...de um doce sopro

Ah esse sopro que suaviza minha face
O carinho do instrumento que molha meu rosto
Transforma-o em estrada sinuosa que me escapa
E me perco nas curvas da canção do ontem
Que me lembra do fruto ainda amargo que sou

Abençoadas árvores símbolo da vida encarnada
Diferentes frutos vindos de diferentes galhos
Momentos que aqui chamamos segundos
Que ao se encher de eternidade tornam-se poeira

Alguns adocicados e coloridos
Outros ainda apodrecidos
Mas ao cair na terra da misericórdia divina
Ressurgem-se em novas sementes

E um novo fruto renasce em um ciclo que se repete
Quase eternamente como a canção que não se cala
Até que sobre o mel do orvalho amanhecem doces
Levando à terra sementes de uma nova árvore
... que agora se chama amor

Carlos Correa

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