Não faz parte da minha natureza.
Erros do passado, todos tem, duvido aquele que fale que nunca errou ou que seja tão seguro a ponto de dizer que isto não o incomodou por um certo tempo, claro que sim.
Não pressiono ninguém, nem mesmo a mim mesma, e aproveitando o verbo que você usou, acho que não devemos nada em relação ao outro, apenas nos propomos a auxiliar, citar, traduzir a expressão e se o outro quiser, podemos sim, fazer o movimento no sentido de ajudar de alguma forma, mas sempre sem pressão.


S-M: Existe homens machistas que acreditam que a mulher é mais fraca e menos capaz, o que é absurdo. Por que os machista se sentem superiores às mulheres?
LILIAN FERRAZ: Na minha visão é atávico, há algo mais intrínseco e que antecede há muito nosso tempo, são nuances da personalidade do ser e que fazem parte do processo de formação e educação. Sabemos, através de estudiosos no assunto, que o ser se desenvolve ao longo da vida, sendo suas experiências marcas que aderem à sua a personalidade, isto incluindo, conceitos, preceitos e toda informação familiar que nele é introjetada.
Ao longo do tempo, o homem (macho) deteve este poder na trajetória da civilização, que foi diminuindo no final do século XVIII e com a Revolução Industrial houve um "boom" de mudanças comportamentais devido as reformulações que se fizeram no núcleo familiar, com a entrada da mulher no mercado de trabalho.
De lá pra cá, foi como um Tsunami, houve crescimento de mão- de- obra feminina, participação mais ativa desta nas decisões do lar, o que gerou mais influência da mulher nos esferas econômica, social e política da sociedade.
Falei em atavismo, pois num simples olhar ao longo do processo histórico, vejo que mesmo com toda exponenciação feminina e todo avanço conquistado, fica um ranço masculino, que carrega consigo algo mais pesado e ultrapassado, pode até ser que uma feminista venha a desmentir minha opinião, com argumentos mais sólidos e consistentes, porém como vejo que na educação familiar, vem sempre este viés machista, mesmo tendo palestras, textos em escolas primárias, filmes e toda sorte de informação sobre o assunto,me resta apenas, crer que sim o atavismo tem lá sua grande parte de culpa nesta oposição fantasiosa ( homem x mulher). Isto não significa que seja algo sem modulação, tem sua tendência e a educação vem com este apelo patriarcal, porém as ações em prol da valorização e equiparação de funções, direitos e deveres de forma cônscia e sempre esclarecedora pode eliminar de vez esta dicotomia que ainda insiste em ser mantida por uns tantos homens de forma arcaica e retrógrada.


S-M: O que você acha que mudou no seu processo de escrita ao longo dos anos?
LILIAN FERRAZ: Comecei tardiamente a escrever para expor, antes somente escrevia em cadernos e diários, e muita coisa se perdeu com o tempo. No processo desde que iniciei, vi que antes eu não tinha preocupação com o teor dos textos, coisa boba, mas é verdade. Escrevia a esmo, o que literalmente, me vinha à cabeça, hoje não, fico mais ponderada e me finco em ser mais seletiva para o vai para o papel e depois para leitura de outrem.
Antes, uma escrita mais "aberta" e sem muito o que desvendar, hoje algo mais interpretativo e talvez por isso, menos conclusivo, pelo menos a primeira lida.


S-M: Em que ponto você se sente à vontade para dar conselhos para um casal que está com sua relação desgastada?
LILIAN FERRAZ: Cada caso é um caso, é bordão antigo e clichê, mas que vale em tudo. Não posso aconselhar nada e também não o faço, pois cada um sabe o que se passa consigo e também, o que traz em seu ser, que o mantenha nesta relação, não cabendo a mim, de fora, sem autorização (um terapeuta, tem esta autorização, para viabilizar a tomada de consciência), e sendo assim, nada diria, pois há fatores tão íntimos que não são de minha posse para citar ou elencar alternativas na situação. Cabe a cada ser procurar o que mais lhe atraia e sinta-se à vontade para tentar elaborar essas questões, seja um religioso, um profissional que atue com terapia de casais, uma pessoa da família a situação e possa indicar um norte, com mais propriedade, eu de certa forma, apenas diria, se está desgastante, procure uma alternativa que o ajude a lidar com a situação.

UM PEDIDO CLÁSSICO DO CARA A CARA...
FAÇA SUA LEITURA NESSA IMAGEM!

 

Destruição. Desorientação. Desolação.
Tudo perdido num mar de entulho e água.
O mundo caído de forma incompreensível
Aos olhos espantados de uma criança.
Vejo a vida em agonia.
Sensação de impotência.  

 

 

MÚSICA DE FUNDO
My Way - Na voz de Frank Sinatra,
Acho um louvor ao que vivemos,
Com nossos defeitos, erros
E falhas, seguimos.

DEIXE AS SUAS CONSIDERAÇÕES
Bom, quero te parabenizar Sam, por este espaço na Casa dos poetas, com as entrevistas bem elaboradas, eu li algumas, e ali fiquei conhecendo e me encantando com pessoas que eu pouco lia. Parabéns pela sua proposta literária bem enquadrada nesta seara virtual.

No meu caso, foi bom interagir desta forma, confesso que a princípio não me sentia muito à vontade, mas depois que recebi as perguntas e fui me centrando nos temas, ficou mais fácil e tudo fluiu de forma mais leve. Geralmente, entrevistadores assustam um pouco, deve ser isto, ficamos com a impressão de estarmos sendo "escaneados", passado o "espanto" inicial, foi bem interativo e creio ter respondido com clareza as perguntas, apesar de ter sido um tanto prolixa.
Minha Gratidão!

Finalizando registro mais uma vez, os meus agradecimentos
A Lilian Ferraz pela atenção e carinho que dedicou,
AO CARA A CARA COM SAM.
Abraços hollywoodianos
Até a próxima entrevista!

 

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CPP