Bordar de Borbadeira (Ensaio)

 

Bordar de Bordadeira, Origem (Ensaio)

Bordar de Bordadeira, Origem (Ensaio)

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O Bordar teve o seu início na Época das Cavernas, como afirmam inúmeras publicações acerca de sua origem.

Verídico ou não, em minha visão pessoal há uma lógica, às vestes rudimentares da época demandava unir pedaços e esgarço  de materiais vegetal e animal, a formatar vestimentas que pudessem ser usadas com segurança, isto é, que bem modeladas, fixassem nos corpos do homem primitivo, firme e flexível aos seus movimentos físicos, ainda que rústicos  e grosseiros.

Estou sugestionado que este bordado-costura, atendia em parte aos percalços do ambiente hostil e perigoso, mágica é a caça, busca da proteína. A noite a luz da fogueira com as sombras bordadas nas paredes de pedra.

Deduz-se do bordar-costurar atividade essencial à sobrevivência de nossos ancestrais da caverna.

Com as experiências de luta pela sobrevivência, supõe-se que o homem primitivo, foi o primeiro a confeccionar suas roupas, em tentativas de acertos e erros; E logo em seguida as mulheres das tribos desenvolveram as mesmas   habilidades.

Com a evolução das civilizações, épocas sobrepondo épocas, o bordado evolui nos tempos e tornou-se uma atividade universal, disseminado e ensinado de gerações a gerações, em todo o planeta, em todas as culturas. Se há exceção, não acredito.

Os bordados avançaram e cercearam objetos muitos, carteiras, chinelos, bibelôs, quadros, panos de prato, almofadas e novos acessórios incrementam beleza, com pedrarias, apliques e:  não temos mais espaço, então, o nosso, enfim...

A forma Ponto em Cruz é precursor de outras formas de bordar e até os dias atuais preserva sua relevância.

No ponto, a diversidade dos Pontos de Bordados: compostos, de entremeio, chatos, de laçada, de cadeia, hardanger, de nó, de tela.

Não considero o bordado artesanato, há sim, o bordado confeccionado de forma artesanal, quando ONG’S, Cooperativas Civis e Governamentais, criam escolas de Artesanato para gerar trabalho e renda para populações em áreas carentes.

A diversificação do artesanato é animadora e surpreendente, a continuada descoberta de novos materiais, em destaque os reciclados, o artesão passeia na criatividade produzindo verdadeiras obras de arte, o bordado presente com destaque de incomensurável valor de inclusão social.

Importante ressaltar, que bordar, não é exclusividade feminina, o homem borda e é trabalho, a aumentar a renda da família.

Bordar, terapia ocupacional a trazer benefícios de saúde a portadores de   transtornos psíquicos e doenças diversas, como um medicamento de uso contínuo e prazeroso.

Borda-se a priori em tecidos, enxovais de bebe, enxovais de nubentes, a arte no vestido de noiva, são toalhas, toalhinhas, colchas, lençóis. O máximo do bordar são os de vestimentas femininas.

O bordado original, manual, com as mãos, agulhas e linhas tem a preferência de renomados estilistas e grifes, personaliza e personifica a peça customizada e única,

Em detrimento das modernas máquinas de bordar a granel, usadas por grandes confecções que produzem em massa roupas para o mercado varejista, aumento de escala e produtividade.

Finalizamos com um louvor especial aos bordados portugueses, cuja tradição é mundialmente reconhecidos, e ao Nordeste Brasileiro, onde temos uma concentração da cultura de bordados de alto valor criativo e qualidade.

Temática que nunca se esgota.

Bordar é um dom, o talento criativo da bordadeira faz de um bordado, arte.

 

FIM

Antonio domingos ferreira filho

26 de fevereiro de 2018REV

 

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Comentários

  • Obrigada Antônio por compartilhar!!!!

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