A PORTA DO INFERNO (3)

Desembarcamos logo pela madrugada

Estávamos nos campos da morte!

Aquela era nossa triste sorte!

De humanidade a vida foi despojada

Tiraram tudo que tínhamos

Nem mesmo nos pertencíamos

Éramos um bando de condenados

Conduzidos ao abate

Seríamos apenas ossos incinerados

Memórias perdidas

Faces esquecidas.

Flores de aço nos campos da morte

Homens e mulheres eram separados

Seus destinos ignorado

Aos saudáveis,

Restava o trabalho escravo

Já os velhos e os doentes

Morriam brevemente

E as lembranças que ficaram

Eram roupas, andrajos

Dentes e alianças de ouro

Cabelos ensacados

Olhares apáticos

Daqueles que puderam

Ser libertados

Choros que foram silenciados

Odor de morte!

Pairando no ar

Apenas o gás

Mortal, eficaz e silencioso

By Antonio Trovão

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Antonio de Jesus Trovão

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Comentários

  • Seus escritos abordam temas interessantes e ao mesmo tempo tristes, mas que jamais devem ser esquecidos. Obrigado por compartilhar. 

    • Eu que agradeço seu comentário, meu amigo, pois é um incentivo para mim.

  • Não podemos esquecer os horrores da guerra, graças a Deus que as portas desse inferno foram fechadas há muito tempo. 

    • Oremos para que elas permaneçam seladas para sempre, amiga querida

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