Crepusculo - 03

Crepúsculo - 03

Crepúsculo desmaiando na fimbria do infinito
O astro rei aos poucos se retira desta paisagem
Cortinas fecham-se ao final de cada entardecer
Para reabrisse num quadro novo superlativo.

São sequencias variáveis de exteriores claros
Que nascem num ritual constante, inevitáveis.
Nos andarilhos das sequências que são criadas
Sobre panos e de telas que orgulham olhares.

A cada crepúsculo um patíbulo novo se cunha
No aguardo de penitenciar o gênio a desfalecer
No crucial momento em que faz sua despedida

Assim como caravanas enfileiradas desabrocham
Nos áridos e insensíveis olhares que se perdem
Nos anoiteceres que se formam em renovação.

José Lopes Cabral

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José Lopes Cabral

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Comentários

  • Belíssimo soneto. Fico aqui imaginado uma bela cair da tarde. Parabéns mil

  • Um Bom poema... bem apresentado na sua forma descrita.
    Parabéns!!!
    Fraterno abraço... D'Áquém-Mar.
    J.Carlos

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