Estigma

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Refém dos sentimentos, digo o que sinto;
Se feliz estou, demonstro a alegria
extravaso o sentir e nada minto.
Brilha o olhar e cora a fisionomia.

Liberto em rabiscos e sem ter medo.
Minha mente é de idéias, um labirinto
onde caminho revelando segredos
a procurar setas, rumo ao infinito.

Trago à tona aquela ânsia louca
que fervilha na veia, meu eu escravizando.
Minha alma afoga o grito lento e rouco.
E, enquanto não relato vou inflando.

A escrita a mim, tem eco suave, profundo.
Sou sitiada por imagens vagueando
que descreve o momento, o meu mundo
com cores, sons com notas flutuando.

Meu coração intui, faz com que eu diga
que sou livre, que trilho com asas abertas
curando nos dias meu estigma.
Sou escrava da escrita que me liberta.

Márcia A. Mancebo
21/07/19

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