Aguaceiro
O tempo fechou. Tudo ficou preto
A cor da tristeza tomou conta do céu
Nuvens pesadas empurravam as leves
E era um bloco só na escuridão.
A terra recebeu o impacto das nuvens
Que, aliviadas da tensão, desmanchavam-se
Inundando campos, vales, cercanias e rios
Como bênçãos do Céu caindo na terra sedenta.
O céu ficou turvo e parecia que se encontrava
Com as montanhas... Águas compactas desciam
Invadiam ruas, formando grandes enxurradas
Que desciam pressurosas para encher os rios.
As ruas alagadas, pareciam um mar de lama
Eram casas que desabavam, levando tudo
Inclusive vidas; vidas ceifadas com a força da água
As mesmas vidas que tanto sofreram com a estiagem.
Mena Azevedo
Comentários
O registro da realidade que o povo vive ano após ano, a natureza não tem culpa, são seus ciclos naturais.
Aplausos pela captura deste momento, Mena.
Caro Alcebíades, muito obrigada
pela tua visita! Boa tarde! Bjs.
Mesmo em meio a destruição a presença de Deus é visível. É como se Ele apontasse a inconsequência do homem. Meus aplausos!
Muito obrigada, poeta José Lopes! Ótimo domingo! bjs.
Uma poesia que conta uma realidade que muitas vezes nos
deixa tristes mais como poesia esta lindamente escrita abraço...
É, poetisa, a natureza reclamando de volta o seu espaço. Triste retrato da inconsequência do homem. Bela partilha. Aplausos!
Parabéns pela inspirações dos versos.
Aplausos!
E verdade, Norma! Mas Deus sabe todas as coisas!
Obrigada pela visita! Bom dia e grande abraço!
É mesmo paradoxal, um dia precisamos da chuva,) mas normal, suave), outro dia vem o temporall e as nuvens se despencam de uma só vez. Que Deus ajude a todosem ambos os pólos