A rã

 Aquela Rã nascerá e se criará numa pequena lagoinha de um terreno baldio.

Levava uma vida simples e pacata, não fazia muito além de se alimentar de pequenos insetos e sair pra tomar banhos de sol, em fim, levava apenas uma vida de Rã.

A lagoa era tão pequena que havia poucas rãs iguais a ela e alguns caramujos e pequenos peixinhos.

Nos messes de verão a lagoa ficava ainda menor por conta da evaporação, decorrência do calor e do sol mais fortes, porém até então nunca tinha secado.

Seu mundo era restrito porém feliz, não tinha ideia do mundo lá fora e tinha tudo que precisava bem ali naquele pequeno paraíso no meio de um terreno baldio.

Talvez justamente a falta de interesse de conhecer outros mundos lá fora selaria seu destino.

Um dia quando estava no sol tranquilamente como sempre fazia ouviu um barulho ensurdecedor, a terra tremeu e de uma hora para outra a lagoa secou, ela viu uma coisa monstruosa e barulhenta com grandes braços jogar terra na lagoa e engolir tudo ao seu redor.

A Rã finalmente percebeu que ter ficado a margem do que havia lá fora tinha sido um grande erro...

 

 

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Diego Tomasco

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Comentários

  • "A Rã finalmente percebeu que ter ficado a margem do que havia lá fora tinha sido um grande erro..."

    Muito bom,Diego!

    Aplaudo!

     

    • Sim querida, isso tem alguma relação com o mito da caverna 

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