Creio que já estivesse dormindo
Não sei ao certo não importa
Ah girassol por quanto tempo esperei
No brilho fosco de meus olhos
Pode ver o quanto chorei
Trouxe as flautas e os tambores não vê?
Num breve segundo ao chão estavam os lençóis...
E de longe já podia identificar
Bem ali no centro da clareira
Ardiam e crepitavam castanholas e fogueira
O aroma de jasmim exalava pelas flautas
Não é à toa que ele só pode surgir
Vindo de dentro da madrugada
Talvez tenha visto flechas de relance
Mas já havia me perdido
Envolto na neblina daquela dança
Pequenas labaredas lépidas e serelepes
Faziam de meu corpo um tablado e de
Meu coração um espírito apaixonado
Na busca de atenção puxam minhas pernas
O batuque dos tambores que teimosos
Sopram as labaredas de encontro à fogueira
Dão início a uma gargalhada em coro
Acordam a floresta despertam a algazarra
Eram grilos e corujas e as cigarras não se contém
E juntas cantam também
De repente o silêncio
Dele surgem as palmas
Crescendo e crescidas
Olhos fixos maravilhados
Ao centro do sol não saberia dizer
Se fogo ou uma imagem quase angelical
Num entardecer que queimava e atiçava meu coração
Por minutos permaneceu ali
Rodeando-me e enfeitiçando-me
Com suas pernas e giros de preciosidade
Transformando em orvalho minha sensibilidade
Mas o espetáculo que desequilibrou-me
No movimento de punhos e carícias num sopro se apagou
Perdendo-se na escuridão da noite e se calou
Em minhas mãos como lembrança
Da magia da madrugada
A flor de Lótus vermelha
Essa que tanto se assemelha
Em amor e paixão
Dancemos então...
Fiquem com Deus
Optchá
Carlos Correa
Comentários
Meu muito obrigado por ter vindo, Deus a abençoe.
Maravilhoso poema, Carlos!
Fértil inspiração.
Parabéns!
Abraço
Obrigado Marcia, te agradeço, fica com Deus.
Se sonho, se imaginação o poema é lindo! Aplausos!
Quem sabe a imaginação não seria uma forma de sonhar acordado?..sei lá...obrigado por vir!! Fica com Deus
Lindíssimo poema, Carlos.
Precioso momento de composição.
Parabéns!
Bom dia Edith!! Obrigado por vir, fica com Deus