Posts de Sirlanio jorge Dias gomes (220)

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Vestígios

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Gritei teu nome em silêncio, 
Muitas noites tentando entender, 
Porque nos perdemos apaixonados, 
Tantos momentos juntos, 
Sepultados no esquecimento, 
Perfumado pela dor da saudade. 

Tantos olhares entre sorrisos, 
Céu azul confidenciando sonhos, 
Noites desenhando sabores, 
Gestos em promessas corporais, 
Tudo se foi num piscar de olhos, 
Deixando apenas a tempestade. 

Lugares cintilantes na memória, 
Detalhes de uma linda história, 
Pincelados no quadro da vida, 
Agora borrado pela angústia, 
Diante de uma música triste, 
Dançando ao vento da recusa. 

Quantas vezes não me ouviu, 
Nem se quer enxergou-me, 
Tornei-me invisível ao seu descaso, 
Este incansável mundo de enganos, 
Que friamente sangrou-me, 
Enclausurando-me ao amor.


Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Pecado

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Foi a rosa causa do teu encanto, 
A ofereci como quem poetiza o amor, 
Teus olhos sorriram brilhantes, 
Acenando com os lábios o convite, 
Quando de mãos estendidas, 
Recebeu de mim o fresco presente, 
Colhido a pouco no jardim. 

Beijei tuas mãos suavemente, 
Antevisão dos teus braços nos meus, 
Dançando sublimes em sedução, 
Sentindo o perfume dos teus cabelos, 
Distração do meu corpo cativo, 
Em insana loucura atraído, 
Selvageria suave do meu silêncio. 

És uma feiticeira cruel linda donzela, 
Capaz de fazer tremer minha coragem, 
Que de tanto desejo entregou-se, 
Fazendo-me escravo dos teus mimos, 
Deixando meu coração a mercê da tua vontade, 
Espada afiada que me corta a sobriedade, 
Declarado amor meu peito evoca.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Desdém

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De repente... 
Levantei-me da cadeira, 
Inúmeros pensamentos aos olhos, 
Olhei pela janela da tarde ensolarada, 
Para muitos apenas um dia comum, 
Sem que o mundo pare para te ouvir. 

Após alguns instantes, 
Suspirei bem fundo, 
Um copo com água tragou minha sede, 
Figura sedenta do meu ser, 
Delineando entre a razão e a loucura, 
Flertando com a noite morosa. 

A tarde castigava a minha solidão, 
Açoitando-me com a cruel ausência, 
Daquela que um dia ousei chamar de amor, 
Que tampouco se importou em partir, 
Equívoco da vida em trágica epopeia, 
Gritando aos meus ouvidos ensanguentados. 

De repente, 
Nada fazia sentindo entre as horas, 
A fidelidade não foi suficiente, 
A ilusão estrada da tristeza, 
Enriqueceu-a com o ouro de tolo, 
Deslumbre tardio da falsa liberdade. 

Fui o que pude, 
Destreza do verdadeiro amor, 
Levando o que não me pertencia, 
Amanhã quem sabe estarei mais forte, 
Compreenda que as flores murcham, 
Mas a primavera tudo renova. 

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Sentimento

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Já era a noite grata temperança, 
Quando encontrei o teu beijo, 
Tendo tua alma toda nua, 
Vertendo em meu corpo o céu, 
Enlevo do paraíso aos meus lábios, 
Serena afeição que me sossega. 

Cobriu-me teu véu de ternura, 
Feito anjo de asas estendidas, 
Soprando em meu rosto a vida, 
Fartura de amor consumado, 
Quando a saudade impiedosa, 
Insistia na ausência de tua face. 

Meu sorriso fundiu-se ao infinito, 
Evocando a singeleza da primavera, 
Figura da minha alegria concedida, 
Enamorada de beleza condizente, 
Pulsação do meu peito abrasado, 
Ébrio mortal afeito de amores. 

Era a noite de tal modéstia, 
Que a brisa poetizou o tempo, 
Joia adorável de riqueza bendita, 
Dádiva amorosa cordial ensejo, 
Luzente vislumbre fadado, 
Alento da felicidade. 

Sirlânio Jorge Dias Gomes

 

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Malevolente

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Eis o homem abstrata criatura selvagem, 
Lançando ao sulco da terra suas tragédias, 
Empoleirado no arco do mundo feito fera, 
Admirando seu  estranho túmulo, 
Enrugando a obscura face enfermiça. 

Eis o homem replicando homens, 
A imagem e semelhança de seu caos, 
Decompondo-se entre os excrementos do século, 
De mãos dadas ao abismo da arrogância, 
Tratando-se feito irmão, de pútrido sangue. 

Eis o homem recriado pelo deus em si, 
Plantando na terra sementes de fogo, 
A queimar a razão entediada, 
Amando donzelas desfiguradas, 
Gerando filhos bastardos. 

Eis o homem forjando lacunas, 
Amando em seu coração disfórico, 
Escravo de suas mazelas, 
Sociopata caridoso ao seu zelo, 
Odioso benemérito aplaudido. 

Eis o homem, 
Rasgando o ventre que o gerou, 
Patético filho de dúbio amor, 
Estranho ao próprio bem maculado, 
Rastejando entre os vômitos da rebeldia.

Sirlânio Jorge Dias Gomes 

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Jornada

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Quando eu estiver dormindo,
Quero sentar no topo da lua,
Ficar lá como quem não quer nada,
Mas quer todas as coisas do mundo,
Mesmo que seja apenas de faz de conta.

Quando eu estiver sonhando,
Vou brincar de ser poeta,
Plantarei jardim de versos nos planetas,
Sairei correndo no rabo de um cometa,
Até a constelação mais próxima.

Quando eu acordar vou falar com as nuvens,
Pedi-las que guardem meu segredo,
Ser um astronauta não é fácil,
Ainda mais bêbado de ilusões,
Olhando lá de cima o mundo sem rimas.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Fortuna

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Vá coração além de mim,
Declame sem medo o vento,
Cante e voe sem limites,
Espalhe minhas emoções por aí,
Volte apenas quando me encontrar.

Ao chegar estarei debruçado na janela,
Olhando a estrada além das montanhas,
Perscrutando as coisas simples,
Com uma xícara de café nas mãos,
Sorrindo ao mundo sob meus pés.

Pergunte aos pássaros meu nome,
Quando ouvir não diga nada,
Apenas siga seu caminho,
Minha singular existência te espera,
Sentado na varanda olhando o céu.

Ao avistares uma casinha no sopé da montanha,
Diga ao velho homem regando o jardim,
Que amar vale a pena até mesmo na dor,
Ao certo ele te agradecerá com um sorriso,
Siga teu destino até encontrá-lo.

Ao chegar não procure a casa,
Não estará mais lá,
Também não me procure,
Fui embora com meu amigo,
Sem nunca tê-lo deixado.

Ao partir nas aventuras da vida,
Caminhei contigo em todo tempo,
Segui o seu sábio conselho,
Aprendi a amar no silêncio,
Seguindo o por do sol para a eternidade.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Bravura

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Aonde vais audaz guerreiro, 
Não despreze os perigos, 
Já é noite neste coração, 
Siga depois da aurora, 
Na beleza da luz vivificante, 
Sentindo o brilho da vitória, 
Segurança de tua alma andante. 

Bravo é o teu destino, 
Amor cortês que te revela, 
Beija a nobreza os teus passos, 
Cortejando a morte feiticeira, 
Cavalgando entre os teus olhos, 
Encruzilhadas de tua galante coragem. 

Não temas as emboscadas tua fortaleza, 
Empunhe a espada e lute, 
Deixe que o olhar altivo te guie, 
Lisonjeira honra a inusitada morte, 
Galopando entre teu pávido espírito, 
Sorrindo ao teu funeral. 

Que seja digno o último ato, 
Garboso fim ao confidente silêncio, 
Levando nas mãos teu baluarte, 
Espólio luzente do intrépido amor, 
Porta do paraíso ao último combate, 
Obstinada vitória ao céu florescido. 

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Mérito

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Saia do seu mundo,
Deixe-me guiar teus passos,
Solte-se destas amarras viciantes,
Dê-me tuas mãos cansadas,
Sigamos juntos nesta estrada,
Ofereço-te meu imperfeito amor.

Não tenha medo de voar,
A liberdade é um sonho infinito,
Deve ser conquistada com coragem,
Antes de anoitecer em nós,
Devemos lutar contra a tempestade da vida,
Exaltando nossa vitória após o combate.

Depois de uma longa jornada de lutas,
Poderemos ser livres,
Finalmente nos entregarmos ao amor,
Vivendo cada minuto da nossa mortalidade,
Alegrando-se com os desafios vencidos,
Surrados, porém mais fortes.

Sirlânio Jorge Dias Gomes
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Assunção

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Num cantinho qualquer de mim, 
Olhando o imenso  mar da minha vida, 
Minh'alma feito ondas, 
Debatendo-se na areia dos meus gemidos, 
Deixando marcas invisíveis tão fortes, 
A esculpir a frágil criatura que me concebe. 
Vez ou outra admirava meu celeste véu, 
Banhado com o rosto em lágrimas, 
Imagem singular das nuvens pesadas, 
No firmamento do meu espírito, 
chovendo entre meus vícios, 
Lavando a fuligem dos meus passos, 
Delatando meu livre arbítrio maculado. 
Sem pressa olhei o profundo horizonte, 
Deixei o meu sol se pôr de mansinho, 
Cortejando a lua anjo de luz, 
Enquanto estrelas do arrependimento, 
Gotejavam sobre meu limbo, 
Sussurros de Deus ao meu lamento, 
Ressuscitando-me da minha estúpida morte.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Miragem

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Amando-te, sou terno desejo 
Inviolável sentimento de asas imperfeitas, 
Ocupação do meu encanto a ti ofertada, 
Incumbência do meu subjugado coração, 
A queimar na luxúria do pensamento, 
Ensejo do meu corpo em chamas. 

Leva-me o tempo aos teus laços, 
Cativa loucura dos meus braços, 
Zeloso agrado de tua face que me domina, 
Roubando minha serenidade encantada, 
Acolhendo a tarde declinando no horizonte, 
Núpcias da minha prisão afogueada. 

Cobre-me a noite em teu leito, 
Iluminado pelas estrelas confidentes, 
Concubinas ilusórias cintilante afeto, 
Mãos translúcidas que me afagam, 
Aos sonhos plenos da tua acolhida, 
Utópico corpo que me abrasa. 

Amando-te sigo e nada mais, 
Beijando o vazio do meu despertar, 
Ao saber que foram apenas sonhos, 
Réplica de mim fiel loucura, 
Buscando-te nas formas singulares, 
Nas miragens do meu platônico deserto. 

Sirlânio Jorge Dias Gomes 

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Martírio

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Desejar-te é meu vício,
Vicissitude do meu coração,
Pertinaz solicitude alquebrada,
Viajando ao tempo de tua rebeldia,
Conveniências de um execrável amor,
Transmutando-me aos grilhões da minha dor.
Querer-te é mais do que posso,
Expurgo violento da minha fraqueza,
Sublimando o meu eu que em ti se esconde,
Sem tocar o que tua alma clama,
Aborrecendo os meus sentimentos roucos,
Gritando sem que me ouças.
Meu ser em prelúdio chora,
Infortuna avidez emudecida,
Súplica retraída dos meus tormentos,
Vendo os dias sob meus olhos,
Levar-me ao fim do que amo,
Atroz destino do amor que me condena.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Estima

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Todo tempo é tempo de amar, 
Aqui e além-mar, 
Simplesmente amar, 
Amar como o infinito, 
Presente em todas as formas, 
Em seus termos universais. 

Todo tempo é tempo de se declarar, 
Ao modo natural do sentimento, 
Sem fórmulas ou convenções, 
Na simplicidade das coisas, 
Pois o amor é modesto, 
Na serenidade de um sorriso. 

Todo tempo é tempo, 
De recomeçar se assim for, 
Reencontrar o amor em outra face, 
Sentindo outros lábios, 
Olhares e sensações, 
Desvendando a felicidade. 

Todo tempo é tempo de ser, 
Verter a beleza que se esconde, 
Deixar a alma levitar, 
Dizendo a quem está ao teu lado, 
Seja por gestos ou palavras, 
Amo-te no meu jeito de amar.


Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Loucura

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Tantas poesias de amor, 
Ousadamente tento expressá-lo, 
Na vastidão de pensamentos, 
Intenções, gestos e gostos, 
Identidade de amores confessos. 

Olhares apaixonados são cartas de amor, 
Abraço invisível do desejo namorado, 
Ao tato do primeiro encontro, 
A luz da lua de uma noite perfeita, 
Ou do escaldante sol do meio-dia. 

Quem sabe na correria pausa do destino, 
Encontros afeitos de sonhos 
Talvez sob uma música, 
Alguma coisa sem sentido, 
Peripécias do anjo cupido, 
Flechando corações despercebidos. 

Muitas palavras num simples olhar, 
Aqui e ali majestosa emoção silenciosa, 
Fazendo o corpo tremer baixinho, 
Suave voragem perda do tino, 
Canção dos lábios ao precioso destino, 
Pérolas da razão e loucura. 

Tanto canta o amor em versos, 
Os poetas e os flibusteiros, 
Trovadores em seus trajes modernos, 
Em seus cavalos de ferro, 
Audazes amantes intrépidos, 
A garimpar ouro de tolo. 

São tantos amores desafetos, 
Que o amor chora lá fora, 
Entre paredes silenciosas, 
Flertando com a morte, 
Aos prantos pelo amargo fruto, 
Banquete dos desalmados.

Sirlãnio Jorge Dias Gomes

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CAUSA

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Nula é a vida adiante,
Outrossim vazia,
Umbrático refúgio,
Nebuloso pesadelo além,
Encruzilhada do mundo,
Cais de rostos abstratos,
Vagando sem rumo.
Beija a ausência a vaga morte,
Escárnio profundo aos tolos,
Desalmadas criaturas nuas,
Despojadas de si sem aviso,
Riso amorfo da despedida,
Caluniando a confissão tolhida,
Imagem do último olhar,
Lágrima a perpétua escuridão.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

 

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Olhar infindo

O olhar infindo vai além da pele,
Sente a alma levitando,
Venerando o sorriso da beleza,
Poetizada entre os versos do ser.
Faz do querer ternas vontades,
Cativando o amor,
Florescendo no improvável,
No único desejo de ver feliz,
O coração que ama.

Sirlanio J.Dias Gomes

 

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O poeta...

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Um poeta nunca estará completo até a sua morte. 

Se em vida se julgar um excelente poeta, cairá em presunção.

Pois, o verdadeiro compositor de versos é apenas um plagiador de emoções, 

Que não lhe pertence e nunca pertencerá, 

Uma vez que todas as emoções do mundo são universais. 

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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CPP