brazil - Publicações - Casa dos Poetas e da Poesia2024-03-28T10:24:07Zhttps://casadospoetasedapoesia.ning.com/publicacoes/feed/tag/brazilO reDescobrimento do BRaZil (Paper Feito)https://casadospoetasedapoesia.ning.com/publicacoes/o-redescobrimento-do-brazil-paper-feito2019-09-24T20:00:00.000Z2019-09-24T20:00:00.000ZZeca Feliz Avelarhttps://casadospoetasedapoesia.ning.com/members/zecaavelar<div><p><span style="font-family:Arial;font-size:small;"><em><span style="color:#ff0000;font-family:'Comic Sans MS';font-size:x-large;"><strong><a href="{{#staticFileLink}}3625672326,RESIZE_710x{{/staticFileLink}}"><img class="align-center" src="{{#staticFileLink}}3625672326,RESIZE_710x{{/staticFileLink}}" alt="3625672326?profile=RESIZE_710x" width="633" /></a></strong></span></em></span></p>
<p><span style="font-family:Arial;font-size:small;"><em><span style="color:#ff0000;font-family:'Comic Sans MS';font-size:x-large;"><strong>O REDESCOBRIMENTO DO BRASIL</strong></span></em></span></p>
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<div><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:x-large;"><strong>1. O outro lado da história</strong></span></em></div>
<div><br /><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Abril de 1500. Pero Açu-etê, assim relatou a história que nosso moderno translator decifra (as centenas de civilizações indígenas existentes na época não adotavam a comunicação guttenbergeriana):</strong></span></em></div>
<div><br /><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:medium;"><strong>"Nas linhas do horizonte marítimo, observamos diversas embarcações com estranha <span class="il">aparência</span> que aportaram em nossa Baia. Dela, vimos descer em canoas, o que julgamos ser gente, ainda mais estranha, e particularmente feia - muito feia. </strong></span></em></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong><span style="color:#000000;font-size:medium;">Suas genitálias, eram cobertas com "coisas", que esses selvagens chamavam de "roupas" e que tempos mais tarde, observamos que fazia parte de sua (in)cultura, uma tradição de usos e costumes que eles chamavam de moral. Como estavam adentrando em nossas propriedades, e procurando ser amistosos, nos presentearam com mimos tais como anéis e braceletes, que traziam um emblema onde quem soubesse ler lia: "made in Lisboa - Lojas 1,99 escudos".</span> </strong></span></em></div>
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<div><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:medium;"><strong>A esse ato de doação, eles chamavam de ética, por estarem adentrando nosso território sem convite. Como nessa época, a moda dominante era o mercantilismo, nosso povo, em reciprocidade a valores tão éticos - morais, entregava-lhes ouro, pau-brasil, e nossos serviços gratuitos, além, é claro de nossa hospitalidade, conforme nossa tradição. Dissemos a esse estranho povo, que "a casa é sua"- e de fato, a partir desse momento realmente durante as próximas vinte e seis mil luas, eles tomaram conta de nossa propriedade, fazendo-a sua por direito, segundo sua tradição que eles chamavam de "uti possidetis". </strong></span></em></div>
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<div><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:medium;"><strong>Mas, usando de seus valores morais, de sua educação, sua cultura, sua ética, para que não sofressemos injustiças, discriminações ou desigualdades, criaram exclusivamente para nos atender um Departamento Ético e Moral que eles auto denominaram de Funai. E assim foi, que nossos quase três milhões de corados índios, receberam a educação, e transformados em caras pálidas, puderam como fazem hoje, participar do processo de globalindigenação, com justiça, moral e ética".</strong></span></em></div>
<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:x-large;"><strong> </strong></span></em></div>
<div align="left"><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:x-large;"><strong>2. A História com que nos educaram</strong></span></em></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Bem, não vamos repetir aqui a famosa Carta de Pero Vaz Caminha enviada a Dom Manuel, onde poeticamente são relatadas as maravilhas da nova Terra de Santa Cruz, em que ele eticamente declara que na realidade, já existia um povo selvagem e pagão habitando o local. </strong></span></em></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Mas esse, era apenas um detalhe que certamente nenhum Tabelião - Mor da Coroa, iria considerar e deixar de fazer a Escritura - não de posse - a definitiva, devidamente registrada nos Cartórios de Ofícios e Notas, nos termos das leis, da moral e da ética vigentes. </strong></span></em></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Aos posseiros portugueses - nossos antepassados - coube a tarefa de colonizar suas novas terras, civilizar os selvagens aqui existentes e promover a "Educação para Todos". Nos termos da LDB (Lisboa - Diretrizes Básicas) da época.</strong></span></em></div>
<div><br /><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:x-large;"><strong>3 - A história da educação brasileira - de 1500 a 1759</strong></span></em></div>
<div><br /><span style="font-family:'Comic Sans MS';"><span style="color:#000080;"><em><span style="font-size:large;"><strong>Em síntese, a educação básica da população que se multiplicava no Brasil, foi essencialmente a ideológica - religiosa, transmitida pelos Missionários da Companhia de Jesus - os Jesuítas. </strong></span></em><em><span style="font-size:large;"><strong>No entanto, a educação era diferenciada ou seja: o processo de ler, escrever e frequentar escolas, era restrito aos donos de engenho e seus descendentes. </strong></span></em></span></span></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Aos agricultores (proletariado da época), aos escravos - negros ou índios, era dada a educação da catequização. E considerando a baixa produtividade que estes tinham no processo produtivo, quer seja na extração de madeira, no plantio de cana ou nos engenhos de açúcar, antecedendo a "senailização" atual, era lhes dada uma educação para o trabalho, embora reconheça-se, não teve muito sucesso essa metodologia didática. Ou se preferirmos, poderíamos já chama-la de "fracasso escolar". </strong></span></em></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>A história da educação brasileira, rendeu aos abnegados e bravos paulistas que cansados da produção de subsistência, iniciaram a caça e aprisionamento de índios para venda como escravos, o título de heróis e desbravadores responsáveis pela expansão de nossas fronteiras.</strong></span></em></div>
<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Rendeu também, todas as honras ao nosso Patrono do Exército o Duque de Caxias por ter sido o comandante em Chefe das Forças aliadas no episódio da Guerra do Paraguay que bravamente, à frente de cerca de 20.000 "velhos" soldados bem armados, massacrou as forças de Lopes comandadas pelo General Caballero, entrincheirados em Acosta-Nhu composta por 500 veteranos do VI Batalhão e cerca de 3.500 crianças com idade entre 9 e 15 anos.</strong></span></em></div>
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<div><span style="font-family:'Comic Sans MS';"><span style="color:#000080;"><em><span style="font-size:large;"><strong>Da mesma forma como anos mais tarde, homenagearia ao Marechal de Ferro, dando seu nome à Capital do Estado de Santa Catarina, pelos seus heróicos atos praticados na Ilha de Anhatomirim. </strong></span></em><em><span style="font-size:large;"><strong>E nada mais justo, tomando-se literalmente ao pé da letra o significado do que seja justiça, como um dos mais importantes valores morais e éticos, elaborados no seio de uma sociedade, evidentemente, pela classe dominante. </strong></span></em></span></span></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Mas, assim é a lei da história - a lei da educação - a lei dos valores morais, da ética, dos costumes. São escritos e impostos pelos dominantes aos dominados. Sem o qual, não se teria uma ordem. E sem ordem, como reza nosso estandarte, não pode haver progresso. </strong></span></em></div>
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<div><span style="font-family:'Comic Sans MS';"><span style="color:#000080;"><em><span style="font-size:large;"><strong>Em 1759, O Marques de Pombal, não se sabe como, conseguiu expulsar de nossas terras os Jesuítas, pioneiros e fundamentadores de todo o nosso sistema educacional, muito embora seus sucessores ainda se mantêm até hoje firmes em sua missão educacional, através de suas AEC's (Associações das Escolas Católicas). </strong></span></em><em><span style="font-size:large;"><strong>E procurem resgatar os valores morais e éticos - mais que isso - discutir o seu real significado.</strong></span></em></span></span></div>
<div><br /><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:x-large;"><strong><span style="color:#000000;">4. A pré revolução industrial no Brasil - colônia: 1759 a 1964</span> </strong></span></em></div>
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<div><span style="font-family:'Comic Sans MS';"><span style="color:#000080;"><em><span style="font-size:large;"><strong>No século XVIII, processava-se no Continente Europeu a consolidação da ascensão da Burguesia - os novos donos do poder - a nova classe dominante que ainda perma-nece nos conturbados dias de hoje. </strong></span></em><em><span style="font-size:large;"><strong>Respaldados nos paradigmas do conhecimento científico (muito embora na época, o termo paradigma recebesse os nomes de empirismo, racionalismo, iluminismo, e outros ismos), a classe dominante emergente, abolia os argumentos religiosos ou filosóficos que justificasse sua prevalência e dedutivamente à maneira newtoniana e cartesiana, impregnava a cultura da racionalidade na moral e na ética abolindo o senso comum, e a filosofia, em prol do social científico.</strong></span></em></span></span></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>E como o "científico" praticado pelos cientistas de todas as áreas do conhecimento e do desconhecido era patrocinado pela Burguesia, poder-se-ia cartesianamente deduzir que <span style="text-decoration:underline;">"ser social" era ajudar a si mesmo</span>. Ideologia que vigora mais firme que nunca nos tempos pós - modernos de hoje.</strong></span></em></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Esta introdução fez-se necessária para relatar que embora os historiadores burgueses nacionais citem que no Brasil não aconteceu a revolução industrial que, alegam, só começou a ocorrer de fato após JK, na realidade, desde quando nosso povo praticamente extinguiu o Paraguai reduzindo-o de 800.000 a pouco mais de 100.000 habitantes, não foi divulgado que tal proeza só foi possível devido aos financiamentos maciços em libras que a bondosa Inglaterra, então em pleno apogeu da sua Revolução Industrial, nos fez. </strong></span></em></div>
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<div><span style="color:#000080;"><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Assim, a verdadeira história de nossa fabulosa dívida externa começou em 1824, logo após a desvinculação legal do Brasil a Portugal (que a história da educação chama da Independência) e a "livre e expontânea" vinculação ao poder hegemônico da Inglaterra que posteriormente, transferiria esses poderes aos seus herdeiros e sucessores, os Estados Unidos, que hoje patrocina os paradigmas do processo de ocidentalização (o mais correto seria chama-lo de americanização, desde que considerando-se por América os Estados Unidos - tal como ele próprio se intitula) que é mais conhecido como o fenômeno irreversível da globalização.</strong></span></em><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Logo, sob este ponto de vista histórico, já nos tornávamos partícipes da revolução industrial, muito embora na condição de proletariado da burguesia européia.</strong></span></em></span></div>
<div><br /><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:x-large;"><strong><span style="color:#000000;">5. O regime militar e a volta à democracia: 1964 - 2000</span> </strong></span></em></div>
<div><br /><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>A implantação do regime militar no Brasil, do qual somos testemunhas oculares, na realidade, não foi um atentado à democracia, se a observarmos sob o prisma de que o regime militar, só foi também possível acontecer, devido ao suporte financeiro e ideológico do IPES - Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais, e outros Grupos conservadores. Tais grupos eram subsidiados e vinculados a potências estrangeiras e à embaixada norte-americana, além dos vínculos ao empresariado nacional - donos do poder econômico e apoiado pela cúpula militar.</strong></span></em></div>
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<div><span style="font-family:'Comic Sans MS';"><span style="color:#000080;"><em><span style="font-size:large;"><strong>Logo, se a democracia norte-americana - o maior exemplo de democracia - foi a fomentadora do regime militar que alguns rotulam de ditadura no Brasil, do ponto de vista ético e moral, será necessário que reconceituemos o significado do que é democracia. </strong></span></em><em><span style="font-size:large;"><strong>A volta à democracia também planejada pelos nossos dominantes, na realidade não mudou em nada o quadro social do Brasil, ou seja: não diminuíram as desigualdades sociais do povo - ideologicamente alheio a tudo que se passava ao seu redor - preocupado que sempre esteve em prioritariamente subsistir.</strong></span></em></span></span></div>
<div><br /><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:x-large;"><strong>6. Os 500 anos do descobrimento e o inicio dos outros 500: 22/04/2000 - 22/04/2500</strong></span></em></div>
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<div><span style="color:#000080;"><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Bem, parece que chegamos ao final da primeira parte de nossa história. O começo da outra história - este sim, esperamos - serão "outros 500". </strong></span></em><span style="font-family:'Comic Sans MS';"><em><span style="font-size:large;"><strong>Estamos em plena era da valorização do conhecimento. O conhecimento e a posse do poder da comunicação são no momento atual, os principais valores. Morais e éticos. </strong></span></em><em><span style="font-size:large;"><strong>Assim, justifica-se que a globalização (entenda-se também como tal a Rede Globo de Globalização), tenha promovido anos atrás a festa de 500 anos do descobrimento, desprovida de qualquer sentido crítico.</strong></span></em></span></span></div>
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<div><span style="font-family:'Comic Sans MS';"><span style="color:#000080;"><em><span style="font-size:large;"><strong>A própria Missa comemorativa dos 500 anos, em que os antigos proprietários da terra - os tupis e guaranis - ora semi-civilizados, se cercaram de uma faixa preta em sinal de luto, bem demonstrou o sentido (ou falta de) das comemorações. </strong></span></em><em><span style="font-size:large;"><strong>De qualquer forma, foi oportuno. Fez despertar em muitos de nós, uma motivação e uma força interior, até então quase morta, anestesiada, para discutirmos o processo da educação do nosso povo, da moral da ética. Um processo que leva a um inventário moral e ético - individual e social, que nos permita e possibilite promover as rupturas necessárias no sentido de que seja este momento histórico, o momento da construção de uma nova história do Brasil - de um novo Brasil, diferente.</strong></span></em></span></span></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>O sonho não acabou. Pelo contrário, está apenas começando. E sonhamos grande: vislumbramos nessa nova metade de milênio que se nos apresenta, a nossa liberdade de fato, a nossa soberania, a nossa independência. </strong></span></em></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Só esperamos que não aconteça no 4 de julho.</strong></span></em></div>
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<div><em><span style="color:#000080;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Com educação e com ética, construiremos o "Brasil outros 500"... - Vivos ou Mortos!!! gaDs<br /></strong></span></em></div>
<div><strong><em><span style="font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;">...</span></em></strong></div>
<div><em><span style="color:#808000;font-family:'Comic Sans MS';font-size:large;"><strong>Prof. Avelar = josé de avelar = ZK Feliz<br /></strong></span></em></div>
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