Posts de Sirlanio jorge Dias gomes (220)

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PROPÓSITO

A sua intensidade do olhar,
Despojado num belo sorriso,
Revela em mim confidências,
Há muito guardado neste eu,
Romântico peregrino urbano,
Embalado por vozes dantescas.
Abro a porta e saio sem destino,
Na esperança que eu te encontre,
Num lugar qualquer a meu gosto,
Enamorando-se da esperança,
E que seja quem a há muito desejo,
E me decifre na unicidade de um beijo,
Ou me afugente por ter cometido,
No calor da solidão tamanho desatino.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Amo-te

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Amo-te além do tempo,
Amo-te no encontro,
Na simplicidade de um beijo,
Na forma poética que me tocas,
Nas palavras de um gesto,
E no silêncio da paixão.
Amo-te quando me declamas,
Na palavra viva chama
Reflexo de nós dois,
Na vida que se revela,
Em seus nós de vento.
Amo-te,
Quando a mim me faz amar,
Nos repertórios de vidro,
Tão frágeis quantos as certezas,
De promessas confessas.
Amo-te nas imperfeições,
Nos pontos cegos da jornada,
Afeito em sonhos e desilusões.
Amo-te ousadamente,
Sem temer a perda,
Sabendo que o amor,
Vulnerável em suas indagações;
É somente amor e nada mais.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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VALSA DAS BORBOLETAS

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Lepidópteras fádicas em sinfonia,
Revoluteiam no ar sob o imenso céu,
Pulsando entre as flores,
Beijando a vida em si tão curta,
Dançando entre as cores,
Ensaiando a eternidade tão bela,
Efêmera alegria de um par de asas.
Bailam freneticamente,
Ornando sonhos em alegria,
Despertando sorrisos,
Imitando o paraíso,
Imensidão multicoloridas,
Sublime poesia.
Verseja a crisálida em silêncio,
Toque de Deus em bela arte,
Aformoseando o infinito das coisas,
Metamorfose de inspirações,
Aquarelas perfeitas,
Inefável pintura celeste.


Sirânio Jorge Dias Gomes

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SONHOS

Todo mundo tem um sonho,
Todo sonho tem um mundo,
Mundo entre outros mundos,
De vozes mudas ou surdas,
De palavras vivas ou mortas,
Esperando que se abra a porta,
E se revele as emoções.

Todo sonho tem um ser,
Ao menos deveria ter,
Do coração ao querer,
Um desejo que valha a pena;
Da alma a cantilena,
E em tudo não se perder.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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ALÉM...

Ao silêncio de olhos oclusos,
Recolhe o ser sob a inquietude
Da sonhada paz magnitude,
Sereno respirar em tempos confusos.

Da peleja resoluta a solicitude
Bravo viver em passos infusos,
Forjado em prantos profusos,
Na glória da grata virtude.

Além do existir, a dignidade;
Marcada em laços quebradiços,
Do tempo que a consome.

Na tristeza a desigualdade,
E nas mãos castigadas o viço,
Desabrochando o valor da simplicidade.

Sirlãnio Jorge Dias Gomes

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Adeus

Arbítrio refúgio em alva noite,
Minh'alma a deriva neste penoso mar,
Porto suplício da minha jornada,
Jugo vicioso dos meus desejos,
Inerte nas sombras longe do cais.
Venere  a luz o meu último riso,
Cousa dúbia neste peito de açoites,
Em seus delírios ósculos da morte,
Penumbra em vendavais ao réprobo,
Fugaz loucura em flores mórbidas.
Aos ventos meu último discurso,
Meu beijo,meu olhar e esta dor,
Fragmentada em rimas tristes,
Prefácio da minha despedida.
Refuta herança meu ser declina,
Neste chão frio eterno leito,
Borrões vívidos displicentes,
Ária mortis do servo desmedido.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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LÚDICO

Em meu exílio de estrelas invisíveis,
Espreita-me a morte em minha agonia.
Vagueio nas lembranças feito folhas ao vento,
Procurando repouso incerto na dança louca.
A lua escondeu-se de mim,
Levando consigo minha coragem.
Me perdi em sonhos de  vidro,
Melindres de um bêbado no porre da vida.
Sou um saltimbanco sem expectadores,
Um joguete nas mãos do destino.
Brinco de esconde-esconde com a felicidade,
Distraído  numa soberba insuportável.
A desgraça se diverte extrovertida,
Enquanto procuro alento na esperança.
Eis um palhaço numa tristeza vagabunda,
Catando ao chão risos perdidos.
Num canto qualquer jogo meu corpo,
Desolado,maltrapilho visionando estranhos.
Sem pensar em nada me levanto,
Rio de mim mesmo.
Em minhas mãos uma garrafa vazia,
Mas cheia da minha vida arredia.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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LITÍGIO

Sei que existo,
Finitude infinita,
Solícito firmamento que me abriga,
Andejar revoltosa fuga,
Sombra de outras sombras,
Louco disfarce de humanidade.
Mira o poente minha ilusão cansada,
Beijo o pó meu manto,
Quando abro a janela,
E abro a porta,
Destino incógnito vício,
Caminhar entre as alcateias,
Sorrateiros amigos entre sorrisos.
Tantas mãos empunhando facas,
Entre perfume e morte,
Pés vacilantes tal vaidade,
Casamata de estranhos,
Irmãos sem rosto,
Ouro de tolo trazem,
Vil pecúlio da solidão.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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LILÁCEAS

Purpúrea libido o amor beija,
Veras de infindas matizes,
Teus sentidos osculam o desejo,
Violáceo silêncio enredado,
Corolas aos olhos aufere.
A luz revestido manto,
Erma beleza de encantos,
Tez velada afaga
Fausto bulbo ameigado.
Negro véu azulada noite,
Secular elegância encobre,
Vigorosa flor encena lança,
Alvitre sentido avista.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Decrepitude

O meu espírito bravio martírio
Faina que advoga o ócio,
Apogeu da velhice a vozear,
Cintilar do meu turvo olhar.
O vigor alquebrado fere,
Esperançoso manto verdejante,
Perecendo o delgado alvor da vida,
Face descorada que cultuo.
Intrépido amor impoluto,
Agonia velada em cada ruga,
Acerbo tempo lúgubre tedioso,
Adversa dor do meu lamento,
Adjutória esperança guardo.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Convergente

Vívidos laços de amor atesto,
Alma e corpo vertente,
Eternidade de querer confesso,
De te amar loucamente.

De nós o ocaso reluzente,
Cujo querer em si modesto,
De todo se fez inocente,
Desta pureza fiel gesto.

Repousei na esperança,
Pleno sentir em desejo perene,
Manto imortal da lembrança.

No casto amor sobrevivi,
E no tempo estampei,
A alegria de tê-la amado plenamente.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Colóquio

Lá fora há um dia insolente,
Coisas demais sob o céu,
Incongruência de mim,
Metáforas disformes do medo,
Expressões indecifráveis,
Furtiva banalidade da dor.
Ludíbrio da vida?
Queria abraçar as estrelas,
Sentir o infinito que surpreende,
E gritar bem alto,
E acordar o meu universo.
Me vejo na multidão,
Me fundindo ao caos invisível,
Ao poder mortal,
Em meio a olhares dispersos,
Num breve silêncio do outro lado.
São tantas paradas imprevistas;
Bifurcações do destino,
Que mais cedo ou tarde,
Nos revelará o segredo.
Sigo em frente,
Entre bons e maus momentos,
Lendo as memórias impressas,
Discrepâncias de um longo tempo,
Entre pedras,espinho e flores,
Matéria prima de várias pontes,
Do meu mundo indizível.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Confluência

Não morra antes de amar,
O sol das minhas manhãs,
Partículas de felicidade,
Abraça-me forte,
Aconteceu,
Como esquecer?
O calor do coração,
sob o vento do amor,
Desejos,eternidade,
Seria utopia?
Acaso,
O infinito dos sonhos,
No seio do seu amor,
São coisas que levarei comigo,
Emoções,desapego,
Nosso tempo,
Construindo passos,
Para além da distância,
Nos subúrbios do tempo,
Aprendendo com as estrelas.
Teu corpo pedindo os meus beijos,
Sou poema,
Eu amo te amar,
Teu amor traduz,
A força dos meus sonhos,
Acorda e vem me amar,
Na madrugada,
Na noite fria,
Sussurros ao ouvido,
O som do amor,
Luz para os meus pés.
Anjo azul,
É preciso coragem,
Para sair do rascunho,
Obras do poeta,
Na toada dos silêncios,
Polissemia amorosa,
Tua poesia em mim,
Um mesmo sentir,
Encontro,fantasia,
Esperança,catarse,
Inspiração adormecida.
Quando o coração,
A folha em branco,
Me ensina a viver,
O olhar dela é quem diz,
As frases,provocam,
O poeta que não finge,
Que cavalga buscando a paz,
E se inspira na menina,
Que amava o mar e chorou,
Lindo Murmúrio de Deus.

Autor:Todos os poetas citados(Homenagem a todos os poetas da casa)

Nota:Embora tenha escrito esta poesia,a fiz inspirado em vários poetas desta casa,pelos títulos de suas obras.A saber: Eudália Alves Martins,ZK Feliz,Luly Diniz,Frederico de Castro,Norma Aparecida,Gláucia Amaral,Marsoalex,Elisa Sales,Maria Aparecida Mancebo,Francisco José Távora,Cristina Maria Afonso Ives Duar,Marcos Molica,Nina Costa,Geraldo Coelho Zacarias,Marta Buscoli,Gilmar Santos,Alexandre Montalvan,San Moreno,Everaldo Magalhães,Mena Azevedo Leite,José Carlos Ribeiro,Sidnei Piedade,Ricardo Nunes Sales,Thiago Rodrigues,Ciducha,Meire,Livita Silva,Edith Lobato,Prieto Aguilar,Rodrigo Luciano,Edvaldo Rofatto,Cláudio Antônio Mendes,

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Letargia

Aonde vais animal indômito,
Nestes passos letais,
Vociferando insanidades,
Beijando a obscura morte,
Nos vendavais da alma?

Não sabeis vós que sois de carne?
E que a dor inflamada em si,
Subjuga o vossa espírito,
Da liberdade á consciência,
Até os confins do universo?

A ignorância que o anima,
É a ponte do teu desfortúnio,
Brasas queimando a boca,
E grilhões que o assaltam,
Do amor que profanas.

Aonde vais nesta louca humanidade,
Absorto em delírios mortais,
Fardos agonizantes em seus vícios,
Sufocando o juízo em seus ditames,
Abortando o ser em vendavais de ira?

Aonde vais.....
Por não compreender,
Sem perceber o ser,
Em suas dimensões transitórias,
Em sua finita história,
A Nossa imagem e inconstância?

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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