De repente...

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De repente os sonhos pelo ar voaram
Deixando um vazio em minha alma criança
Meus olhos de lágrimas inundaram
Senti que nublou toda minha lembrança.

Me vi tão sozinha vagando na vida
Por ruas e becos jamais percorridos.
Qual fantoche andando pelas avenidas
Co'a mente ofuscada, com tudo esquecido.

Parei pra pensar o que havia perdido
Ouvindo o cantar do vento ligeiro
Sem esperar aguçou meu sentido
E um medo chegou perturbando meu ser...
Ali tão perdida de andar dia inteiro
Que faço, pergunto, pra sobreviver?

A dúvida insana encheu - me de tédio
E sem coragem no passado voltar
Deixei que o choro fosse um remédio
Para cada passo da estrada apagar...

Márcia A Mancebo
13/10/2021

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