Recluso avisto ao longe, a cordilheira,
E as serras azuladas no horizonte...
A paisagem é deveras deslumbrante...
Então divago de minha trincheira...
Há quanto tempo a cena é companheira
Do trovador - eterno figurante
Da vida - e que pranteia neste instante,
Ao recordar-se da moça rancheira?
Onde andará a menina singular,
Cujo perfume inda bafeja no ar,
Que fora, pelo vaste, tão amada?
Certamente agasalhada ao coração
Do bardo em sua infindável solidão,
Mas, muito longe da serra azulada...
Nelson de Medeiros
Comentários
Maravilhoso!!!!!
Há muito encanto em teus versos.
Parabéns!!!!
Abraço
Lindissima poesia. Eu fiquei encantada com a imagem escolhida. Parabéns
Mais uma belíssima obra escrita com mestria.
Parabéns Nelson!
Obrigado, menina. Valeu
1 ab