Encontro
Longe de ti essa saudade é dolorida,
Esgarça a alma e quando explode a emoção,
Dentro do peito essa dor não tem medida,
Nenhum conforto traz ao pobre coração.
Esses fluídos que ao sol são transparentes,
São minhas lágrimas de amor cristalizadas;
Nas interpéries desses dias maldizentes,
Onde te encontro pelas minhas madrugadas.
O tempo, eu sei, tem uma face vil, marmórea,
E que exige o prosseguir da caminhada,
Mesmo que a alma constristada e merencória,
Queira chorar o mal de amor olhando o nada.
Cada lembrança envolve, sempre, o coração
Com uma ternura que ao tempo, recrudesce.
Parece ser inexplicável essa emoção
Que a alma sente feito um dia que amanhece.
Edith Lobato - 07/01/19
Comentários
Sensacional ameiiíii parabéns abraço pra você bjs
"Parece ser inexplicável essa emoção
Que a alma sente feito um dia que amanhece."
O amor e todas as suas derivações - ausência, saudade, lamento, dor... - encontraram guarida nesses seus versos, Edith.
Também aqueles que já viveram suas histórias aconchegam-se a eles por uma questão de fina sintonia.
Poema que explica o que muitos sentem, mas não põem em palavras (como você bem fez!) o que lhes vai no fundo do peito.
Linda poesia! Com um vocabulário rebuscado, mostra a alma desta poetisa, na poesia retratada...Parabéns!
A saudade, lembranças, memórias de emoções em versos tão belos. Aplausos mil
Obrigada, querida Marso.
Belíssimo poema expressando a saudade e reverberando amor. Parabéns
Obrigada, querida Lilian.