Das estrelas da noite

Num olhar entorpecido contemplo
O imenso gramado escuro
Onde cintilam sonhos
Encantamentos disfarçados de
Estrelas oferecendo-se em confiança

Imensa planície no espelho da terra
Constelações de desejos que emanam
De prantos e magias proferidas
Em varinhas, carícias, letras ou sussurros
Alguns chamam de poesia

E sem medo recolhemos com a delicadeza
Que só um coração pode expressar
Um ou outro brilho batizado de anseio
E os ofertamos à mente que o adota
Em canção chamada propósito

Mas não há certeza
E quantas vezes percebemos
A luz se apagar no breve toque
Da atmosfera redesenhada em realidade

Não é simples a tarefa de fazer florescer
No solo de nossa verdade
Os sonhos que fulguram
Tão perfeitos no imenso gramado
Das estrelas da noite

Mas eu insisto na loucura
De acreditar que eu posso sim
Ter em minhas mãos o mesmo brilho
Que eu vislumbro olhando ao alto

E que os céticos me perdoem
Mas eu julgo que posso mudar o mundo
Com minhas palavras mesmo que em silêncio
Mudar o meu mundo e o dos que me rodeiam

E se cada um mantiver aceso
O próprio brilho escolhido em sua mão
Quem sabe amanhã
Olhar ao lado será o mesmo

Que contemplar o imenso gramado escuro
Onde cada sonho chamado estrela
Agora rodopia em chamas de paixão
Vivos e iluminados em cada coração

 

Deus nos abençoe

Carlos Correa

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