ARAUTOS

Bem feita terra à espera da chuva
Apupos do arado depois da colheita
Como quem espelhando louva
De olhos cerrados a primavera
Ouvindo os ventos harmoniosos
Da era dos trópicos e hemisférios
Brindando o solstício entre os mistérios
Revelados nas forças da natureza

As almas carreando a luz do verão
Sorriem sucintas festejadas
Entrecortadas entre frutos maduros
Hão de existir definidamente
Suculentas em meio a sinfonias
Dezembrinas transmutadas em gente
Arrebatando nós e correntes
Enunciadas pragmáticas de pura leveza

Então copiosos arautos desses aromas
Nos conduzimos pelas baías vertentes
Onde o sol nas salinas custa surgir
Nas distantes geleiras dos continentes
Nas frias semânticas tão primitivas
Galerias de neves entremeadas
Respeitando intenções e pressentimentos
Celebramos a dádiva, a vida e a beleza

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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