Dois Corpos

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Quando dois corpos se encontram
num roçar de ondas eloquentes
em um oceano de toques ardentes
se elevam vertiginosamente.

É um arrepiar de um tesão infinito
de toques suaves e ternos
até os astros ressoam irrestritos
neste sentido de prazer eterno.

O frescor da romã partida nos dentes
nos lábios rosados da agua nascente
o sumo doce e morno do baixo ventre
ilumina os sentidos simplesmente

Tanto é o fogo que irrompem nos olhos
pois ao procurar o prazer furtivo
no ronronar de murmúrios dúbios
a alma é liberta e o corpo é pra sempre cativo

Alexandre Montalvan

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Alexandre

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