Colégio Estadual Padre Vieira

Sentava na primeira fila, mas nunca na primeira carteira

uma mistura do desejo de aprender, com o medo de errar;

distante, meu colega do coração, o Françoar, um paraibano,

feio, aos meus olhos, mas com um doce coração de amigo,

quando ele, por algum motivo não ia à escola, eu também não ia,

vivia este instante como um ritual, Françoar passava lá em casa

e ínhamos, eu e ele, correndo até à escola.

 

Momentos marcantes, e entediantes, nesta tarefa de aprender,

ler e escrever, eram angustiantes, pois  percebia que muito eu não sabia,

mas tinha que aprender, e ninguém me dizia que eu iria um dia...

não fazia sentido ( A)  ser de Ada, a fada das histórias da cartilha,

se Adalberto, Ailson, eram meus amigos da infância, uma eterna confusão.

Graças a minha amiga poetisa Cecília Meireles, eu consegui desvendar

os mistérios das eternas lições, nas poesias da coletânea Ou isto ou aquilo.

 

Quanto ao Françoar, meu amigo, que estudou comigo até à antiga oitava série

foi embora, para sua Paraíba, e lá, infelizmente faleceu num acidente,

porém, para mim, ele já era mortal, pois nunca enviou uma mensagem , 

o tempo foi se despedindo e nos afastando aos poucos, amizade escolar.

 

O que aprendi de fato, é que conhecer não significa ser amigos,

que aprender, não é coisa do outro mundo, mas ensinar, é mágica,

pois, foi de tanto escutar , as poesias  de cecília, que qprendi,

não apenas o código, também a poesia presente na vida.

 

Gilcelia Santos Ressurreição

 

 

 

 

 

 

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Gilcelia Santos Ressurreição

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Comentários

  • Excelente e bonita crônica.

    Parabéns, Gilcelia.

  • Poesia que transmite sentimentos e emoções que fizeram parte de sua vida é gratificante. Meus parabéns Poetisa Gilgelia. Um abraço.

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